Maria foi vítima de violência doméstica e, ao ser encaminhad...

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Q3194595 Direito Processual Penal
Maria foi vítima de violência doméstica e, ao ser encaminhada para o atendimento pericial, percebeu que havia dois médicos disponíveis: um homem e uma mulher. Maria pediu para ser atendida pela médica, por se sentir mais confortável. No entanto, foi informada de que não havia garantia de que seu pedido seria atendido. Com base na Lei Maria da Penha, o que está garantido para mulheres em situação de violência doméstica e familiar durante o atendimento policial e pericial?
Alternativas

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Para resolver a questão apresentada, precisamos compreender o tema central: o tratamento e o atendimento garantidos às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, conforme a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).

A Lei Maria da Penha é um importante instrumento jurídico que visa proteger a mulher em situações de violência doméstica e familiar, garantindo não apenas medidas protetivas, mas também um atendimento especializado e humanizado. O artigo 10-A da referida lei estabelece que o atendimento policial e pericial deve ser realizado, preferencialmente, por servidores do sexo feminino e que esses profissionais devem ser previamente capacitados para lidar com esse tipo de situação.

Vamos analisar a questão a partir dessa perspectiva:

Alternativa A: Atendimento por servidores previamente capacitados, preferencialmente do sexo feminino. Esta é a alternativa correta. A Lei Maria da Penha prevê que o atendimento deve ser feito por profissionais capacitados, dando preferência ao sexo feminino, mas não há uma obrigatoriedade, apenas uma recomendação. Isso garante que a mulher seja atendida por alguém que possua uma compreensão mais aprofundada da situação de violência e tenha empatia, o que é fundamental para um atendimento humanizado.

Alternativa B: Atendimento exclusivo por profissionais do sexo feminino, independentemente de capacitação. Esta alternativa está incorreta porque a Lei não exige que o atendimento seja exclusivamente por mulheres, nem autoriza que a capacitação seja ignorada. O foco é garantir profissionais qualificados para atender essas situações.

Alternativa C: Atendimento por profissionais do sexo feminino apenas se a vítima solicitar expressamente. Esta opção é incorreta pois a Lei estabelece a preferência, não a obrigação apenas mediante solicitação da vítima. O atendimento por mulheres é preferencial, não condicionado à solicitação.

Alternativa D: Atendimento obrigatório por médicas e policiais do sexo feminino em todos os casos. Esta alternativa está errada porque a Lei Maria da Penha não impõe a obrigatoriedade de que todos os atendimentos sejam exclusivamente por mulheres, apenas sugere a preferência.

Alternativa E: Atendimento preferencialmente por médicas e policiais do sexo feminino apenas em casos nos quais há risco iminente de vida. Esta alternativa está incorreta porque a Lei não condiciona a preferência pelo atendimento por mulheres apenas em casos de risco iminente. A preferência é uma diretriz geral, aplicável a todos os casos de violência doméstica e familiar.

Para evitar pegadinhas, é importante lembrar que a preferência por atendimento por mulheres é uma diretriz, não uma obrigatoriedade, e que a capacitação dos profissionais é um elemento crucial para o atendimento adequado.

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Comentários

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A alternativa correta é:

A) Atendimento por servidores previamente capacitados, preferencialmente do sexo feminino.

A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) prevê que mulheres em situação de violência doméstica e familiar têm direito a atendimento humanizado e especializado, incluindo:

  • Atendimento por profissionais capacitados, independentemente do gênero.
  • Preferência por atendimento por profissionais do sexo feminino, mas não exclusividade.

B) Atendimento exclusivo por profissionais do sexo feminino, independentemente de capacitação.

Incorreto – A lei determina a preferência, mas não a obrigatoriedade de profissionais do sexo feminino. Além disso, a capacitação é essencial para garantir um atendimento adequado.

C) Atendimento por profissionais do sexo feminino apenas se a vítima solicitar expressamente.

Incorreto – O atendimento por mulheres é preferencial, independentemente da solicitação da vítima.

D) Atendimento obrigatório por médicas e policiais do sexo feminino em todos os casos.

Incorreto – Não há obrigatoriedade absoluta, apenas preferência.

E) Atendimento preferencialmente por médicas e policiais do sexo feminino apenas em casos nos quais há risco iminente de vida.

Incorreto – A preferência por profissionais do sexo feminino não depende do risco iminente de vida.

Portanto, a Lei Maria da Penha garante atendimento especializado e humanizado, com preferência (mas não exclusividade) para profissionais do sexo feminino.

Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo feminino - previamente capacitados.  

gabarito A

no papel é tudo tão bonito

Gabarito A

Com base na Lei Maria da Penha, as mulheres em situação de violência doméstica e familiar têm garantido o atendimento policial e pericial de forma acolhedora, humanizada e com prioridade.

O atendimento deve ser realizado por profissionais capacitados para lidar com a situação, garantindo a proteção da vítima, o sigilo de sua identidade e a adoção de medidas imediatas para sua segurança.

CFOPMBA

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