Em 2024, entre as semanas epidemiológicas 1 e 5 (01/01/24 a...
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Q2469424
Enfermagem
Em 2024, entre as semanas epidemiológicas 1 e 5
(01/01/24 a 09/02/24), foram notificados 408.351 casos
prováveis de dengue, antecipando e superando o pico
alcançado em 2023, entre as semanas epidemiológicas
14 e 19. As regiões com maior número de casos até o
momento em 2024 são o Distrito Federal e os estados de
Minas Gerais, Acre, Paraná, Goiás e Espírito Santo.
Essa situação epidemiológica gera grande aumento de
demanda nos serviços de saúde, tanto para assistência
quanto para diagnóstico de doenças febris agudas (Nota
Técnica N.º 16/2024-CGLAB/SVSA/M). Isso posto,
considere as afirmativas a seguir e registre V, para
verdadeiras, e F, para falsas:
(__)As manifestações clínicas da dengue são, de modo geral, inespecíficas, dificultando o diagnóstico definitivo e podendo comprometer a instituição oportuna de condutas terapêuticas adequadas. Outros agravos que se manifestam clinicamente de forma semelhante à dengue incluem doenças febris com ou sem exantema, incluindo infecção por parvovírus B19, sarampo, rubéola, malária, leptospirose e outras arboviroses (Zika, chikungunya, febre amarela, Mayaro e Oropouche, por exemplo), algumas delas ocorrendo com a mesma sazonalidade, resultando em um obstáculo adicional para o diagnóstico baseado exclusivamente no quadro clínico.
(__)Os métodos disponíveis para o diagnóstico etiológico da dengue em ambiente laboratorial incluem pesquisa do genoma viral por biologia molecular, com ou sem identificação simultânea do sorotipo viral, pesquisa de antígenos virais (Elisa -NS1) e pesquisa de anticorpos contra o vírus (IgM e IgG), havendo disponibilidade no mercado de kits registrados na Anvisa de diferentes produtores.
(__)Anticorpos são produzidos pelo organismo humano como parte da resposta imunológica à infecção pelo vírus dengue. Os anticorpos da classe M começam a ser produzidos nos primeiros dias após o início dos sintomas, por volta do quinto dia, aumentam rapidamente em 14 dias e começam a diminuir depois desse período, podendo ficar detectáveis por 2 a 3 meses. Em pessoas que tiveram dengue anteriormente, os níveis de anticorpos IgM e IgG são mais altos que na primeira infecção, podendo resultar em resultados negativos ou em períodos mais curtos de detecção para essas classes de imunoglobulina. Devido a essas características, o Teste Rápido é considerado um método eficaz de diagnóstico, pois detecta IgM e IgG e sugere, se positivo, a ocorrência de uma infecção recente.
(__)A dengue é uma doença de notificação compulsória e todos os casos devem ser notificados, antes mesmo da realização de qualquer teste diagnóstico. O uso do teste condiciona a conduta clínica, especialmente diante da ocorrência de surtos e da presença de sinais de alarme e gravidade, os quais indicam atenção diferenciada conforme estabelecido no Guia de Diagnóstico e Manejo Clínico de dengue vigente. Destaca-se, ainda, que os casos negativos podem indicar a circulação de outras arboviroses, tais como chikungunya e Zika, e a notificação e investigação auxiliarão na tomada de decisão quanto às ações de vigilância e assistência.
(__)Os testes rápidos não permitem identificar o sorotipo viral, informação importante para a vigilância e para o conhecimento sobre a dinâmica da circulação dos vírus e sobre características clínicas decorrentes da infecção pelos diferentes sorotipos. Adicionalmente, as amostras coletadas para realização do Testes Rápidos (TR) não possibilitam realização posterior de métodos confirmatórios; a sensibilidade e a especificidade dos TR podem variar consideravelmente e dependem do estágio e do tipo de infecção (primária ou secundária) e do sorotipo infectante.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
(__)As manifestações clínicas da dengue são, de modo geral, inespecíficas, dificultando o diagnóstico definitivo e podendo comprometer a instituição oportuna de condutas terapêuticas adequadas. Outros agravos que se manifestam clinicamente de forma semelhante à dengue incluem doenças febris com ou sem exantema, incluindo infecção por parvovírus B19, sarampo, rubéola, malária, leptospirose e outras arboviroses (Zika, chikungunya, febre amarela, Mayaro e Oropouche, por exemplo), algumas delas ocorrendo com a mesma sazonalidade, resultando em um obstáculo adicional para o diagnóstico baseado exclusivamente no quadro clínico.
(__)Os métodos disponíveis para o diagnóstico etiológico da dengue em ambiente laboratorial incluem pesquisa do genoma viral por biologia molecular, com ou sem identificação simultânea do sorotipo viral, pesquisa de antígenos virais (Elisa -NS1) e pesquisa de anticorpos contra o vírus (IgM e IgG), havendo disponibilidade no mercado de kits registrados na Anvisa de diferentes produtores.
(__)Anticorpos são produzidos pelo organismo humano como parte da resposta imunológica à infecção pelo vírus dengue. Os anticorpos da classe M começam a ser produzidos nos primeiros dias após o início dos sintomas, por volta do quinto dia, aumentam rapidamente em 14 dias e começam a diminuir depois desse período, podendo ficar detectáveis por 2 a 3 meses. Em pessoas que tiveram dengue anteriormente, os níveis de anticorpos IgM e IgG são mais altos que na primeira infecção, podendo resultar em resultados negativos ou em períodos mais curtos de detecção para essas classes de imunoglobulina. Devido a essas características, o Teste Rápido é considerado um método eficaz de diagnóstico, pois detecta IgM e IgG e sugere, se positivo, a ocorrência de uma infecção recente.
(__)A dengue é uma doença de notificação compulsória e todos os casos devem ser notificados, antes mesmo da realização de qualquer teste diagnóstico. O uso do teste condiciona a conduta clínica, especialmente diante da ocorrência de surtos e da presença de sinais de alarme e gravidade, os quais indicam atenção diferenciada conforme estabelecido no Guia de Diagnóstico e Manejo Clínico de dengue vigente. Destaca-se, ainda, que os casos negativos podem indicar a circulação de outras arboviroses, tais como chikungunya e Zika, e a notificação e investigação auxiliarão na tomada de decisão quanto às ações de vigilância e assistência.
(__)Os testes rápidos não permitem identificar o sorotipo viral, informação importante para a vigilância e para o conhecimento sobre a dinâmica da circulação dos vírus e sobre características clínicas decorrentes da infecção pelos diferentes sorotipos. Adicionalmente, as amostras coletadas para realização do Testes Rápidos (TR) não possibilitam realização posterior de métodos confirmatórios; a sensibilidade e a especificidade dos TR podem variar consideravelmente e dependem do estágio e do tipo de infecção (primária ou secundária) e do sorotipo infectante.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
A alternativa D está correta, e a explicação para cada afirmativa é a seguinte:
1. Verdadeira (V). As manifestações clínicas da dengue são inespecíficas e se assemelham a outras doenças febris, o que realmente dificulta o diagnóstico diferencial apenas com base nos sintomas. Infecções por outros patógenos, como parvovírus B19, sarampo, rubéola, malária, leptospirose e outras arboviroses, podem compartilhar sintomatologias similares.
2. Verdadeira (V). Os métodos de diagnóstico laboratorial para dengue incluem pesquisa do genoma viral por biologia molecular, detecção de antígenos virais (como o NS1) e pesquisa de anticorpos (IgM e IgG). Existem diferentes kits de diagnóstico aprovados pela Anvisa disponíveis no mercado.
3. Falsa (F). A afirmação sobre a produção de anticorpos é verdadeira até o ponto em que descreve a dinâmica do IgM. No entanto, a afirmação de que em pessoas com dengue prévia os níveis de IgM e IgG são mais altos e isso pode resultar em períodos mais curtos de detecção é incorreta. Na verdade, em infecções secundárias, os níveis de IgG aumentam mais rapidamente e persistem por mais tempo, enquanto IgM pode ter uma resposta mais atenuada. Além disso, o Teste Rápido pode ter limitações e não é considerado eficaz em todas as circunstâncias.
4. Falsa (F). A dengue é uma doença de notificação compulsória, e os casos devem ser notificados imediatamente. No entanto, a afirmação de que o uso do teste condiciona a conduta clínica é incorreta. A conduta clínica deve ser baseada em uma avaliação completa do paciente, e não somente nos resultados dos testes. Além disso, casos negativos para dengue podem indicar outras doenças, mas isso não diminui a importância da notificação imediata de casos suspeitos.
5. Verdadeira (V). Testes rápidos não identificam o sorotipo viral, o que é importante para a vigilância epidemiológica e para entender a dinâmica da doença. Além disso, amostras utilizadas para testes rápidos muitas vezes não são adequadas para métodos confirmatórios adicionais. A sensibilidade e especificidade dos testes rápidos podem variar bastante e são influenciadas pelo estágio da infecção e por se tratar de uma infecção primária ou secundária, assim como pelo sorotipo.
Portanto, a sequência correta é V − V − F − F − V, correspondendo à alternativa D.