Sousa e Oliveira (2011) apontam uma forte tendência contempo...

Alternativa Correta: E - no desenvolvimento de práticas profissionais que fortaleçam o disciplinamento, a fiscalização, a moralização e o controle social, como meios de consolidar a assistencialização das políticas sociais e a criminalização dos pobres

O tema central desta questão é a atuação do assistente social em contextos contemporâneos, especialmente no que diz respeito às tendências de assistencialização e controle social dentro das políticas públicas.

Para compreender a questão, é importante saber que o Serviço Social tem uma função crítica e transformadora, mas enfrenta desafios que o desviam para práticas de controle social e assistencialização. Este conceito refere-se à tendência de tratar os problemas sociais com soluções paliativas, focando no controle dos indivíduos, especialmente os mais pobres, ao invés de resolver as causas estruturais da pobreza.

A prática assistencialista frequentemente vem acompanhada de um fortalecimento da moralização e da criminalização das classes marginalizadas, o que é um ponto crítico para o debate no Serviço Social contemporâneo.

Justificativa para a Alternativa Correta (E): Esta alternativa reflete uma tendência crítica na atuação dos assistentes sociais atualmente, onde há uma demanda para que eles participem de práticas que, infelizmente, muitas vezes reforçam o controle social e moralizam situações de pobreza, contribuindo para a manutenção de um sistema assistencialista que criminaliza os pobres. Isso está alinhado com as análises de Sousa e Oliveira (2011), que discutem como essas práticas consolidam a assistência social como um instrumento de controle.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - como perito social: Embora o assistente social possa atuar como perito social, essa função não é a tendência principal discutida por Sousa e Oliveira (2011). A questão foca na função de controle social, o que não se alinha diretamente com a prática pericial.

B - no desenvolvimento de práticas socioeducativas: Essa abordagem é positiva e desejável dentro do campo do Serviço Social, mas não reflete a tendência crítica e problemática discutida no texto de apoio.

C - no desenvolvimento de práticas de fiscalização, moralização e individualização: Embora esta alternativa aborde aspectos de moralização e individualização, como mencionado no texto, a porta de entrada principal não é diretamente vinculada ao Ministério Público, mas sim a um contexto mais amplo de políticas sociais assistencialistas.

D - no desenvolvimento de práticas de leitura crítica e em totalidade da realidade social: Esta alternativa descreve uma prática desejável e transformadora que faz parte do compromisso teórico do Serviço Social, mas não reflete a problemática tendência de controle e assistencialização criticada por Sousa e Oliveira (2011).

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gab..e

no desenvolvimento de práticas profissionais que fortaleçam o disciplinamento, a fiscalização, a moralização e o controle social, como meios de consolidar a assistencialização das políticas sociais e a criminalização dos pobres

Existe uma forte tendência contemporânea de requisitar os assistentes sociais para o desenvolvimento de práticas profissionais que fortaleçam o disciplinamento, a fiscalização, a individualização, a psicologização, a moralização e o controle social como meios de consolidar a assistencialização das políticas sociais e a criminalização dos pobres. Práticas essas que não são alheias à trajetória histórica do Serviço Social, pois estão mergulhadas no caldo de herança histórica conservadora da profissão, e que colidem diretamente com os princípios e elementos que constituem o projeto ético-político profissional (SOUSA e OLIVEIRA, 2011, p. 125).

Existe uma forte tendência contemporânea de requisitar os assistentes sociais para o desenvolvimento de práticas profissionais que fortaleçam o disciplinamento, a fiscalização, a individualização, a psicologização, a moralização e o controle social como meios de consolidar a assistencialização das políticas sociais e a criminalização dos pobres. Práticas essas que não são alheias à trajetória histórica do Serviço Social, pois estão mergulhadas no caldo de herança histórica conservadora da profissão, e que colidem diretamente com os princípios e elementos que constituem o projeto ético-político profissional (SOUSA e OLIVEIRA, 2011, p. 125).

Gabarito: E