Paciente do sexo feminino, 45 anos, residente em uma área r...

Para resolver esta questão, é essencial entender que o tema central gira em torno do manejo clínico de uma paciente com sintomas sugestivos de diabetes mellitus e hipertensão, além de considerar os princípios da saúde da família e a vigilância epidemiológica.

A alternativa correta é a letra B, que propõe realizar exames laboratoriais para investigar diabetes mellitus e hipertensão, além de iniciar orientação sobre alimentação saudável e atividade física.

Justificativa para a alternativa B: Esta alternativa está correta porque, diante dos sintomas apresentados pela paciente, como fadiga persistente, perda de peso não intencional, aumento da sede e frequência urinária, é crucial investigar diabetes mellitus. Além disso, a pressão arterial elevada (140/90 mmHg) sugere a necessidade de investigação de hipertensão. O manejo adequado inclui não apenas a investigação diagnóstica, mas também intervenções iniciais de mudanças no estilo de vida, conforme os princípios da saúde da família.

Análise das alternativas incorretas:

Alternativa A: Encaminhar a paciente para um endocrinologista sem realizar exames laboratoriais preliminares não é adequado. Antes de um encaminhamento especializado, é fundamental realizar uma avaliação inicial completa no âmbito da atenção primária à saúde.

Alternativa C: Prescrever medicamentos para controle da hipertensão antes de qualquer avaliação diagnóstica é inadequado. A prescrição de medicamentos deve ser feita com base em resultados concretos de exames que confirmem o diagnóstico.

Alternativa D: Recomendar que a paciente retorne apenas se os sintomas piorarem, sem intervenções imediatas, ignora a necessidade de uma abordagem preventiva e diagnóstica inicial, que é fundamental para o manejo adequado e eficaz.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

Conduta baseada nos protocolos mais atuais:

Investigação diagnóstica:

Realizar exames laboratoriais básicos para confirmar o diagnóstico de diabetes e avaliar complicações:

Glicemia de jejum e/ou Hemoglobina glicada (HbA1c).

Ureia, creatinina e eletrólitos: Avaliação da função renal, devido à desidratação e possível nefropatia diabética.

Sumário de urina: Pesquisar glicosúria, proteinúria e sinais de infecção urinária.

Perfil lipídico: Dislipidemias são comuns na síndrome metabólica.

MAPA ou MRPA: Se possível, para avaliação mais precisa da hipertensão.

Intervenções imediatas:

Orientação sobre alimentação saudável: Redução de alimentos ultraprocessados, aumento de consumo de fibras, frutas, vegetais e hidratação adequada.

Promoção de atividade física: Adaptação conforme condições clínicas da paciente, considerando a possibilidade de desidratação e perda de peso.

Monitorização dos sinais clínicos: Acompanhamento regular na atenção primária para controle de sintomas, adesão às mudanças de estilo de vida e ajuste de condutas.

Análise das alternativas:

❌ A) Encaminhar a paciente para endocrinologista sem exames preliminares:

Incorreto. A atenção primária é capaz de fazer o diagnóstico inicial e iniciar o tratamento. O encaminhamento só é necessário em casos de difícil controle ou complicações.

✅ B) Realizar exames laboratoriais para investigar diabetes mellitus e hipertensão, e iniciar orientação sobre alimentação saudável e atividade física:

Correto. Essa abordagem é condizente com os princípios da atenção primária, promovendo diagnóstico precoce, intervenções de baixo custo e mudanças de estilo de vida.

❌ C) Prescrever medicamentos para controle da hipertensão antes de qualquer avaliação diagnóstica:

Incorreto. A prescrição de anti-hipertensivos deve ser baseada na confirmação diagnóstica, avaliação de lesão de órgão-alvo e risco cardiovascular global.

❌ D) Recomendar que a paciente retorne apenas se os sintomas piorarem, sem intervenções:

Incorreto. A paciente apresenta sintomas sugestivos de descompensação metabólica e risco elevado de complicações cardiovasculares, exigindo intervenção imediata.