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Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: EMSERH Prova: FUNCAB - 2016 - EMSERH - Assistente Social |
Q630133 Serviço Social
Nos tempos contemporâneos há um profundo desmonte das conquistas civilizatórias dos trabalhadores. A fetichização das relações sociais alcança seu ápice sob a hegemonia do(a):
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Alternativa Correta: A - capital que rende juros

Vamos começar compreendendo o tema central desta questão: a fetichização das relações sociais e o desmonte das conquistas dos trabalhadores no contexto contemporâneo. Esse é um tópico importante dentro das Políticas Sociais, pois se refere às estruturas econômicas e sociais que impactam diretamente a vida dos trabalhadores.

A questão destaca o conceito de fetichização, que, no contexto das relações sociais e econômicas, pode ser entendido como um processo onde as relações entre as pessoas são mediadas por mercadorias ou capital, em vez de relações diretas e humanas. Isso está intimamente ligado à teoria de Karl Marx sobre o 'fetichismo da mercadoria'.

Justificativa da alternativa correta:

A resposta correta é a alternativa A - capital que rende juros, pois o ápice da fetichização das relações sociais ocorre justamente quando o capital gera mais capital, sem a necessidade de trabalho direto, promovendo uma desconexão entre o trabalho humano e a geração de valor. Esse fenômeno é frequentemente associado ao capitalismo financeiro, onde o capital se acumula por meio de juros e investimentos especulativos, conforme discutido por autores como David Harvey em seus estudos sobre a acumulação capitalista.

Análise das alternativas incorretas:

B - maquinário em detrimento do humano: Embora a automação e o uso de maquinário substituam o trabalho humano, a questão enfoca a fetichização das relações sociais, que é mais diretamente relacionada à acumulação de capital através de juros e não à simples substituição de mão de obra.

C - produção em massa: A produção em massa se refere à capacidade de produzir bens em grandes quantidades, mas não aborda diretamente a questão da fetichização ou do capital que rende juros.

D - revolução tecnológica: A revolução tecnológica pode sim impactar as relações de trabalho e sociais, porém, a questão enfatiza o processo econômico do capital rendendo juros como ápice da fetichização.

E - meritocracia: A meritocracia refere-se a um sistema de recompensas baseado no mérito individual, que não está diretamente relacionado à fetichização ou à acumulação de capital por juros.

Em conclusão, é essencial entender como os sistemas econômicos influenciam as relações sociais e como a fetichização, no contexto do capital que gera juros, representa um estágio avançado desse processo.

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Nesses tempos orquestrados pelo grande capital financeiro, a generalização de seus fetichismos alastra-se em todos os poros da vida social: impregna a sociabilidade e impulsiona um profundo desmonte das conquistas civilizatórias dos trabalhadores. A fetichização das relações sociais alcança o seu ápice sob a hegemonia do capital que rende juros – denominado por Marx de capital fetiche – e obscurece o universo dos trabalhadores que produzem a riqueza e vivenciam a alienação como destituição, sofrimento e rebeldia (IAMAMOTO, 2007).

 

Referência: Mundialização do capital, “questão social” e Serviço Social no Brasil, pode ser acessado em Em_Pauta_21_8_Mundialização do capital, ´questão social´ e Serviço Social no Brasil.pmd

Gabarito A.

Conforme Iamamoto em Serviço Social em Tempo de Capital Fetiche:

“O caráter alienado da relação do capital, sua fetichização, alcança seu ápice no capital que rende juros. […] O capital-dinheiro aparece […] como fonte independente de criação de valor […] apagando o seu caráter antagônico frente ao trabalho. ‘O capital agora é coisa, mas não coisa capital’” p.93

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