Acerca de aspectos recentes da economia brasileira pós-1994,...

Para resolver a questão proposta, é importante compreender o contexto econômico do Brasil no período pós-1994, especialmente entre 1995 e 2002. Esse período é marcado por transformações significativas no setor bancário, com foco em consolidação bancária e seus efeitos na economia.

O tema central da questão é a relação entre a consolidação bancária e seus resultados econômicos, especificamente a relação entre crédito e Produto Interno Bruto (PIB) e o custo da intermediação financeira.

A consolidação bancária refere-se ao processo de fusões e aquisições de instituições financeiras, que busca aumentar a eficiência, estabilidade e competitividade do setor bancário. No entanto, é crucial analisar como essas mudanças impactam a economia como um todo, principalmente em termos de acesso ao crédito e custos associados.

Durante o período de 1995 a 2002, o Brasil passou por mudanças econômicas importantes após o Plano Real, que estabilizou a inflação. Apesar disso, os avanços esperados na relação crédito/PIB e na redução do custo da intermediação financeira foram menores do que o esperado.

A razão para isso inclui fatores como a adaptação das instituições financeiras ao novo ambiente econômico, desafios regulatórios e a necessidade de estabilização econômica antes de um crescimento mais robusto da oferta de crédito. De acordo com estudos acadêmicos e relatórios do Banco Central, a relação crédito/PIB permaneceu relativamente baixa nesse período, e os custos de intermediação não diminuíram significativamente.

Portanto, a alternativa correta é C - certo, pois reflete com precisão os resultados econômicos observados entre 1995 e 2002 no Brasil.

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Governo de FHC:

- O volume de crédito, que cresceu significativamente após a implantação do Plano Real, foi fortemente atingido pela crise asiática de 1997, levando a uma trajetória de queda contínua na participação dos empréstimos do sistema financeiro sobre o PIB. 

- A adesão do Brasil ao Acordo de Basiléia4 (Resolução BACEN nº 2.099 de 17/08/94) liberou as aplicações dos bancos em títulos públicos federais e limitou as aplicações em crédito. Ocorreram vários mudanças nos parâmetros dessa norma, que culminaram na diminuição do limite que os bancos podiam aplicar em crédito. A principal mudança ocorrida foi a realocação dos recursos das aplicações bancárias, favorecendo ativos de pequena ponderação, ou seja, deslocando recursos da atividade produtiva para o setor público (títulos públicos federais). Essa adesão ao Acordo pode explicar o comportamento do crédito após 1994. Os bancos cresceram, após aquele ano, mas os créditos perderam expressão. A diminuição do limite de crédito afetou principalmente os grandes bancos controlados pelo Governo Federal (Banco do Brasil). 

FONTE: http://www.ccje.ufes.br/economia/MONOGRAFIAS/20091/ELAINE%20DA%20SILVA%20LACERDA/Elaine%20da%20Silva%20Lacerda%20-%20mono.pdf (pág. 21 e 22)