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Q474433 Serviço Social
Iamamoto (2008), ao analisar o Serviço Social em tempos de capital e fetiche, informa que a questão social passa a ser objeto de um “processo de criminalização”, atingindo as classes pobres. Em meio a esse contexto, pode-se verificar a retomada de uma noção que fundamentou o olhar sobre os pobres no Brasil. A noção que historicamente caracterizou as classes pobres na realidade brasileira é a noção de:
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Para resolver a questão apresentada, é fundamental compreender o contexto histórico e social que envolve a questão social no Brasil e como ela foi percebida ao longo do tempo.

De acordo com Iamamoto (2008), em sua análise sobre o Serviço Social no contexto do capital e fetiche, há um processo de criminalização da pobreza. Isso significa que os problemas sociais enfrentados pelas classes mais pobres são frequentemente vistos como falhas morais ou de caráter, em vez de serem entendidos como efeitos de desigualdades estruturais.

Historicamente, os pobres foram rotulados de várias formas, mas a noção que mais se destaca na realidade brasileira é a de classes perigosas. Essa ideia surgiu no final do século XIX e início do século XX, quando os pobres eram frequentemente vistos como uma ameaça à ordem social, necessitando de controle e vigilância. Portanto, a alternativa correta é:

C - classes perigosas

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

A - vagabundos, para os quais a proteção social acaba por ser prejudicial: Esta opção reflete uma visão preconceituosa bastante comum, que associa pobreza à preguiça, mas não é o foco histórico principal analisado por Iamamoto.

B - classes subalternas: Embora esta expressão descreva a posição social dos pobres, não capta o aspecto de ameaça e criminalização histórica mencionada no texto.

D - violentos que necessitam ser contidos: Apesar de se aproximar da ideia de criminalização, o termo "classes perigosas" é mais historicamente preciso e amplamente utilizado na literatura.

E - carentes e em vulnerabilidade social: Esta é uma descrição mais neutra e contemporânea das necessidades sociais, mas não reflete a ideia de ameaça ou criminalização.

Ao interpretar questões como essa, é importante prestar atenção aos conceitos históricos e às palavras-chave que indicam como grupos sociais foram caracterizados ao longo do tempo. Usar esse conhecimento histórico pode ajudar a identificar a resposta correta com mais facilidade.

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Segundo Iamamoto (2008, p. 163):

 "Atualmente, a questão social passa a ser objeto de um violento 'processo de criminalização" que atinge as classes subalternas [...]. Recicla-se a noção de 'classes perigosas' - não mais laboriosas-, sujeitas à repressão e extinção"

Resposta correta C

Conforme Iamamoto "Hoje a imagem de pobreza é radicalizada: é o perigoso, o transgressor, o que rouba e não trabalha, sujeito à repressão e à extinção. São as "classes perigosas", e não mais laboriosas, destinatárias de repressão. Reforça-se assim a violência institucionalizada, colocando-se em risco o direito à própria vida". 

classes perigosas

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