Questões de Concurso Público UFU-MG 2019 para Assistente em Administração

Foram encontradas 40 questões

Q972570 Português

Sempre tive cachorros, mas, como tinha filhos, eles ocupavam um lugar secundário no ranking amoroso da família e dormiam fora de casa. Até o pequenino Pumpy, um fox “pelo duro” cheio de personalidade, dormia ao relento, apesar do frio. Acho que dormia enroscado no Funk, pastor alemão que tinha o papel de cuidar da casa, mas, quando os dois fugiam pela rua, era o pastor que seguia o fox.

Os filhos cresceram, a família mudou, os netos nasceram e os cachorros continuaram. Ângela tinha um Weimaraner, o Otto, que só faltava falar. Mas eu não gostava que dormisse no nosso quarto. Ele sacudia as orelhas quando acordava e, com isso, me acordava também. Agora sou obrigado a conviver com um bulldog francês, o Joca, que passou a fazer parte da família apesar das minhas advertências.

Mas eu mordi a língua. Joca foi entrando devagarinho na minha vida com aquele jeitinho de cão rejeitado, porque, apesar de ter “pedigree”, ele é todo diferente. Os dentes são tortos, o focinho é mais comprido e ele parece uma mistura de morcego com bezerro. Mas é lindo. [...]

A relação com os animais também estabelece um vínculo afetivo forte, uma interação amorosa de dois seres que dependem um do outro. Já está provado que o contato com animais traz benesses terapêuticas e ajuda no tratamento da solidão e da rejeição. Pessoas têm animais domésticos para dar e receber esse afeto.

Portanto, eu, que alertava para os problemas de dependência que um cachorro pode trazer, hoje sou vítima dele. Vítima no bom sentido. Adoro minha relação com Joca e me sinto muito bem quando ele se enrosca em mim ou vem com a patinha pedir que eu coce suas costas. [...] E eu juro, que se ele falar, não vou me espantar, vou responder.


PAIVA, Miguel Disponível em: https://www.jb.com.br/colunistas/visto_de_fora_mundo-cao. Acesso em 11 jan.2019. (Adaptado)


Considerando o emprego dos verbos no texto apresentado, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q972571 Português

[...] Sabemos que o chiclete, desde que seja sem açúcar, pode ser vantajoso à higiene bucal. Ele estimula a salivação em até dez vezes, aumentando a lubrificação local e neutralizando os ácidos produzidos pelas bactérias que causam cárie. Dessa forma, promove uma limpeza mecânica na boca.

Nesse sentido, é importante observar no rótulo da goma de mascar se ela contém xilitol ou sorbitol. Na presença desses adoçantes, as bactérias não conseguem fazer a fermentação como acontece normalmente com o açúcar. Sorte dos dentes [...]

Quando o chiclete não cai bem.

Pessoas com problemas na articulação temporomandibular (ATM), aquela responsável pelo abrir e fechar da boca, devem ter cautela no consumo das gomas. É que o mastigar excessivo pode causar um desequilíbrio muscular, resultando em dores crônicas de cabeça, ouvido e na própria região da boca.

Indivíduos com problemas gástricos também devem evitar ou fazer uso moderado dos chicletes. Isso porque toda vez que o mascamos, o corpo entende que vai receber algum alimento e, com isso, prepara enzimas e ácidos para atuar na digestão. Mas, como não há alimento – só uma goma na boca –, existe a possibilidade de uma superprodução de ácido no estômago, o que compromete a sua capacidade de produzir secreções digestivas quando o sujeito realmente ingerir comida. Tudo isso pode acabar em sensação de empachamento, azia etc.[...]

Independentemente dos prós e contras, e do fato de que o chiclete sem açúcar pode ser um aliado da salivação e da higiene bucal, é fundamental e unânime deixar claro que ele nunca substituirá uma boa escovação, com uso da pasta de dente fluoretada, e o fio dental. A goma de mascar só deve ser recomendada com essa finalidade esporadicamente, nos casos em que não é possível fazer a limpeza correta da boca.


REZENDE, Karla Mayra. Chicletes, eles fazem bem aos dentes? Saúde. 25 dez.2018. Disponível em: https://saude.abril.com.br/blog/cuide-da-sua-boca/chicletes-eles-fazem-bem-aos-dentes/ Acesso em 07 jan. 2019.


É INCORRETO afirmar que, no texto,o enunciado “Quando o chiclete não cai bem” cumpre a função de

Alternativas
Q972572 Português

Cheia de gordura. É assim que a carne de porco é encarada por boa parcela da população. Mas, segundo o nutricionista João Motarelli, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), há muitos mitos em relação ao alimento – e a história de que é gorduroso demais está entre eles.

Na verdade, a carne suína reúne, sim, gorduras saturadas. “Ocorre que a versão mais presente no alimento tem menor impacto na saúde cardiovascular do que aquela encontrada na carne bovina”, relata o especialista. “Por isso, a carne do porco poderia tranquilamente aparecer mais na rotina do brasileiro”, completa. Motarelli só faz questão de lembrar que a escolha do corte faz toda a diferença. Na opinião dele, o lombo é o grande destaque. “Ele tem menos gordura saturada do que uma sobrecoxa de frango, por exemplo”, compara.

Outras boas opções são pernil e bisteca – mas na versão grelhada e sem capa de gordura. Aliás, por falar em modo de preparo, esse é um ponto que merece atenção. Afinal, não adianta escolher um corte magrinho e preparar no óleo em imersão, certo? “O ideal é apostar na carne grelhada, assada ou cozida”, enumera Motarelli. Já os embutidos e o toucinho devem ser evitados. O motivo: ambos têm excesso de gordura e, no caso de salsichas e linguiças, há substâncias capazes de aumentar o risco de câncer.

Em termos de proteínas, pode ficar tranquilo: esse nutriente está garantido na carne suína, e é de ótima qualidade. Além disso, o alimento concentra vitaminas e minerais. Não tem desculpa mesmo para lombo e companhia não aparecerem à mesa com certa regularidade.


MANARINI, Thaís. Carne de porco: pode consumir numa boa?18 out. 2018. Disponível em: https://saude.abril.com.br/blog/boa-pergunta/carne-de-porco-pode-consumir-numa-boa/Acesso em07jan.2019.


Em “Outras boas opções são pernil e bisteca – mas na versão grelhada e sem capa de gordura. Aliás, por falar em modo de preparo, esse é um ponto que merece atenção”, o termo em destaque tem a função de

Alternativas
Q972573 Português

As empresas do futuro estão nascendo com o objetivo de solucionar problemas que o poder público não consegue resolver. Será mais comum a ideia de que um negócio venha a partir dos anseios da população, do que a ideia de que ele surge pela criação de desejo no consumidor, como fazia o antigo marketing, que trabalhava no sentido de despertar desejos.

Elon Musk é um dos grandes expoentes desse movimento, ao buscar soluções que podem mudar nossa forma de enxergar o mundo. A Tesla Motors, que desenvolve carros elétricos, se tornou a montadora mais valiosa do mundo em 2017 e alimenta o sonho de que podemos diminuir o uso de combustíveis fósseis que trazem danos ao meio ambiente e aumentam o aquecimento global. Já sua nova iniciativa, o Hyperloop, pode revolucionar nossos conceitos de transporte de alta velocidade para distâncias de até 1.500km, com risco de acidentes e impacto ambiental muito menor do que os trens atuais ou aviões. Ao viajar em um tubo de ar pressurizado, o Hyperloop poderia alcançar velocidades de 1.200km/h. A ideia é ligar Los Angeles a San Francisco, cidades cuja distância é similar entre São Paulo e Belo Horizonte, em apenas 30 minutos, com custo de 20 dólares.

Se esse sonho der certo – e há grandes chances de que dará –, teremos uma integração forte entre cidades que hoje parecem distantes e um crescimento exponencial do fluxo de turistas, gerando negócios e empregos.


PASCOAL, Candice. Cinco revoluções nos negócios tradicionais que você precisa conhecer. Revista Cláudia. Disponível em: https://claudia.abril.com.br/blog/candice-pascoal/cinco-revolucoesnos-negocios-tradicionais-que-voce-precisa-conhecer/ Acesso em 06 jan. 2019. (Adaptado)


Com base no texto, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Q972574 Português

O fim do mundo

A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembrome, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum. Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste – mas que importância tem a tristeza das crianças? […]


MEIRELES, Cecília. Quatro Vozes. Record: Rio de Janeiro, 1998, p. 73. (Fragmento)


Em relação à coesão do texto, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Respostas
6: B
7: D
8: C
9: C
10: A