Questões de Concurso Público Prefeitura de Fortaleza - CE 2022 para Professor - História

Foram encontradas 57 questões

Q1957441 História

Não há sombra de dúvidas sobre o papel central desempenhado pelos mulçumanos na Rebelião de 1835. Os rebeldes - ou uma boa parte deles - foram para as ruas com as roupas usadas na Bahia pelos adeptos do Islamismo. No corpo dos muitos que morreram, a polícia encontrou amuletos mulçumanos e papéis com as rezas e as passagens do Qur’ãn usados para proteção. Essas e outras marcas da revolta levaram o chefe de polícia Francisco Gonçalves Martins a concluir o óbvio: “o certo”, escreveu ele, “é que a religião tinha a sua parte na sublevação”. Seguia a observação que “os chefes faziam persuadir aos miseráveis, que certos papéis os livrariam da morte”. E outro Francisco Martins o presidente: “Parece-me que o fanatismo religioso também entrava nessa conspiração”.

(REIS, João Jose. Rebelião escrava no Brasil: A História do levante dos Malês em 1835. São Paulo; Companhia das Letras. 2003, p. 158.)


O Período Regencial do Brasil foi um momento de muita turbulência diante dos descontentamentos dos três povos: brasileiros, escravos e indígenas, deflagrando várias rebeliões pelo país chamada de movimento nativista. O trecho acima fala da Revolta dos Malês na Bahia. Podemos considerar sobre a Revolta que:


I- Foi um movimento racial religioso, no qual escravos mulçumanos organizaram para reivindicar o fim da escravidão e da imposição do Catolicismo e ter liberdade de culto religioso.

II- Os escravos foram convertidos ao Islamismo já no Brasil e fizeram parte de uma tentativa de fundação de uma república islâmica para aumentar a religião no país.

III- Foi considerado um movimento de fanatismo religioso, pois os malês eram escravos mulçumanos que, por causa dos dogmas do Islamismo, não queriam aceitar a escravidão.

IV- O Brasil era receptivo ao Islamismo, por isso aceitou a entrada de africanos mulçumanos para servirem de escravos, já que eles não tinham alfabetização e não eram ameaça.

V- O dia escolhido da rebelião foi 25 de janeiro, data importante para os mulçumanos, a chamada Noite de Glória, que é o dia em que o Corão foi revelado a Maomé, tornando um marco.


Estão CORRETAS:

Alternativas
Q1957442 História

Mais prudente e refletido do que os seus vizinhos espanhóis, o Brasil mediu a grandeza do objeto: derrubar o antigo edifício e erguer o novo; conheceu-se com forças de o fazer, e assim o tem felizmente executado sem se precipitar na torrente de desgraças que nem os Iturbides, nem os S. Martines, nem os Bolívares, com todos os seus talentos, são capazes de suster. Para nos convencermos, pois, desta verdade, acompanhemos as duas potências na sua revolução, e vejamos o futuro que uma e outra nos promete. [...] Tal tem sido a marcha do Brasil no curso da sua regeneração; marcha que tem constituído das suas diferentes partes um todo colossal, que o torna respeitável aos estranhos, formidável aos inimigos, e afiança para o futuro à perpetuidade do seu sistema.

(Diário do Governo n.28, 05/02/1823, grifos no original). (Fonte: PIMENTA, João Paulo G. A independência do Brasil como uma revolução: história e atualidade de um tema clássico. História da historiografia- Ouro Preto- n. 3, Set. de 2009, p. 52-82.)


Neste ano, estamos comemorando o bicentenário da Independência do Brasil, tema e muitos trabalhos historiográficos no século XX, por sua perspectiva conservadora, levaram a vários questionamentos sobre o nosso rompimento com a metrópole portuguesa. Com relação ao processo de independência da América Latina que foi com o uso da força e da violência, nosso processo pareceu mais pacífico, sendo, por isso, elogiado, nos jornais da época, como nos mostra a citação acima. Nesse sentido, podemos considerar que o processo de Independência foi:


I- Diferente da América Latina pela presença da Família Real que tornou o Brasil a sede do Império, criando uma estrutura de metrópole para comportar a corte que chegou aqui fugida em 1808.

II- Considerado revolucionário hoje porque houve um rompimento do sistema colonial, abrindo as portas para o Capitalismo Industrial do café e da cana-de-açúcar mesmo mantendo o sistema escravista.

III- Mediado pelos fazendeiros e pelos políticos que defendiam a manutenção da escravidão sob o argumento que não saberiam utilizar outra forma de mão de obra que não fosse a escrava, colocando em risco a economia.

IV- Revolucionária, mas não rompeu com o sistema colonial e com a quebra de monopólio comercial que era imposto por Portugal e Espanha, marcando uma transição do Feudalismo para o Capitalismo.

V- Manteve a monarquia e o sistema escravista por causa da política conciliatória entre os fazendeiros de cana-de-açúcar e de café, marcando a permanência feudal no modo de produção.


Estão CORRETAS:

Alternativas
Q1957443 História

“Ciência dos homens”, dissemos. É ainda vago demais. É preciso acrescentar: “dos homens, no tempo”. O historiador não apenas pensa “humano”. A atmosfera em seu pensamento respira naturalmente é a categoria da duração. Decerto, dificilmente imagina-se que uma ciência, qualquer que seja, possa abstrair do tempo. Entretanto, para muitas dentre elas, que, por convenção, o desintegram em fragmentos artificialmente homogêneos, ele representa apenas uma medida. Realidade concreta e viva submetida à irreversibilidade de seu impulso, o tempo da história, ao contrário, é o próprio plasma em que se engastam os fenômenos e como o lugar de sua inteligibilidade.

(BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro. Ed. Jorge Zahar, 2001, p. 55.)


A Escola dos Annales revolucionou a escrita da História com outros olhares na construção de um método histórico que respondesse às questões da sociedade do presente. Para isso, teve que rever todas as categorias de análise do historiador em comparação ao método do século XIX. No trecho acima, Bloch refere-se ao (à):

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Q1957444 História
A chegada da Família Real portuguesa no Brasil, em 1808, trouxe novos rumos para a construção do Estado-nação brasileiro. No período do Império, D. Pedro II buscou formar uma identidade nacional, ficando conhecido como patrono das artes e das ciências. Nesse sentido, as principais medidas que refletem essa intenção são:
Alternativas
Q1957445 História

O continente africano e o asiático foram os últimos a serem colonizados pelos europeus. Nas Américas, o processo de colonização teve início ainda no século XVI. Três séculos mais tarde o continente americano já havia sido descolonizado e a Primeira Revolução Industrial se encontrava em plena expansão. Diante disso, os europeus buscaram novas fontes de recursos para abastecer as suas indústrias.

(Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-inicio-colonizacao-na-africa.)


A colonização dos países africanos e asiáticos foi diferente das Américas porque já havia a industrialização europeia. Assim, sobre esse momento, podemos considerar que:


I- A chamada partilha da África e da Ásia foi um dos recursos utilizados para o fortalecimento das indústrias, já que as Américas independentes se transformaram em mercados consumidores, principalmente da Inglaterra.

II- No século XIX, os países europeus Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Holanda passaram a explorar os países da África e da Ásia além de impor seu modo de vida civilizado como superior aos outros povos.

III- A Partilha da África e da Ásia teve a intenção de conter os possíveis conflitos de poder entre os países europeus para evitar a primeira e a segunda guerras mundiais. A África foi usada como pretexto para a I Guerra Mundial.

IV- Os países africanos tiveram suas terras devastadas pela exploração de minérios além do forte tráfico negreiro nas Américas, mas foram recompensados após a descolonização no século XX, ganhando dupla nacionalidade.

V- A exploração de minérios, principalmente do ouro, levou a uma devastação do continente além de um forte tráfico de pedras preciosas que deixou o continente pobre além de ter aumentado os índices de violência.


Estão CORRETAS: 

Alternativas
Respostas
36: C
37: B
38: C
39: A
40: C