Questões de Concurso Público Prefeitura de Curitiba - PR 2019 para Agente Administrativo

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Q989611 Português
A tese central do autor é que:
Alternativas
Q989612 Português
Na quinta linha, o termo em destaque – debelados – tem o sentido de:
Alternativas
Q989613 Português

O texto a seguir é referência para a questão.


Mágicas de linguagem

Hélio Schwartsman

A linguagem é uma ferramenta poderosa. Tão poderosa que basta insistir por alguns anos numa propaganda bem-feita para convencer pessoas inteligentes até de que algo que ____________ é um direito inalienável.

Victor Klemperer (1881-1960), o filólogo judeu que conseguiu sobreviver durante a Segunda Guerra na Alemanha, registrando num diário a ascensão do nazismo, faz uma análise primorosa de como a manipulação da linguagem pode servir a propósitos ideológicos. Se você pensou na “novilíngua” de George Orwell, acertou, mas Klemperer escreveu suas observações antes do inglês, e elas diziam respeito ao mundo real, e não ao da ficção.

No Brasil, o FGTS é um bom exemplo dessa mágica operada pela linguagem. Quase todos, da esquerda à direita, passando pela própria Constituição, o tratam como um direito. Mais até, como cláusula pétrea da Carta, que só poderia ser extinta por revolução (essa é a posição da OAB).

Não é preciso, porém, mais do que noções elementares de economia e desprendimento em relação às “idées reçues”* para constatar que o Fundo é mais bem descrito como um confisco do que como um direito.

Para início de conversa, num mercado de trabalho competitivo, se não houvesse FGTS, os vencimentos mensais recebidos pelos assalariados seriam 8% maiores. Na verdade, o que o FGTS faz é impor ao trabalhador uma poupança compulsória, da qual ele não pode dispor nem em emergências, cujos rendimentos são fixados pelo governo num valor que fica sistematicamente abaixo do da inflação. Nas contas da Econometrica, entre 1997 e 2017, o FGTS rendeu 202%, contra 465% da poupança, 756% do Ibovespa e 1.724% do CDI. O IPCA no período foi de 250%.

Basicamente, o governo tirou dinheiro do trabalhador. Num mundo não povoado por singularidades de linguagem, sindicatos e organizações que defendem direitos difusos pediriam o fim do FGTS, não sua perpetuação.

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2019/04/magicas-de-linguagem.shtml)

* ideias preconcebidas. 

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna na primeira linha do texto.
Alternativas
Q989614 Português

O texto a seguir é referência para a questão.


Mágicas de linguagem

Hélio Schwartsman

A linguagem é uma ferramenta poderosa. Tão poderosa que basta insistir por alguns anos numa propaganda bem-feita para convencer pessoas inteligentes até de que algo que ____________ é um direito inalienável.

Victor Klemperer (1881-1960), o filólogo judeu que conseguiu sobreviver durante a Segunda Guerra na Alemanha, registrando num diário a ascensão do nazismo, faz uma análise primorosa de como a manipulação da linguagem pode servir a propósitos ideológicos. Se você pensou na “novilíngua” de George Orwell, acertou, mas Klemperer escreveu suas observações antes do inglês, e elas diziam respeito ao mundo real, e não ao da ficção.

No Brasil, o FGTS é um bom exemplo dessa mágica operada pela linguagem. Quase todos, da esquerda à direita, passando pela própria Constituição, o tratam como um direito. Mais até, como cláusula pétrea da Carta, que só poderia ser extinta por revolução (essa é a posição da OAB).

Não é preciso, porém, mais do que noções elementares de economia e desprendimento em relação às “idées reçues”* para constatar que o Fundo é mais bem descrito como um confisco do que como um direito.

Para início de conversa, num mercado de trabalho competitivo, se não houvesse FGTS, os vencimentos mensais recebidos pelos assalariados seriam 8% maiores. Na verdade, o que o FGTS faz é impor ao trabalhador uma poupança compulsória, da qual ele não pode dispor nem em emergências, cujos rendimentos são fixados pelo governo num valor que fica sistematicamente abaixo do da inflação. Nas contas da Econometrica, entre 1997 e 2017, o FGTS rendeu 202%, contra 465% da poupança, 756% do Ibovespa e 1.724% do CDI. O IPCA no período foi de 250%.

Basicamente, o governo tirou dinheiro do trabalhador. Num mundo não povoado por singularidades de linguagem, sindicatos e organizações que defendem direitos difusos pediriam o fim do FGTS, não sua perpetuação.

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2019/04/magicas-de-linguagem.shtml)

* ideias preconcebidas. 

Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:

1. As observações de Klemperer diziam respeito ao mundo real, e as de Orwell, ao mundo da ficção.

2. Na quinta linha, “inglês” se refere a “novilíngua”.

3. No terceiro parágrafo, “Carta” se refere a “Constituição”.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q989615 Português

O texto a seguir é referência para a questão.


Mágicas de linguagem

Hélio Schwartsman

A linguagem é uma ferramenta poderosa. Tão poderosa que basta insistir por alguns anos numa propaganda bem-feita para convencer pessoas inteligentes até de que algo que ____________ é um direito inalienável.

Victor Klemperer (1881-1960), o filólogo judeu que conseguiu sobreviver durante a Segunda Guerra na Alemanha, registrando num diário a ascensão do nazismo, faz uma análise primorosa de como a manipulação da linguagem pode servir a propósitos ideológicos. Se você pensou na “novilíngua” de George Orwell, acertou, mas Klemperer escreveu suas observações antes do inglês, e elas diziam respeito ao mundo real, e não ao da ficção.

No Brasil, o FGTS é um bom exemplo dessa mágica operada pela linguagem. Quase todos, da esquerda à direita, passando pela própria Constituição, o tratam como um direito. Mais até, como cláusula pétrea da Carta, que só poderia ser extinta por revolução (essa é a posição da OAB).

Não é preciso, porém, mais do que noções elementares de economia e desprendimento em relação às “idées reçues”* para constatar que o Fundo é mais bem descrito como um confisco do que como um direito.

Para início de conversa, num mercado de trabalho competitivo, se não houvesse FGTS, os vencimentos mensais recebidos pelos assalariados seriam 8% maiores. Na verdade, o que o FGTS faz é impor ao trabalhador uma poupança compulsória, da qual ele não pode dispor nem em emergências, cujos rendimentos são fixados pelo governo num valor que fica sistematicamente abaixo do da inflação. Nas contas da Econometrica, entre 1997 e 2017, o FGTS rendeu 202%, contra 465% da poupança, 756% do Ibovespa e 1.724% do CDI. O IPCA no período foi de 250%.

Basicamente, o governo tirou dinheiro do trabalhador. Num mundo não povoado por singularidades de linguagem, sindicatos e organizações que defendem direitos difusos pediriam o fim do FGTS, não sua perpetuação.

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2019/04/magicas-de-linguagem.shtml)

* ideias preconcebidas. 

No texto, a frase “Tão poderosa que basta insistir por alguns anos numa propaganda bem-feita para convencer pessoas inteligentes...” introduz uma relação de:
Alternativas
Respostas
6: A
7: E
8: C
9: D
10: A