Questões de Concurso Público CRF-MG 2023 para Analista de Sistema

Foram encontradas 9 questões

Q2194783 Português
Telejornais, jornais, discursos políticos, tuítes – avessos a oferecer temas e escapes para as ansiedades e para os medos públicos – não falam de outra coisa hoje senão da “crise migratória” que dominará a Europa, prenunciando o colapso e o fim do estilo de vida que conhecemos, temos e amamos.
A crise tornou-se uma espécie de nome em código, politicamente correto, desta fase da eterna luta conduzida pelos formadores de opinião para conquistar e subjugar as mentes e os corações. As notícias provenientes do campo de batalha estão agora prestes a desencadear um verdadeiro ataque de “pânico moral” (na acepção comumente aceita da expressão, definida pela edição inglesa da Wikipédia como “o temor, generalizado entre muitíssimas pessoas, de que qualquer mal ameace o bem-estar da sociedade”).  
(BAUMAN, Zygmunt. Estrangeiros às portas. Tradução de Moisés Sbardelotto. Rio De Janeiro: Zahar, 2017.)
Com base no texto, analise as afirmativas a seguir. 
I. No trecho “[...] não falam de outra coisa hoje senão da ‘crise migratória’ que dominará a Europa, prenunciando o colapso e o fim do estilo de vida que conhecemos, temos e amamos.” (1º§), os termos destacados exercem a mesma função morfossintática. II. A palavra “migratória” é acentuada pelo mesmo motivo que em “comentário”. III. Na grafia da palavra “bem-estar”, o uso do hífen não obedece ao Novo Acordo Ortográfico. IV. Em “[...] na acepção comumente aceita da expressão [...]”, o termo “acepção” pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por “significação”. 
Está correto o que se afirma apenas em 
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Q2194784 Português
Comprou a esposa numa liquidação, pendurada que estava, junto com outras, no grande cabide circular. Suas posses não lhe permitiam adquirir lançamentos novos, modelos sofisticados. Contentou-se pois com essa, fim de estoque, mas preço de ocasião.
Em casa, porém, longe da agitação da loja – homem escolhendo mulher, homem pagando mulher, homem metendo mulher em saco pardo e levando às vezes mais de uma para aproveitar o bom negócio – percebeu que o estado de sua compra deixava a desejar.
“É claro”, pensou reparando na sujeira dos punhos, no amarrotado da pele, nos tufos de cabelo que mal escondiam rasgões do couro cabeludo, “eles não iam liquidar coisa nova”.
Conformado, deitou-a na cama pensando que ainda serviria para algum uso. E, abrindo-lhe as pernas, despejou lá dentro, uma por uma, brancas bolinhas de naftalina.
(COLASANTI, Marina. Por preço de ocasião. In: ___. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 13.)
No miniconto anterior, a mulher remete à metáfora de que a esposa é uma mercadoria, o que se comprova por  
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Q2194785 Português
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(SEJUSP. Em Minas, Semana do Trânsito será de atividades de conscientização on-line e reforço na fiscalização. Disponível em: http://www. seguranca.mg.gov.br/component/gmg/story/3881-em-minas-semana-dotransito-sera-de-atividades-de-conscientizacao-online-e-reforco-na-fiscalizacao. Acesso em: 08/04/2023.)

A campanha publicitária trata dos cuidados necessários no trânsito. Nesta situação comunicativa se sobressai a função apelativa da linguagem, pois se constata que a campanha tem como função social 
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Q2194786 Português
Descobriu-se na Oceania, mais precisamente na ilha de Ossevaolep, um povo primitivo, que anda de cabeça para baixo e tem vida organizada. É aparentemente um povo feliz, de cabeça muito sólida e mãos reforçadas. Vendo tudo ao contrário, não perde tempo, entretanto, em refutar a visão normal do mundo. E o que eles dizem com os pés dá a impressão de serem coisas aladas, cheias de sabedoria. Uma comissão de cientistas europeus e americanos estuda a linguagem desses homens e mulheres, não tendo chegado ainda a conclusões publicáveis. Alguns professores tentaram imitar esses nativos e foram recolhidos ao hospital da ilha. Os cabecences-para-baixo, como foram denominados à falta de melhor classificação, têm vida longa e desconhecem a gripe e a depressão. 
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 2003. p. 150.)
No texto, identifica-se o povo da ilha de Ossevaolep por um neologismo, cabecences-para-baixo, cuja escolha pressupõe a ideia de
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Respostas
5: B
6: D
7: B
8: D