Questões de Concurso Público CREFITO-4° Região (MG) 2023 para Agente Fiscal (Fisioterapeuta)

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Q2309437 Português
Os Vinicius de Moraes


            Eu confesso a vocês que descobri o segredo do coleguinha jornalista, poeta, diplomata e teleco-tequista Vinicius de Moraes numa tarde em que ambos (não ambos os Vinicius, como ficara provado mais tarde, mas ambos: eu e ele) tomávamos umas e outras no Bar Calypso, num desses crepúsculos vespertinos de Ipanema que já baixam pedindo um chope.
             Estávamos lá “entornando”, quando chegou minha hora de subir para Petrópolis:
            – Poetinha, eu vou me mandar – disse eu.
             Ele suspirou ante a perspectiva de ter de ficar sozinho e desejou boa viagem. Eu entrei no carro e subi para Petrópolis, onde cheguei certo de que nenhum carro passara pelo meu, na estrada. No entanto, parei na avenida Quinze da cidade serrana, manobrei o carro e coloquei na vaga indo tomar mais uma na Confeitaria Copacabana. Quando entrei e olhei para as mesas, vi que um camarada me saudava lá de dentro: era Vinicius de Moraes.
            Foi nessa tarde – repito – que eu descobri que Vinicius era, pelo menos, dois.
       Está claro que pode haver mais de dois. Duvido até que as múltiplas atividades de Vinicius (reparem que seu nome já é no plural para enganar os trouxas) possam ser realizadas só por dois deles. Acredito mesmo que haja uma meia dúzia de Vinicius: um para poesia, um para diplomacia, outro para samba, um quarto para jornalista e o resto para mulher. Desses, os mais assoberbados talvez sejam os últimos. 
            Eu acho, outrossim, que sou o único ao qual Vinicius (não sei qual deles) deu a pala de que eles são uma equipe e não um homem, por isso ficou rindo dos coleguinhas que disputam o privilégio de noticiar o Vinicius certo na hora exata. Os jornais de ontem, por exemplo, estavam muito pitorescos sobre Vinicius (todos os Vinicius). Em Última Hora a confreirinha jornalista Teresa Cesário Alvim, num esforço de reportagem, dizia: “Vinicius de Moraes anda a todo vapor, de uns tempos para cá. Tomou pressão em Petrópolis e desceu a serra carregado de ideias, jorrando inspiração para todos os lados”. (Coitada da Teresa, não sabe que há Vinicius pela aí tudo.)
           Já o coleguinha Jacinto de Thormes, no mesmo dia, na mesma UH e talvez escrevendo à mesma hora, dizia: “O sr. Vinicius de Moraes está fazendo uma temporada de repouso na Clínica São Vicente”. De fato, há um dos Vinicius que está repousando, o que explica as notícias tão desencontradas de dois colunistas, no mesmo jornal, no mesmo dia.
           No mesmo dia, aliás, o Carlos Alberto escrevia na coluna: “O poeta Vinicius de Moraes, ontem de madrugada, conversando no restaurante Fiorentina”. É verdade. Vinicius estava lá no Fiorentina, numa roda batendo papo. Dezenas de testemunhas podem provar o que o Carlos Alberto disse. Estava também tomando oxigênio na Clínica São Vicente, estava em casa com amigos, compondo sambas ao som do violão de Baden Powell, estava no Cine Alvorada, assistindo a Morangos silvestres (o porteiro me disse que o Vinicius já assistiu à fita quatro vezes, mas é mentira. Vários Vinicius ainda não viram).
           Como, minha senhora? A senhora não acredita que Vinicius seja uma porção? Azar o seu, dona. Um dia ainda se fará um programa de televisão com Vinicius ao violão, acompanhando outro Vinicius que canta, junto com um quarteto vocal de Vinicius. Sem videoteipe.
           Quem tem razão é Tia Zulmira, quando diz que, se Vinicius de Moraes fosse um só, não seria Vinicius de Moraes, seria Vinício de Moral.


(Stanislaw Ponte Preta.)
Eu confesso a vocês que descobri o segredo do coleguinha jornalista, poeta, diplomata e teleco-tequista Vinicius de Moraes numa tarde em que ambos (não ambos os Vinicius, como ficara provado mais tarde, mas ambos: eu e ele) tomávamos umas e outras no Bar Calypso, num desses crepúsculos vespertinos de Ipanema que já baixam pedindo um chope.” (1º§) O termo entre parênteses indica a seguinte relação:
Alternativas
Q2309438 Português
Os Vinicius de Moraes


            Eu confesso a vocês que descobri o segredo do coleguinha jornalista, poeta, diplomata e teleco-tequista Vinicius de Moraes numa tarde em que ambos (não ambos os Vinicius, como ficara provado mais tarde, mas ambos: eu e ele) tomávamos umas e outras no Bar Calypso, num desses crepúsculos vespertinos de Ipanema que já baixam pedindo um chope.
             Estávamos lá “entornando”, quando chegou minha hora de subir para Petrópolis:
            – Poetinha, eu vou me mandar – disse eu.
             Ele suspirou ante a perspectiva de ter de ficar sozinho e desejou boa viagem. Eu entrei no carro e subi para Petrópolis, onde cheguei certo de que nenhum carro passara pelo meu, na estrada. No entanto, parei na avenida Quinze da cidade serrana, manobrei o carro e coloquei na vaga indo tomar mais uma na Confeitaria Copacabana. Quando entrei e olhei para as mesas, vi que um camarada me saudava lá de dentro: era Vinicius de Moraes.
            Foi nessa tarde – repito – que eu descobri que Vinicius era, pelo menos, dois.
       Está claro que pode haver mais de dois. Duvido até que as múltiplas atividades de Vinicius (reparem que seu nome já é no plural para enganar os trouxas) possam ser realizadas só por dois deles. Acredito mesmo que haja uma meia dúzia de Vinicius: um para poesia, um para diplomacia, outro para samba, um quarto para jornalista e o resto para mulher. Desses, os mais assoberbados talvez sejam os últimos. 
            Eu acho, outrossim, que sou o único ao qual Vinicius (não sei qual deles) deu a pala de que eles são uma equipe e não um homem, por isso ficou rindo dos coleguinhas que disputam o privilégio de noticiar o Vinicius certo na hora exata. Os jornais de ontem, por exemplo, estavam muito pitorescos sobre Vinicius (todos os Vinicius). Em Última Hora a confreirinha jornalista Teresa Cesário Alvim, num esforço de reportagem, dizia: “Vinicius de Moraes anda a todo vapor, de uns tempos para cá. Tomou pressão em Petrópolis e desceu a serra carregado de ideias, jorrando inspiração para todos os lados”. (Coitada da Teresa, não sabe que há Vinicius pela aí tudo.)
           Já o coleguinha Jacinto de Thormes, no mesmo dia, na mesma UH e talvez escrevendo à mesma hora, dizia: “O sr. Vinicius de Moraes está fazendo uma temporada de repouso na Clínica São Vicente”. De fato, há um dos Vinicius que está repousando, o que explica as notícias tão desencontradas de dois colunistas, no mesmo jornal, no mesmo dia.
           No mesmo dia, aliás, o Carlos Alberto escrevia na coluna: “O poeta Vinicius de Moraes, ontem de madrugada, conversando no restaurante Fiorentina”. É verdade. Vinicius estava lá no Fiorentina, numa roda batendo papo. Dezenas de testemunhas podem provar o que o Carlos Alberto disse. Estava também tomando oxigênio na Clínica São Vicente, estava em casa com amigos, compondo sambas ao som do violão de Baden Powell, estava no Cine Alvorada, assistindo a Morangos silvestres (o porteiro me disse que o Vinicius já assistiu à fita quatro vezes, mas é mentira. Vários Vinicius ainda não viram).
           Como, minha senhora? A senhora não acredita que Vinicius seja uma porção? Azar o seu, dona. Um dia ainda se fará um programa de televisão com Vinicius ao violão, acompanhando outro Vinicius que canta, junto com um quarteto vocal de Vinicius. Sem videoteipe.
           Quem tem razão é Tia Zulmira, quando diz que, se Vinicius de Moraes fosse um só, não seria Vinicius de Moraes, seria Vinício de Moral.


(Stanislaw Ponte Preta.)
Releia: “Já o coleguinha Jacinto de Thormes, no mesmo dia, na mesma UH e talvez escrevendo à mesma hora, dizia: ‘O sr. Vinicius de Moraes está fazendo uma temporada de repouso na Clínica São Vicente’.” (8º§) Percebe-se que há uma repetição dos termos “mesmo” e “mesma”. O autor optou por esta configuração com o seguinte propósito:
Alternativas
Q2309439 Português
Os Vinicius de Moraes


            Eu confesso a vocês que descobri o segredo do coleguinha jornalista, poeta, diplomata e teleco-tequista Vinicius de Moraes numa tarde em que ambos (não ambos os Vinicius, como ficara provado mais tarde, mas ambos: eu e ele) tomávamos umas e outras no Bar Calypso, num desses crepúsculos vespertinos de Ipanema que já baixam pedindo um chope.
             Estávamos lá “entornando”, quando chegou minha hora de subir para Petrópolis:
            – Poetinha, eu vou me mandar – disse eu.
             Ele suspirou ante a perspectiva de ter de ficar sozinho e desejou boa viagem. Eu entrei no carro e subi para Petrópolis, onde cheguei certo de que nenhum carro passara pelo meu, na estrada. No entanto, parei na avenida Quinze da cidade serrana, manobrei o carro e coloquei na vaga indo tomar mais uma na Confeitaria Copacabana. Quando entrei e olhei para as mesas, vi que um camarada me saudava lá de dentro: era Vinicius de Moraes.
            Foi nessa tarde – repito – que eu descobri que Vinicius era, pelo menos, dois.
       Está claro que pode haver mais de dois. Duvido até que as múltiplas atividades de Vinicius (reparem que seu nome já é no plural para enganar os trouxas) possam ser realizadas só por dois deles. Acredito mesmo que haja uma meia dúzia de Vinicius: um para poesia, um para diplomacia, outro para samba, um quarto para jornalista e o resto para mulher. Desses, os mais assoberbados talvez sejam os últimos. 
            Eu acho, outrossim, que sou o único ao qual Vinicius (não sei qual deles) deu a pala de que eles são uma equipe e não um homem, por isso ficou rindo dos coleguinhas que disputam o privilégio de noticiar o Vinicius certo na hora exata. Os jornais de ontem, por exemplo, estavam muito pitorescos sobre Vinicius (todos os Vinicius). Em Última Hora a confreirinha jornalista Teresa Cesário Alvim, num esforço de reportagem, dizia: “Vinicius de Moraes anda a todo vapor, de uns tempos para cá. Tomou pressão em Petrópolis e desceu a serra carregado de ideias, jorrando inspiração para todos os lados”. (Coitada da Teresa, não sabe que há Vinicius pela aí tudo.)
           Já o coleguinha Jacinto de Thormes, no mesmo dia, na mesma UH e talvez escrevendo à mesma hora, dizia: “O sr. Vinicius de Moraes está fazendo uma temporada de repouso na Clínica São Vicente”. De fato, há um dos Vinicius que está repousando, o que explica as notícias tão desencontradas de dois colunistas, no mesmo jornal, no mesmo dia.
           No mesmo dia, aliás, o Carlos Alberto escrevia na coluna: “O poeta Vinicius de Moraes, ontem de madrugada, conversando no restaurante Fiorentina”. É verdade. Vinicius estava lá no Fiorentina, numa roda batendo papo. Dezenas de testemunhas podem provar o que o Carlos Alberto disse. Estava também tomando oxigênio na Clínica São Vicente, estava em casa com amigos, compondo sambas ao som do violão de Baden Powell, estava no Cine Alvorada, assistindo a Morangos silvestres (o porteiro me disse que o Vinicius já assistiu à fita quatro vezes, mas é mentira. Vários Vinicius ainda não viram).
           Como, minha senhora? A senhora não acredita que Vinicius seja uma porção? Azar o seu, dona. Um dia ainda se fará um programa de televisão com Vinicius ao violão, acompanhando outro Vinicius que canta, junto com um quarteto vocal de Vinicius. Sem videoteipe.
           Quem tem razão é Tia Zulmira, quando diz que, se Vinicius de Moraes fosse um só, não seria Vinicius de Moraes, seria Vinício de Moral.


(Stanislaw Ponte Preta.)
Eu entrei no carro e subi para Petrópolis, onde cheguei certo de que nenhum carro passara pelo meu, na estrada.” (4º§) Sobre o uso do pronome em destaque, é possível afirmar que:
Alternativas
Q2309440 Português
Os Vinicius de Moraes


            Eu confesso a vocês que descobri o segredo do coleguinha jornalista, poeta, diplomata e teleco-tequista Vinicius de Moraes numa tarde em que ambos (não ambos os Vinicius, como ficara provado mais tarde, mas ambos: eu e ele) tomávamos umas e outras no Bar Calypso, num desses crepúsculos vespertinos de Ipanema que já baixam pedindo um chope.
             Estávamos lá “entornando”, quando chegou minha hora de subir para Petrópolis:
            – Poetinha, eu vou me mandar – disse eu.
             Ele suspirou ante a perspectiva de ter de ficar sozinho e desejou boa viagem. Eu entrei no carro e subi para Petrópolis, onde cheguei certo de que nenhum carro passara pelo meu, na estrada. No entanto, parei na avenida Quinze da cidade serrana, manobrei o carro e coloquei na vaga indo tomar mais uma na Confeitaria Copacabana. Quando entrei e olhei para as mesas, vi que um camarada me saudava lá de dentro: era Vinicius de Moraes.
            Foi nessa tarde – repito – que eu descobri que Vinicius era, pelo menos, dois.
       Está claro que pode haver mais de dois. Duvido até que as múltiplas atividades de Vinicius (reparem que seu nome já é no plural para enganar os trouxas) possam ser realizadas só por dois deles. Acredito mesmo que haja uma meia dúzia de Vinicius: um para poesia, um para diplomacia, outro para samba, um quarto para jornalista e o resto para mulher. Desses, os mais assoberbados talvez sejam os últimos. 
            Eu acho, outrossim, que sou o único ao qual Vinicius (não sei qual deles) deu a pala de que eles são uma equipe e não um homem, por isso ficou rindo dos coleguinhas que disputam o privilégio de noticiar o Vinicius certo na hora exata. Os jornais de ontem, por exemplo, estavam muito pitorescos sobre Vinicius (todos os Vinicius). Em Última Hora a confreirinha jornalista Teresa Cesário Alvim, num esforço de reportagem, dizia: “Vinicius de Moraes anda a todo vapor, de uns tempos para cá. Tomou pressão em Petrópolis e desceu a serra carregado de ideias, jorrando inspiração para todos os lados”. (Coitada da Teresa, não sabe que há Vinicius pela aí tudo.)
           Já o coleguinha Jacinto de Thormes, no mesmo dia, na mesma UH e talvez escrevendo à mesma hora, dizia: “O sr. Vinicius de Moraes está fazendo uma temporada de repouso na Clínica São Vicente”. De fato, há um dos Vinicius que está repousando, o que explica as notícias tão desencontradas de dois colunistas, no mesmo jornal, no mesmo dia.
           No mesmo dia, aliás, o Carlos Alberto escrevia na coluna: “O poeta Vinicius de Moraes, ontem de madrugada, conversando no restaurante Fiorentina”. É verdade. Vinicius estava lá no Fiorentina, numa roda batendo papo. Dezenas de testemunhas podem provar o que o Carlos Alberto disse. Estava também tomando oxigênio na Clínica São Vicente, estava em casa com amigos, compondo sambas ao som do violão de Baden Powell, estava no Cine Alvorada, assistindo a Morangos silvestres (o porteiro me disse que o Vinicius já assistiu à fita quatro vezes, mas é mentira. Vários Vinicius ainda não viram).
           Como, minha senhora? A senhora não acredita que Vinicius seja uma porção? Azar o seu, dona. Um dia ainda se fará um programa de televisão com Vinicius ao violão, acompanhando outro Vinicius que canta, junto com um quarteto vocal de Vinicius. Sem videoteipe.
           Quem tem razão é Tia Zulmira, quando diz que, se Vinicius de Moraes fosse um só, não seria Vinicius de Moraes, seria Vinício de Moral.


(Stanislaw Ponte Preta.)
Leia: “Como, minha senhora? A senhora não acredita que Vinicius seja uma porção? Azar o seu, dona. Um dia ainda se fará um programa de televisão com Vinicius ao violão, acompanhando outro Vinicius que canta, junto com um quarteto vocal de Vinicius. Sem videoteipe.” (10º§) As expressões em destaque, sintaticamente, podem ser classificadas como:
Alternativas
Q2309441 Português
Os Vinicius de Moraes


            Eu confesso a vocês que descobri o segredo do coleguinha jornalista, poeta, diplomata e teleco-tequista Vinicius de Moraes numa tarde em que ambos (não ambos os Vinicius, como ficara provado mais tarde, mas ambos: eu e ele) tomávamos umas e outras no Bar Calypso, num desses crepúsculos vespertinos de Ipanema que já baixam pedindo um chope.
             Estávamos lá “entornando”, quando chegou minha hora de subir para Petrópolis:
            – Poetinha, eu vou me mandar – disse eu.
             Ele suspirou ante a perspectiva de ter de ficar sozinho e desejou boa viagem. Eu entrei no carro e subi para Petrópolis, onde cheguei certo de que nenhum carro passara pelo meu, na estrada. No entanto, parei na avenida Quinze da cidade serrana, manobrei o carro e coloquei na vaga indo tomar mais uma na Confeitaria Copacabana. Quando entrei e olhei para as mesas, vi que um camarada me saudava lá de dentro: era Vinicius de Moraes.
            Foi nessa tarde – repito – que eu descobri que Vinicius era, pelo menos, dois.
       Está claro que pode haver mais de dois. Duvido até que as múltiplas atividades de Vinicius (reparem que seu nome já é no plural para enganar os trouxas) possam ser realizadas só por dois deles. Acredito mesmo que haja uma meia dúzia de Vinicius: um para poesia, um para diplomacia, outro para samba, um quarto para jornalista e o resto para mulher. Desses, os mais assoberbados talvez sejam os últimos. 
            Eu acho, outrossim, que sou o único ao qual Vinicius (não sei qual deles) deu a pala de que eles são uma equipe e não um homem, por isso ficou rindo dos coleguinhas que disputam o privilégio de noticiar o Vinicius certo na hora exata. Os jornais de ontem, por exemplo, estavam muito pitorescos sobre Vinicius (todos os Vinicius). Em Última Hora a confreirinha jornalista Teresa Cesário Alvim, num esforço de reportagem, dizia: “Vinicius de Moraes anda a todo vapor, de uns tempos para cá. Tomou pressão em Petrópolis e desceu a serra carregado de ideias, jorrando inspiração para todos os lados”. (Coitada da Teresa, não sabe que há Vinicius pela aí tudo.)
           Já o coleguinha Jacinto de Thormes, no mesmo dia, na mesma UH e talvez escrevendo à mesma hora, dizia: “O sr. Vinicius de Moraes está fazendo uma temporada de repouso na Clínica São Vicente”. De fato, há um dos Vinicius que está repousando, o que explica as notícias tão desencontradas de dois colunistas, no mesmo jornal, no mesmo dia.
           No mesmo dia, aliás, o Carlos Alberto escrevia na coluna: “O poeta Vinicius de Moraes, ontem de madrugada, conversando no restaurante Fiorentina”. É verdade. Vinicius estava lá no Fiorentina, numa roda batendo papo. Dezenas de testemunhas podem provar o que o Carlos Alberto disse. Estava também tomando oxigênio na Clínica São Vicente, estava em casa com amigos, compondo sambas ao som do violão de Baden Powell, estava no Cine Alvorada, assistindo a Morangos silvestres (o porteiro me disse que o Vinicius já assistiu à fita quatro vezes, mas é mentira. Vários Vinicius ainda não viram).
           Como, minha senhora? A senhora não acredita que Vinicius seja uma porção? Azar o seu, dona. Um dia ainda se fará um programa de televisão com Vinicius ao violão, acompanhando outro Vinicius que canta, junto com um quarteto vocal de Vinicius. Sem videoteipe.
           Quem tem razão é Tia Zulmira, quando diz que, se Vinicius de Moraes fosse um só, não seria Vinicius de Moraes, seria Vinício de Moral.


(Stanislaw Ponte Preta.)
Os textos possuem inúmeras características, as quais inserem as produções escritas em um dado contexto. A partir dessas considerações e sobre o segundo texto é possível afirmar que:
Alternativas
Respostas
6: A
7: B
8: A
9: B
10: D