Questões de Concurso Público CRC-RJ 2023 para Auxiliar Contábil
Foram encontradas 6 questões
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
CRC-RJ
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - CRC-RJ - Auxiliar Contábil |
Q2288860
Português
Texto associado
A mulher do vizinho
Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora)
também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro
do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nosfilhos do sueco.
O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.
O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande
fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da
mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:
– O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa
coisa chamada autoridades constituídas? Não sabe que tem de conhecer asleis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada
exército brasileiro que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e
fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: duralex!
Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei
como tratar gringos feito o senhor.
Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com
delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:
– Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?
O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.
– Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não é gringo nem meus filhos são
moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E
fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, e filha de um general! Morou?
Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:
– Da ativa, minha senhora?
E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:
– Da ativa, Motinha! Sai dessa…
(SABINO, Fernando. Obra Reunida. Vol. 01. Editora Nova Aguilar. Rio de Janeiro, 1996, pág. 872.)
Considerando os aspectos e as estruturas textuais, é correto afirmar que o principal objetivo do texto é:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
CRC-RJ
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - CRC-RJ - Auxiliar Contábil |
Q2288861
Português
Texto associado
A mulher do vizinho
Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora)
também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro
do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nosfilhos do sueco.
O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.
O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande
fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da
mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:
– O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa
coisa chamada autoridades constituídas? Não sabe que tem de conhecer asleis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada
exército brasileiro que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e
fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: duralex!
Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei
como tratar gringos feito o senhor.
Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com
delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:
– Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?
O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.
– Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não é gringo nem meus filhos são
moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E
fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, e filha de um general! Morou?
Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:
– Da ativa, minha senhora?
E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:
– Da ativa, Motinha! Sai dessa…
(SABINO, Fernando. Obra Reunida. Vol. 01. Editora Nova Aguilar. Rio de Janeiro, 1996, pág. 872.)
Apesar do texto apresentado possuir predominantemente uma linguagem denotativa, é possível identificar conotação em:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
CRC-RJ
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - CRC-RJ - Auxiliar Contábil |
Q2288862
Português
Texto associado
A mulher do vizinho
Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora)
também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro
do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nosfilhos do sueco.
O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.
O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande
fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da
mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:
– O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa
coisa chamada autoridades constituídas? Não sabe que tem de conhecer asleis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada
exército brasileiro que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e
fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: duralex!
Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei
como tratar gringos feito o senhor.
Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com
delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:
– Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?
O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.
– Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não é gringo nem meus filhos são
moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E
fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, e filha de um general! Morou?
Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:
– Da ativa, minha senhora?
E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:
– Da ativa, Motinha! Sai dessa…
(SABINO, Fernando. Obra Reunida. Vol. 01. Editora Nova Aguilar. Rio de Janeiro, 1996, pág. 872.)
A coesão textual estabelecida no texto se deve a diversos fatores; dentre eles, o emprego adequado de conectores textuais,
garantindo a progressão das ideias apresentadas. Assinale a alternativa cuja identificação entre o termo destacado e seu
referente está INADEQUADA.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
CRC-RJ
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - CRC-RJ - Auxiliar Contábil |
Q2288863
Português
Texto associado
A mulher do vizinho
Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora)
também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro
do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nosfilhos do sueco.
O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.
O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande
fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da
mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:
– O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa
coisa chamada autoridades constituídas? Não sabe que tem de conhecer asleis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada
exército brasileiro que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e
fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: duralex!
Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei
como tratar gringos feito o senhor.
Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com
delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:
– Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?
O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.
– Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não é gringo nem meus filhos são
moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E
fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, e filha de um general! Morou?
Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:
– Da ativa, minha senhora?
E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:
– Da ativa, Motinha! Sai dessa…
(SABINO, Fernando. Obra Reunida. Vol. 01. Editora Nova Aguilar. Rio de Janeiro, 1996, pág. 872.)
Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada tem seu significado inadequadamente indicado.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
CRC-RJ
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - CRC-RJ - Auxiliar Contábil |
Q2288864
Português
Texto associado
A mulher do vizinho
Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora)
também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro
do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nosfilhos do sueco.
O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.
O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande
fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da
mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:
– O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa
coisa chamada autoridades constituídas? Não sabe que tem de conhecer asleis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada
exército brasileiro que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e
fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: duralex!
Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei
como tratar gringos feito o senhor.
Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com
delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:
– Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?
O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.
– Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não é gringo nem meus filhos são
moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E
fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, e filha de um general! Morou?
Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:
– Da ativa, minha senhora?
E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:
– Da ativa, Motinha! Sai dessa…
(SABINO, Fernando. Obra Reunida. Vol. 01. Editora Nova Aguilar. Rio de Janeiro, 1996, pág. 872.)
Tendo em vista que os elementos de coesão textual são fundamentais na construção textual, estabelecendo relações que
contribuem para que haja uma plena compreensão da mensagem, no trecho “[...] eu souber que andaram incomodando o
general, vai tudo em cana.” (4º§), a expressão assinalada tem como referente: