Questões de Concurso Público Prefeitura de Blumenau - SC 2022 para Terapeuta Ocupacional, Edital nº 002

Como em todos os tratamentos, é fundamental conhecer o cliente e suas forças e limitações, sua cultura, seus valores e interesses, idade e nível de escolaridade. Na comunicação verbal, também é importante conhecer as habilidades de escolaridade do cliente, o idioma nativo e sua capacidade auditiva. Embora a definição do nível de escolaridade não afete a capacidade da pessoa de compreender as informações verbais.

Comunicar-se com os clientes com dificuldade auditiva gera desafios. É útil escolher um ambiente tranquilo e livre de distrações, fazer com que o cliente preste atenção antes de falar e posicionar-se diretamente diante do cliente. Não é frequente que um cliente ouça melhor de um lado que do outro. Se a audição está severamente comprometida, utilize outros métodos de comunicação juntamente com a fala ou em seu lugar.

A educação do cliente é uma parceria que depende de falar e compartilhar.

Palavras como "avaliação" ou "tratamento" devem ser definidas, não há necessidade de serem usadas palavras mais corriqueiras.

Criar um ambiente positivo, limitar os objetivos da comunicação, transmitir as informações com clareza e devagar, utilizar múltiplas estratégias para comunicar a mensagem e verificar a compreensão, são cinco estratégias principais para aumentar a comunicação na parceria entre o cliente e o profissional de saúde.

O processo de recuperação e adaptação de um indivíduo necessita principalmente de parceiro empático que esteja disposto a sentir o medo, a incerteza e o desespero do indivíduo e a fornecer suporte, incentivo e esperança.

Os terapeutas ocupacionais compreendem que, para empreender a ação em seu próprio benefício, os clientes precisam de esperança de modo mais significativo que a orientação profissional.

Na terapia ocupacional, a relação terapêutica requer um grau de intimidade que se desenvolve ao longo de um período de tempo que depende da natureza da condição do indivíduo, do grau de ruptura de sua identidade e vida, mas não sofre interferência da extensão da recuperação esperada e da duração e complexidade dos processos de recuperação e adaptação, incluindo o processo de terapia ocupacional.

Colaboração e relacionamento colaborativo têm sido utilizados como sinônimos na literatura, e estão intimamente relacionados à "prática centrada no cliente", os clientes têm necessidades e desejos semelhantes em relação ao grau e ao tipo de colaboração nas relações terapêuticas.

Na terapia ocupacional, as relações ocupacionais não são apenas um subproduto do trabalho com seres humanos. Em vez disso, o relacionamento terapêutico constitui o aspecto central do processo terapêutico da terapia ocupacional e um catalisador para a mudança.

A justiça social e a justiça ocupacional são valorizadas pelos terapeutas ocupacionais como um princípio de promoção da saúde, onde as ideias de justiça se destacam na prática da terapia ocupacional, mas são excluídas numa abordagem de prática centrada no cliente.

Os processos participativos não se apresentam como um princípio da promoção da saúde, mas se assemelham aos processos centrados no cliente que os terapeutas ocupacionais adotaram para uso com clientes em diversos ambientes.

A promoção da saúde e a prática da Terapia Ocupacional apresentam princípios fundamentais relacionados ao respeito pela diversidade no trabalho com pessoas e comunidades, onde os modelos de terapia ocupacional não tendem a enfocar as pessoas e sim, o trabalho com as comunidades.

As raízes e a filosofia subjacentes à prática da Terapia Ocupacional fundamentada na ocupação e centrada no cliente alinham-se bem aos princípios e aos modelos da promoção da saúde.

Terapeutas ocupacionais em ambientes comunitários não estão bem posicionados para contestar os modelos existentes de prestação de serviços, apenas para trabalhar de modo a compartilhar habilidades e conhecimento utilizando a estrutura da promoção da saúde.