Questões de Concurso Público Prefeitura de Nova Serrana - MG 2019 para Professor de História

Após dez anos da promulgação da Lei nº 11.645/2008, é possível afirmar que ainda existem muitos desafios para sua implementação e para as reflexões e práticas do / no ensino de História nessa temática. Muitos questionamentos são ainda impulsionadores de temas que norteiam essa ação educativa reparadora da História dos povos indígenas no Brasil e da História do Brasil.
Diante do exposto, Edson Silva (2012) incita seus leitores a pensar em algumas possibilidades para a efetivação / promoção do ensino de História indígena a partir das possibilidades, das exigências e dos desafios impostos pela Lei.
São ações elencadas pelo autor para vencer os desafios para efetivação da Lei nº 11.645/2008, exceto:

Circe Bittencourt (2004) destaca os trabalhos de alguns historiadores sobre o “Cinema no ensino” e o “Cinema e a história”, que indicam a utilização desse suporte de forma meramente ilustrativa, ou de certo desprezo por parte de alguns historiadores, e a negligência de outros professores com essa fonte. Entre esses trabalhos, estão os de Marc Ferro e Pierre Sorlin, que, nas décadas de 1960 e 1970 do século passado ressaltaram a importância da diversificação de fontes de pesquisa.
Tendo em vista as questões pertinentes à obra de Circe Bittencourt em relação à natureza e ao uso do cinema como fonte histórica, e assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.
( ) Para alguns dos autores, é preciso pensar que a imagem não ilustra nem reproduz a realidade, como se imagina que o cinema faz. ( ) Seria imperioso desconsiderar certos elementos menos centrais na obra, por exemplo, sons, cantos, música instrumental e ruídos, pois seriam secundários na análise e no estudo. ( ) O cinema e os filmes de caráter histórico reconstroem a realidade com base em uma linguagem própria produzida em um determinado contexto histórico. ( ) É preciso ir além da análise conjuntural e é necessário que ocorra uma apropriação das análises semiológicas da própria obra. ( ) Como o professor e / ou pesquisador está interessado apenas no enredo, não se deve considerar na análise da obra as técnicas de produção, os grupos sociais que interagem na sua produção, a sociedade que a consome e produz.
Assinale a sequência correta.

No decorrer dos últimos anos, uma das principais discussões na área da metodologia do ensino de História tem sido o trabalho educativo com diferentes fontes e linguagens no estudo dessa disciplina. Esse movimento não é recente. No entanto, o debate desenvolveu-se no contexto de ampliação da pesquisa acadêmica no campo da historiografia e da educação; no movimento de críticas, avaliação e renovação dos livros didáticos, da difusão dos livros paradidáticos e outros materiais, do avanço das novas tecnologias, das mídias em geral e da internet. GUIMARÃES, Selva. Didática e prática de ensino de História. Campinas: São Paulo, Papirus, 2014, p. 257.
Tendo em vista essa proposta metodológica, especificamente estudando canções, analise os seguintes itens.
I. A linguagem poética das canções desperta outra forma de ver, escrever e expressar sentimentos sobre variados temas, questões, fatos e práticas sociais e culturais para o ensino de História. II. A canção enquanto mercadoria e produto da indústria cultural contemporânea estaria inserida na lógica do mercado capitalista internacional e, assim, teria ampla penetração social, dificultando sua utilização como fonte mais ampla na compreensão da história local. III. As canções podem fornecer pistas e alargar, com a sensibilidade peculiar que a música tem e com sua beleza a compreensão dos temas / fatos históricos.
Conforme as informações e reflexões da autora em relação ao uso das canções enquanto elementos da metodologia de fontes e linguagens no ensino de História, estão corretos os itens

Flávia Caimi, discutindo os processos de aprender e ensinar História, destaca questões atuais ligadas à sociedade digital.
Ela afirma que um dos aspectos mais impactantes dessa sociedade digital sobre o processo de ensino-aprendizagem da História é a

Martha Abreu e Hebe Mattos, na análise das Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana, identificam na análise do documento as possibilidades nele explicitadas, apesar da enunciação das próprias autoras da existência de “prognósticos pessimistas”. Mesmo assim, nos informam a percepção do notório crescimento do interesse de professores e secretarias de educação pela implementação da Lei nº 10.639/2003 (ABREU & MATTOS, 2008, p. 9-15).
Nesse sentido, as autoras sinalizam que o parecer que institui as diretrizes sugere, primeiramente, que o ensino de história-afro-brasileira envolva, com prioridade, as iniciativas e organizações negras, porque assim os estudantes podem
I. reconhecer, de forma prática, que tradições e experiências confluíram para definir, no tempo presente, a identidade negra dos grupos estudados. II. abrir-se para a possibilidade de uma avaliação política dos afrodescendentes para além do período de luta contra a escravidão, perspectiva esta que predomina nos livros didáticos. III. criticar a essencialização dos grupos culturais, ou seja, pensá-los como realidades fixas e imutáveis que precedem os complexos processos, os quais moldam a sociedade na qual estão inseridos.
Nesse contexto, completam corretamente o texto anterior