Questões de Concurso Público SEGEP-MA 2016 para Auditor Fiscal da Receita Estadual - Administração Tributária, Conhecimentos Gerais

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Q702311 Português

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Anedotas

    Um dos mistérios da vida é: de onde vêm as anedotas? O enigma da criação da anedota se compara ao enigma da criação da matéria. Em todas as teorias conhecidas sobre a evolução do universo sempre se chega a um ponto em que a única explicação possível é a da geração espontânea. Do nada surge alguma coisa. As anedotas também nasceriam assim, já prontas, aparentemente autogeradas. Você não conhece ninguém que tenha inventado uma anedota. Os que contam uma anedota sempre a ouviram de outro, que ouviu de outro, que não se lembra de quem ouviu. Se anedota fosse crime, sua repressão seria dificílima.

    Os humoristas profissionais não fazem anedotas. Inventam piadas, frases, cenas, histórias, mas as anedotas que correm o país não são deles. São de autores desconhecidos mas nem por isso menos competentes. Uma anedota geralmente tem o rigor formal de um teorema. Exposição, desenvolvimento, desenlace. Grande parte do sucesso de uma anedota depende do estilo de quem conta. A anedota é uma continuação da tradição homérica, de narrativa oral, que transmitia histórias antes do livro. Anedota impressa deixa de ser anedota. Existem contadores eméritos. E casos pungentes de grandes contadores que, com o tempo, vão perdendo a habilidade, até chegarem ao supremo vexame de, um dia, esquecerem o fim da anedota.

     Dizem que, eventualmente, um computador bem programado poderá escrever teses e romances. Mas duvido que algum computador, algum dia, possa fazer uma anedota.

(VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 107-108)

Quanto à concordância e à correlação entre tempos e modos, as formas verbais estão adequadamente empregadas na frase:
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Q702312 Português

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Anedotas

    Um dos mistérios da vida é: de onde vêm as anedotas? O enigma da criação da anedota se compara ao enigma da criação da matéria. Em todas as teorias conhecidas sobre a evolução do universo sempre se chega a um ponto em que a única explicação possível é a da geração espontânea. Do nada surge alguma coisa. As anedotas também nasceriam assim, já prontas, aparentemente autogeradas. Você não conhece ninguém que tenha inventado uma anedota. Os que contam uma anedota sempre a ouviram de outro, que ouviu de outro, que não se lembra de quem ouviu. Se anedota fosse crime, sua repressão seria dificílima.

    Os humoristas profissionais não fazem anedotas. Inventam piadas, frases, cenas, histórias, mas as anedotas que correm o país não são deles. São de autores desconhecidos mas nem por isso menos competentes. Uma anedota geralmente tem o rigor formal de um teorema. Exposição, desenvolvimento, desenlace. Grande parte do sucesso de uma anedota depende do estilo de quem conta. A anedota é uma continuação da tradição homérica, de narrativa oral, que transmitia histórias antes do livro. Anedota impressa deixa de ser anedota. Existem contadores eméritos. E casos pungentes de grandes contadores que, com o tempo, vão perdendo a habilidade, até chegarem ao supremo vexame de, um dia, esquecerem o fim da anedota.

     Dizem que, eventualmente, um computador bem programado poderá escrever teses e romances. Mas duvido que algum computador, algum dia, possa fazer uma anedota.

(VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 107-108)

Está plenamente correta a transposição de uma construção verbal da voz ativa para a voz passiva em:
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Q702313 Português

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Nostalgias perigosas

    Numa recente e polêmica crônica de jornal, o escritor Contardo Calligaris manifestou preocupação com estes dois traços perigosos de nostalgia que, segundo ele, costumam caracterizar a velhice:

    “1) Uma avareza mesquinha (e generalizada – não só financeira), que consiste em tentar preservar e conservar qualquer coisa, como metáfora da preservação (impossível) da nossa vida que se vai;

    2) Uma idealização fantasiosa de passados que nunca existiram. Os idosos parecem sempre evocar o "tempo feliz" de sua infância, quando os pais eram severos e por isso educavam bem, quando dava para brincar na rua e a escola pública era muito boa.”

    E completou sua crônica acusando o fato de que os idosos costumam se apoiar em lembranças inventadas, em algo que efetivamente não conheceram, mas que gostariam de ter vivido. Resta saber se a imaginação do vivido, para esses velhos, não é em si mesma uma sensação real e necessária, no final da vida.

(Adamastor Linhares, inédito)

Os dois traços perigosos, que o cronista Contardo Calligaris vê como características frequentes da velhice, podem ser assim resumidos:
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Q702314 Português

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Nostalgias perigosas

    Numa recente e polêmica crônica de jornal, o escritor Contardo Calligaris manifestou preocupação com estes dois traços perigosos de nostalgia que, segundo ele, costumam caracterizar a velhice:

    “1) Uma avareza mesquinha (e generalizada – não só financeira), que consiste em tentar preservar e conservar qualquer coisa, como metáfora da preservação (impossível) da nossa vida que se vai;

    2) Uma idealização fantasiosa de passados que nunca existiram. Os idosos parecem sempre evocar o "tempo feliz" de sua infância, quando os pais eram severos e por isso educavam bem, quando dava para brincar na rua e a escola pública era muito boa.”

    E completou sua crônica acusando o fato de que os idosos costumam se apoiar em lembranças inventadas, em algo que efetivamente não conheceram, mas que gostariam de ter vivido. Resta saber se a imaginação do vivido, para esses velhos, não é em si mesma uma sensação real e necessária, no final da vida.

(Adamastor Linhares, inédito)

Ao afirmar que a crônica citada de Contardo Calligaris é polêmica, o autor do texto considera a possibilidade de uma posição contrária à do cronista. Essa posição contrária manifesta-se quando, ao final do texto, levanta-se a hipótese de que, para os velhos,
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Q702315 Português

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Nostalgias perigosas

    Numa recente e polêmica crônica de jornal, o escritor Contardo Calligaris manifestou preocupação com estes dois traços perigosos de nostalgia que, segundo ele, costumam caracterizar a velhice:

    “1) Uma avareza mesquinha (e generalizada – não só financeira), que consiste em tentar preservar e conservar qualquer coisa, como metáfora da preservação (impossível) da nossa vida que se vai;

    2) Uma idealização fantasiosa de passados que nunca existiram. Os idosos parecem sempre evocar o "tempo feliz" de sua infância, quando os pais eram severos e por isso educavam bem, quando dava para brincar na rua e a escola pública era muito boa.”

    E completou sua crônica acusando o fato de que os idosos costumam se apoiar em lembranças inventadas, em algo que efetivamente não conheceram, mas que gostariam de ter vivido. Resta saber se a imaginação do vivido, para esses velhos, não é em si mesma uma sensação real e necessária, no final da vida.

(Adamastor Linhares, inédito)

Disseminam-se no texto expressões de sentido antônimo, tais como:
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Respostas
6: B
7: C
8: E
9: A
10: B