Questões de Concurso Público Prefeitura de Unaí - MG 2023 para Assistente Social

Foram encontradas 8 questões

Q2346540 Serviço Social
Leia o texto a seguir para responder à questão.


Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Alto Comissariado em Emprego em Saúde e Crescimento Econômico criado pelo Secretário-Geral das Nações Unidas analisaram cuidadosamente o setor de saúde global e concluíram que “negócios, como sempre, são insustentáveis”. Um forte posicionamento. A epidemia de Ebola, em 2014-2015, na África Ocidental, estava fresca na mente dos membros do Comissariado; ao analisá-la, observaram no relatório final: “vimos como a inação e o subinvestimento crônico podem comprometer a saúde humana e também levar a sérios retrocessos econômicos e sociais. Investir nos trabalhadores da saúde é uma parte de um objetivo mais amplo de fortalecimento dos sistemas de saúde e de proteção social e constitui essencialmente a primeira linha de ação contra as crises sanitárias internacionais”. Em 2030, escreveram os comissários, o mundo precisará de pelo menos mais 40 milhões de trabalhadores da saúde e de serviço social; a projeção deles considerava um déficit de pelo menos 18 milhões de trabalhadores da saúde – a maior parte nos países mais pobres. Isso anos antes do coronavírus ter, rapidamente, se espalhado pelo mundo. Em fevereiro de 2018, um grupo de 30 microbiologistas, zoólogos e especialistas em saúde pública se reuniram na sede da OMS, em Genebra. Eles criaram uma lista prioritária de vírus perigosos, particularmente aqueles contra os quais não havia vacinas; a lista final continha SARS, MERS e uma chamada Doença X. Peter Daszak, presidente do Fórum de Ameaças Microbianas das Academias Nacionais de Ciência, Engenharia e Medicina, que estava na reunião, disse recentemente que A COVID-19 é semelhante ao que os cientistas entenderam como a Doença X. Falando em prever a COVID-19, Daszak disse ao The New York Times: “O problema não é que a prevenção fosse impossível. Foi muito possível. Mas nós não a fizemos. Os governos acharam que era muito caro. As empresas farmacêuticas operam com fins lucrativos” [...]. O alerta deles não foi levado em conta. Em 15 de fevereiro de 2020, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um discurso apaixonado na Conferência de Segurança de Munique. “O mundo opera em um ciclo de pânico e negligência. Colocamos dinheiro em um surto e, quando acaba, o esquecemos e não fazemos nada para impedir o próximo. O mundo gasta bilhões de dólares se preparando para um ataque terrorista, mas relativamente pouco se preparando para o ataque de um vírus, o que poderia ser muito mais mortal e muito mais prejudicial econômica, política e socialmente”, disse. Em setembro de 2019, líderes mundiais se reuniram na sede da ONU para assumir a promessa de uma assistência universal à saúde até 2030. Gro Brundtland, que chefiava a OMS, disse que a assistência médica não poderia ser deixada nas mãos do livre mercado, pois assim apenas os ricos teriam acesso à saúde e, devido ao seu custo, deixaria os pobres desassistidos ou endividados. Há uma necessidade urgente de financiamento público. Cortar os recursos para a saúde é um “grande erro”, disse Gro Brundtland na época. O atual chefe da OMS, Tedros, enfatizou que “a saúde é uma escolha política”.


Fonte: TRICONTINENTAL. Saúde é uma escolha política. Dossiê n.º 29, de 9 de junho de 2020. Disponível em:
https://thetricontinental.org/pt-pt/dossie-29-saude/. Acesso em: 10 nov. 2023. Adaptado.
O conteúdo dessa matéria evidencia algumas contradições que, historicamente, se perpetuam numa sociedade capitalista, comandada pelas inferências neoliberais. Sob tais influências, os direitos sociais, por exemplo, tendem a serem caracterizados como
Alternativas
Q2346541 Serviço Social
Leia o texto a seguir para responder à questão.


Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Alto Comissariado em Emprego em Saúde e Crescimento Econômico criado pelo Secretário-Geral das Nações Unidas analisaram cuidadosamente o setor de saúde global e concluíram que “negócios, como sempre, são insustentáveis”. Um forte posicionamento. A epidemia de Ebola, em 2014-2015, na África Ocidental, estava fresca na mente dos membros do Comissariado; ao analisá-la, observaram no relatório final: “vimos como a inação e o subinvestimento crônico podem comprometer a saúde humana e também levar a sérios retrocessos econômicos e sociais. Investir nos trabalhadores da saúde é uma parte de um objetivo mais amplo de fortalecimento dos sistemas de saúde e de proteção social e constitui essencialmente a primeira linha de ação contra as crises sanitárias internacionais”. Em 2030, escreveram os comissários, o mundo precisará de pelo menos mais 40 milhões de trabalhadores da saúde e de serviço social; a projeção deles considerava um déficit de pelo menos 18 milhões de trabalhadores da saúde – a maior parte nos países mais pobres. Isso anos antes do coronavírus ter, rapidamente, se espalhado pelo mundo. Em fevereiro de 2018, um grupo de 30 microbiologistas, zoólogos e especialistas em saúde pública se reuniram na sede da OMS, em Genebra. Eles criaram uma lista prioritária de vírus perigosos, particularmente aqueles contra os quais não havia vacinas; a lista final continha SARS, MERS e uma chamada Doença X. Peter Daszak, presidente do Fórum de Ameaças Microbianas das Academias Nacionais de Ciência, Engenharia e Medicina, que estava na reunião, disse recentemente que A COVID-19 é semelhante ao que os cientistas entenderam como a Doença X. Falando em prever a COVID-19, Daszak disse ao The New York Times: “O problema não é que a prevenção fosse impossível. Foi muito possível. Mas nós não a fizemos. Os governos acharam que era muito caro. As empresas farmacêuticas operam com fins lucrativos” [...]. O alerta deles não foi levado em conta. Em 15 de fevereiro de 2020, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um discurso apaixonado na Conferência de Segurança de Munique. “O mundo opera em um ciclo de pânico e negligência. Colocamos dinheiro em um surto e, quando acaba, o esquecemos e não fazemos nada para impedir o próximo. O mundo gasta bilhões de dólares se preparando para um ataque terrorista, mas relativamente pouco se preparando para o ataque de um vírus, o que poderia ser muito mais mortal e muito mais prejudicial econômica, política e socialmente”, disse. Em setembro de 2019, líderes mundiais se reuniram na sede da ONU para assumir a promessa de uma assistência universal à saúde até 2030. Gro Brundtland, que chefiava a OMS, disse que a assistência médica não poderia ser deixada nas mãos do livre mercado, pois assim apenas os ricos teriam acesso à saúde e, devido ao seu custo, deixaria os pobres desassistidos ou endividados. Há uma necessidade urgente de financiamento público. Cortar os recursos para a saúde é um “grande erro”, disse Gro Brundtland na época. O atual chefe da OMS, Tedros, enfatizou que “a saúde é uma escolha política”.


Fonte: TRICONTINENTAL. Saúde é uma escolha política. Dossiê n.º 29, de 9 de junho de 2020. Disponível em:
https://thetricontinental.org/pt-pt/dossie-29-saude/. Acesso em: 10 nov. 2023. Adaptado.
Mesmo sendo caracterizado como um “receituário”, a depender do contexto e das políticas específicas de cada país, o neoliberalismo pode impactar, distintamente, as políticas sociais implementadas. Com base nessa afirmativa, indique a alternativa que apresenta corretamente as principais inferências neoliberais.
Alternativas
Q2346542 Serviço Social
Marilda Villela Iamamoto, no texto “A questão social no capitalismo”, publicado na Revista Temporalis n.º 3, em 2001, explicita uma posição histórico-crítica adversa às perspectivas positivistas e funcionais de análise sobre esse tema. O “confronto” de tais perspectivas permite inferir que:
Alternativas
Q2346545 Serviço Social
Entre os principais objetivos do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, aprovado no Brasil, em 2006, destaca-se o de
Alternativas
Q2346546 Serviço Social
O período sócio-histórico que perpassa as décadas de 1960 a 1980 é bastante representativo para o serviço social, particularmente brasileiro. Enquanto vigorava uma ditadura empresarial-militar no país, alguns seminários foram realizados com o objetivo de produzir teorias e conhecimentos sobre o serviço social. Atento aos objetivos desses seminários de teorização, associe a segunda coluna aos eventos listados na primeira coluna.

I - Seminário de Araxá
II - Seminário de Teresópolis
III - Seminário de Sumaré
IV - Seminário do Alto da Boa Vista

( ) Discutiu a cientificidade do serviço social, demarcando a posição de outras vertentes renovadoras que passam a concorrer e disputar hegemonia.
( ) Apontou o serviço social como uma tecnologia social, sendo necessária a sua teorização, e passou a caracterizar o serviço social de caso, de grupo e de comunidade como formas de abordagem, e não como método científico.
( ) Provocou reflexão sobre qual o público a ser atendido pelo serviço social, demarcando-se que os indivíduos com desajustamentos familiares e sociais são a principal referência dessa profissão.
( ) Destacou-se pela elaboração das funções do serviço social, sob a ótica das necessidades humanas e de situações-problemas, trazendo uma referência de micro- e macrovisão do social como possibilidade de análise e de detalhamento sobre o que deve ser realizado pelos assistentes sociais.
( ) Direcionou os debates principalmente na perspectiva teórica do positivismo, o que contribuiu para que os problemas sociais fossem analisados de forma individualizada e tratados como fatos sociais normais.

Assinale a alternativa CORRETA, considerando as associações estabelecias de cima para baixo.
Alternativas
Respostas
1: D
2: B
3: E
4: B
5: A