Questões de Concurso Público SECOM-PA 2018 para Jornalista

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Q975200 Português

             Adultos estacionados na infância - Dênis Athanázio

   “Quando meu filho nascer, eu terei que tomar vergonha na cara e mudar o rumo da minha vida. Não serei mais infiel, vou ser mais tolerante com meus familiares, protestarei incansavelmente por um país melhor onde meu herdeiro será o mais novo morador”.

  Muitas dessas promessas “éticas” permanecem no discurso e não se realizam na prática e partem do pressuposto de que a Terra toda gira em torno do meu umbigo (e agora do umbigo do meu filho também), com o único objetivo de nos satisfazer o tempo todo.

   Freud se preocupou com essa questão. Ele desenvolveu um conceito chamado narcisismo primário para explicar aquela fase da criança onde ela investe toda a sua energia libidinal para si mesma, isto é, só pensa nela e em sua satisfação imediata, como instinto de preservação, proteção. E mesmo sem ter total consciência desse complexo processo, o outro é para ela apenas um meio para se chegar a um fim que, no caso, é servi-la e cuidá-la de todas as formas que contribua para sua satisfação e gozo próprio. Se essa fase for “superada”, a criança vai, aos poucos, percebendo que nem todos os seus desejos serão atendidos e nem no exato momento que elas desejarem.

  O problema é que encontramos algumas pessoas no decorrer dos anos que ficaram estacionadas no narcisismo primário e dali nunca mais saíram. São “adultos-crianças” birrentos, de difícil convivência, pois não aguentam nem eles mesmos e não conseguem enxergar o outro.

  Freud escreveu que a chegada do filho traz toda aquela carga psíquica do que já fomos um dia na infância, mas a deslocamos para nosso filho, pois não podemos voltar a ser criança. Talvez seja por isso que muitos pais idolatram seus filhos nas redes sociais. Na verdade, sem perceber, os pais estão falando do amor por eles mesmos e não do amor pelos filhos.

  Se quisermos ter filhos éticos, talvez devamos praticar a ética antes mesmo de eles existirem. Só quem tenta ser ético sabe a dificuldade e investimento diário que é para sê-lo. Se colocarmos a nossa transformação toda como ser humano nas costas da criança que virá, ela já nascerá com dor nas costas e na alma. É como dar uma feijoada para um recém-nascido digerir. As crianças não deveriam vir com a missão de consertar casamento, de suprir carências ou de juntar pessoas que não querem estar próximas. Elas podem vir para somar e dividir e não para consertar os problemas que cabem aos adultos.

Retirado e adaptado de:<http://obviousmag.org/denis_athanazio/2018/adultos-estacionados-na-infancia.html>.

Analise o significado da expressão destacada com sublinhado na frase a seguir e assinale a alternativa que apresenta um sentido coerente para ela. “Muitas dessas promessas “éticas” permanecem no discurso e não se realizam na prática e partem do pressuposto de que a Terra toda gira em torno do meu umbigo [...]”.
Alternativas
Q975201 Português

             Adultos estacionados na infância - Dênis Athanázio

   “Quando meu filho nascer, eu terei que tomar vergonha na cara e mudar o rumo da minha vida. Não serei mais infiel, vou ser mais tolerante com meus familiares, protestarei incansavelmente por um país melhor onde meu herdeiro será o mais novo morador”.

  Muitas dessas promessas “éticas” permanecem no discurso e não se realizam na prática e partem do pressuposto de que a Terra toda gira em torno do meu umbigo (e agora do umbigo do meu filho também), com o único objetivo de nos satisfazer o tempo todo.

   Freud se preocupou com essa questão. Ele desenvolveu um conceito chamado narcisismo primário para explicar aquela fase da criança onde ela investe toda a sua energia libidinal para si mesma, isto é, só pensa nela e em sua satisfação imediata, como instinto de preservação, proteção. E mesmo sem ter total consciência desse complexo processo, o outro é para ela apenas um meio para se chegar a um fim que, no caso, é servi-la e cuidá-la de todas as formas que contribua para sua satisfação e gozo próprio. Se essa fase for “superada”, a criança vai, aos poucos, percebendo que nem todos os seus desejos serão atendidos e nem no exato momento que elas desejarem.

  O problema é que encontramos algumas pessoas no decorrer dos anos que ficaram estacionadas no narcisismo primário e dali nunca mais saíram. São “adultos-crianças” birrentos, de difícil convivência, pois não aguentam nem eles mesmos e não conseguem enxergar o outro.

  Freud escreveu que a chegada do filho traz toda aquela carga psíquica do que já fomos um dia na infância, mas a deslocamos para nosso filho, pois não podemos voltar a ser criança. Talvez seja por isso que muitos pais idolatram seus filhos nas redes sociais. Na verdade, sem perceber, os pais estão falando do amor por eles mesmos e não do amor pelos filhos.

  Se quisermos ter filhos éticos, talvez devamos praticar a ética antes mesmo de eles existirem. Só quem tenta ser ético sabe a dificuldade e investimento diário que é para sê-lo. Se colocarmos a nossa transformação toda como ser humano nas costas da criança que virá, ela já nascerá com dor nas costas e na alma. É como dar uma feijoada para um recém-nascido digerir. As crianças não deveriam vir com a missão de consertar casamento, de suprir carências ou de juntar pessoas que não querem estar próximas. Elas podem vir para somar e dividir e não para consertar os problemas que cabem aos adultos.

Retirado e adaptado de:<http://obviousmag.org/denis_athanazio/2018/adultos-estacionados-na-infancia.html>.

Assinale a alternativa que possui relação de sinonímia com a palavra destacada na frase a seguir: “As crianças não deveriam vir com a missão de consertar casamento, de suprir carências ou de juntar pessoas que não querem estar próximas.”.
Alternativas
Q975202 Português

             Adultos estacionados na infância - Dênis Athanázio

   “Quando meu filho nascer, eu terei que tomar vergonha na cara e mudar o rumo da minha vida. Não serei mais infiel, vou ser mais tolerante com meus familiares, protestarei incansavelmente por um país melhor onde meu herdeiro será o mais novo morador”.

  Muitas dessas promessas “éticas” permanecem no discurso e não se realizam na prática e partem do pressuposto de que a Terra toda gira em torno do meu umbigo (e agora do umbigo do meu filho também), com o único objetivo de nos satisfazer o tempo todo.

   Freud se preocupou com essa questão. Ele desenvolveu um conceito chamado narcisismo primário para explicar aquela fase da criança onde ela investe toda a sua energia libidinal para si mesma, isto é, só pensa nela e em sua satisfação imediata, como instinto de preservação, proteção. E mesmo sem ter total consciência desse complexo processo, o outro é para ela apenas um meio para se chegar a um fim que, no caso, é servi-la e cuidá-la de todas as formas que contribua para sua satisfação e gozo próprio. Se essa fase for “superada”, a criança vai, aos poucos, percebendo que nem todos os seus desejos serão atendidos e nem no exato momento que elas desejarem.

  O problema é que encontramos algumas pessoas no decorrer dos anos que ficaram estacionadas no narcisismo primário e dali nunca mais saíram. São “adultos-crianças” birrentos, de difícil convivência, pois não aguentam nem eles mesmos e não conseguem enxergar o outro.

  Freud escreveu que a chegada do filho traz toda aquela carga psíquica do que já fomos um dia na infância, mas a deslocamos para nosso filho, pois não podemos voltar a ser criança. Talvez seja por isso que muitos pais idolatram seus filhos nas redes sociais. Na verdade, sem perceber, os pais estão falando do amor por eles mesmos e não do amor pelos filhos.

  Se quisermos ter filhos éticos, talvez devamos praticar a ética antes mesmo de eles existirem. Só quem tenta ser ético sabe a dificuldade e investimento diário que é para sê-lo. Se colocarmos a nossa transformação toda como ser humano nas costas da criança que virá, ela já nascerá com dor nas costas e na alma. É como dar uma feijoada para um recém-nascido digerir. As crianças não deveriam vir com a missão de consertar casamento, de suprir carências ou de juntar pessoas que não querem estar próximas. Elas podem vir para somar e dividir e não para consertar os problemas que cabem aos adultos.

Retirado e adaptado de:<http://obviousmag.org/denis_athanazio/2018/adultos-estacionados-na-infancia.html>.

Em relação à acentuação gráfica das palavras na Língua Portuguesa, considere as alternativas a seguir e assinale aquela que está conforme as normas adequadas.
Alternativas
Q975203 Português

             Adultos estacionados na infância - Dênis Athanázio

   “Quando meu filho nascer, eu terei que tomar vergonha na cara e mudar o rumo da minha vida. Não serei mais infiel, vou ser mais tolerante com meus familiares, protestarei incansavelmente por um país melhor onde meu herdeiro será o mais novo morador”.

  Muitas dessas promessas “éticas” permanecem no discurso e não se realizam na prática e partem do pressuposto de que a Terra toda gira em torno do meu umbigo (e agora do umbigo do meu filho também), com o único objetivo de nos satisfazer o tempo todo.

   Freud se preocupou com essa questão. Ele desenvolveu um conceito chamado narcisismo primário para explicar aquela fase da criança onde ela investe toda a sua energia libidinal para si mesma, isto é, só pensa nela e em sua satisfação imediata, como instinto de preservação, proteção. E mesmo sem ter total consciência desse complexo processo, o outro é para ela apenas um meio para se chegar a um fim que, no caso, é servi-la e cuidá-la de todas as formas que contribua para sua satisfação e gozo próprio. Se essa fase for “superada”, a criança vai, aos poucos, percebendo que nem todos os seus desejos serão atendidos e nem no exato momento que elas desejarem.

  O problema é que encontramos algumas pessoas no decorrer dos anos que ficaram estacionadas no narcisismo primário e dali nunca mais saíram. São “adultos-crianças” birrentos, de difícil convivência, pois não aguentam nem eles mesmos e não conseguem enxergar o outro.

  Freud escreveu que a chegada do filho traz toda aquela carga psíquica do que já fomos um dia na infância, mas a deslocamos para nosso filho, pois não podemos voltar a ser criança. Talvez seja por isso que muitos pais idolatram seus filhos nas redes sociais. Na verdade, sem perceber, os pais estão falando do amor por eles mesmos e não do amor pelos filhos.

  Se quisermos ter filhos éticos, talvez devamos praticar a ética antes mesmo de eles existirem. Só quem tenta ser ético sabe a dificuldade e investimento diário que é para sê-lo. Se colocarmos a nossa transformação toda como ser humano nas costas da criança que virá, ela já nascerá com dor nas costas e na alma. É como dar uma feijoada para um recém-nascido digerir. As crianças não deveriam vir com a missão de consertar casamento, de suprir carências ou de juntar pessoas que não querem estar próximas. Elas podem vir para somar e dividir e não para consertar os problemas que cabem aos adultos.

Retirado e adaptado de:<http://obviousmag.org/denis_athanazio/2018/adultos-estacionados-na-infancia.html>.

Assinale a alternativa que apresenta explicação coerente em relação aos empregos dos sinais de pontuação destacados com sublinhado nas frases a seguir.
Alternativas
Q975204 Português

             Adultos estacionados na infância - Dênis Athanázio

   “Quando meu filho nascer, eu terei que tomar vergonha na cara e mudar o rumo da minha vida. Não serei mais infiel, vou ser mais tolerante com meus familiares, protestarei incansavelmente por um país melhor onde meu herdeiro será o mais novo morador”.

  Muitas dessas promessas “éticas” permanecem no discurso e não se realizam na prática e partem do pressuposto de que a Terra toda gira em torno do meu umbigo (e agora do umbigo do meu filho também), com o único objetivo de nos satisfazer o tempo todo.

   Freud se preocupou com essa questão. Ele desenvolveu um conceito chamado narcisismo primário para explicar aquela fase da criança onde ela investe toda a sua energia libidinal para si mesma, isto é, só pensa nela e em sua satisfação imediata, como instinto de preservação, proteção. E mesmo sem ter total consciência desse complexo processo, o outro é para ela apenas um meio para se chegar a um fim que, no caso, é servi-la e cuidá-la de todas as formas que contribua para sua satisfação e gozo próprio. Se essa fase for “superada”, a criança vai, aos poucos, percebendo que nem todos os seus desejos serão atendidos e nem no exato momento que elas desejarem.

  O problema é que encontramos algumas pessoas no decorrer dos anos que ficaram estacionadas no narcisismo primário e dali nunca mais saíram. São “adultos-crianças” birrentos, de difícil convivência, pois não aguentam nem eles mesmos e não conseguem enxergar o outro.

  Freud escreveu que a chegada do filho traz toda aquela carga psíquica do que já fomos um dia na infância, mas a deslocamos para nosso filho, pois não podemos voltar a ser criança. Talvez seja por isso que muitos pais idolatram seus filhos nas redes sociais. Na verdade, sem perceber, os pais estão falando do amor por eles mesmos e não do amor pelos filhos.

  Se quisermos ter filhos éticos, talvez devamos praticar a ética antes mesmo de eles existirem. Só quem tenta ser ético sabe a dificuldade e investimento diário que é para sê-lo. Se colocarmos a nossa transformação toda como ser humano nas costas da criança que virá, ela já nascerá com dor nas costas e na alma. É como dar uma feijoada para um recém-nascido digerir. As crianças não deveriam vir com a missão de consertar casamento, de suprir carências ou de juntar pessoas que não querem estar próximas. Elas podem vir para somar e dividir e não para consertar os problemas que cabem aos adultos.

Retirado e adaptado de:<http://obviousmag.org/denis_athanazio/2018/adultos-estacionados-na-infancia.html>.

De acordo com a concordância verbal e nominal na Língua Portuguesa, analise as frases a seguir e assinale aquela que apresenta a explicação correta.
Alternativas
Respostas
1: C
2: A
3: E
4: D
5: B