O novo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi empossado na última terça-feira, 3 de janeiro, em Brasília, no Distrito Federal. Na ocasião, destacou a intenção de zerar a fila do INSS.
"Quero acabar com a fila em tempo recorde para o povo brasileiro se sentir respeitado", afirmou o novo ministro.
O ministro ainda ressaltou a pretensão de formar uma comissão quadripartite com representação dos sindicatos patronais, dos trabalhadores, aposentados e governo para debater as últimas mudanças feitas na legislação previdenciária.
"Precisamos discutir em profundidade a antirreforma que foi feita", declarou.
Apesar das propostas, Carlos não deu um prazo para as mudanças citadas, visto que será preciso um trabalho conjunto com os outros ministros.
Relatório da transição indica redução de servidores
O relatório do Gabinete de Transição Presidencial apontou que, desde 2016, o Instituto Nacional do Seguro Social, sofreu uma desestruturação institucional. É neste cenário desafiador, que Carlos Lupi assume a pasta que comandará a autarquia.
O novo concurso INSS visa suprir o déficit do quadro de servidores, que passou por uma redução nos últimos anos.
De acordo com o documento divulgado no dia 22 de dezembro, a partir de 2016 o Governo Federal adotou medidas que desestabilizaram a Previdência Social.
Além disso, a equipe ainda complementou que, nos últimos anos, "assistiu-se também a uma política que se traduziu no represamento de direitos para a redução forçada de gastos, com graves consequências administrativas e sociais", sendo elas:
- a redução do quadro de servidores do INSS;
- o fechamento de agências físicas;
- a desatualização cadastral que limita a concessão automática de direitos;
- a precariedade do serviço de teleatendimento;
- a migração do atendimento presencial para canais remotos;
- as dificuldades com o uso dos canais online;
- as limitações técnicas do canal digital; e
- o uso de automatização na concessão de benefícios com base em protocolos imprecisos, levando a indeferimentos desnecessários.
O relatório ainda menciona uma série de mudanças na Previdência Social, entre elas consta a contratação de mil novos servidores durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Conforme informações divulgadas pelo O Globo, um novo concurso está presente nestas mudanças propostas à Previdência Social pelo grupo de transição.
Lembrando que o concurso INSS em andamento contempla a carreira de Técnico do Seguro Social, de nível médio. Já a carreira de Analista do Seguro Social ficou de fora desta seleção. Para o cargo de nível superior eram previstas 1.571 vagas, que foram solicitadas ao Ministério da Economia.
Apesar do concurso em andamento, a equipe de transição do novo governo garante que contratação de mil técnicos não será o suficiente para recompor a necessidade da autarquia.
Último concurso INSS
O último concurso INSS foi realizado em 2022 e ofertou mil vagas para técnico do seguro social, de nível médio. A remuneração inicial é de até R$5.905,79, com jornada de 40 horas.
Organizado pelo Cebraspe, as provas objetivas foram aplicadas nos dias 27 de novembro de 2022, para todas as Gerências Executivas (GEX), e no dia 11 de dezembro, para a GEX de Guarulhos (SP).
As provas objetivas foram compostas por 120 questões, distribuídas entre Conhecimentos Básicos e Conhecimentos Específicos.
Na parte geral, foram cobradas as seguintes disciplinas:
- Língua Portuguesa;
- Ética no Serviço Público;
- Noções de Direito Constitucional e Administrativo;
- Raciocínio Lógico; e
- Noções de Informática.
Resumo do Concurso
- Órgão: Instituto Nacional do Seguro Social
- Cargos: técnico do seguro social
- Vagas: mil + CR
- Requisitos: nível médio
- Remuneração: até R$5.905,79
- Inscrições: de 16 de setembro a 4 de outubro (encerradas)
- Provas: 27 de novembro e 11 de dezembro
- Resolva questões da última prova do Concurso INSS
- Edital INSS 2022