Em relação a aspectos morfossintáticos e semânticos do text...
por gentileza esponda no meu perfil se possível
desde ja grato,
FORÇA E FÈ
Em “Aquilo que” (linha 1) e em “o que” (linha 3), no primeiro período do texto, “Aquilo” e “o” classificam-se como pronome e são os antecedentes dos pronomes “que” que os sucedem imediatamente. (CORRETA)
"Aquilo" - pronome demonstrativo
"O" - pronome demonstrativo ---- isto porque a palavra "o" pode exercer funções de artigo, quando acompanha substantivos, definindo-os, por exemplo: o carro/os carros; pronome obliquo átono, quando complementa o sentido de um verbo, por exemplo: comprei-o; e como pronome demonstrativo, quando situam no tempo e espaço e tem a ver com as pessoas do discurso, por exemplo: esse/este carro; aquele carro._____ No caso da questão o "o" funcina como pron.demont. porque tem sentido de "aquilo"; OBSERVE: (...) basicamente o que a tradição jurídica... >>> basicamente (aquilo) que a tradição jurídica... _____É muito simples concluir isso, uma vez que não se usa artigo antes de pronome relativo 'que', logo, só poderia ser o pronome relativo! POR QUE A LETRA -C- ESTÁ ERRADA???
ALGUÉM POR FAVOR RESPONDA... ACHEI ISTO NA INTERNET:
CELSO CUNHA & LINDLEY CINTRA
NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO
5ª Edição
de acordo com a nova ortografia
Editora: Lexikon
No capítulo 11 - Pronomes
Na parte em que fala do emprego enfático dos pronomes oblíquos átonos
Página 318:
"Podemos empregar UM SÓ pronome (oblíquo átono) como complemento de vários verbos quando estes admitem a mesma regência, ou seja, quando o pronome em causa desempenha idêntica função com referência a cada verbo"
A - CERTA: o "o" pode ser substituído pelo pronome demonstrativo "aquilo", o termo ficaria claramente escrito assim: "basicamente aquilo o qual a tradição...", só pode vir antes de pronome relativo (o=aquilo);
B - ERRADA: o termo "eliminação" é complemento verbal (VTD) do verbo "limitar", sendo uma crase proibida;
C - ERRADA: "reserva" está empregada como substantivo e não verbo (no sentido de "aquilo que se guarda para circunstâncias imprevistas" no caso a lei, fonte - dicionário Aurélio), enfim o "lhes" é pedido apenas pelo verbo "atribuir" que é VTDI. VTD: a lei e VTI: "LHES", pois quem atribui, atribui algo a alguém;
D- ERRADA: "inflexão" está empregado no sentido de "mudança" e não de "descrédito", "desprestígio", lendo o trecho subsequente, dá para perceber o sentido real de "mudança", vejam: "esse novo modelo..." e;
E- ERRADA: meus amigos trocar um verbo no gerúndio que dá uma ideia de continuidade por um particípio, que é uma circunstancia que já aconteceu é muito complicado, sem nexo e sentido. Leiam e observem a mudança do sentido pela troca que propõe o item.
Fiquem com DEUS...
Alternativa A: Em “Aquilo que” (linha 1) e em “o que” (linha 3), no primeiro período do texto, “Aquilo” e “o” classificam-se como pronome e são os antecedentes dos pronomes “que” que os sucedem imediatamente. (CORRETA).
Texto: "Aquilo que a tradição jurídica europeia continental chama de Estado de direito é, com apenas pequenas distinções, basicamente o que a tradição jurídica anglo-saxônica chama..."
As palavras o, a, os, as serão pronomes demonstrativos quando equivalerem a um outro demonstrativo:
Somos o que somos. (o= aquilo: pronome substantivo demonstrativo)
Os que merecem, passam. (os= aqueles: pronome substantivo demonstrativo)
Obs:
Pronome substantivo: "é aquele que substitui o substantivo, que ocupa o lugar de um substantivo na oração".
Ex: Joaquim é casado. = Ele é casado.
Pronome adjetivo: "é aquele que acompanha o substantivo, determinando-o, restringindo-lhe o significado".
Ex: Todo homem tem a obrigação de ser feliz. (O pronome indefinido "todo" está determinando o substantivo "homem").
Texto: "Aquilo que a tradição jurídica europeia continental chama de Estado de direito é, com apenas pequenas distinções, basicamente o que a tradição jurídica anglo-saxônica chama..."
No texto, percebe-se que os pronomes demonstrativos "aquilo" e "o" são pronomes substantivos, ou seja, substituem o substantivo. E, eles são antecedentes do pronome relativo "que". Esse pronome relativo retoma eles nas orações subordinada adjetiva restritiva que iniciam.
Pronomes relativos= "são aqueles que se referem a um termo antecedente. Evitam a repetição de vocábulos da oração anterior".
Por que eles evitam a repetição de vocábulos?
Texto: "Aquilo que a tradição jurídica europeia continental chama de Estado de direito é, com apenas pequenas distinções, basicamente o que a tradição jurídica anglo-saxônica chama de rule of law (domínio da lei)"
A tradição jurídica europeia continental chama aquilo de Estado de direito.
A tradição anglo-saxônica chama o (aquilo) de rule of law.
Fonte: HENRIQUE NUNO
FILEMON FÉLIX
Alternativa B: O acento indicativo de crase poderia ser corretamente empregado no “a” (linha 13) imediatamente anterior a “eliminação”, já que a expressão “ou seja” (linhas 12 e 13) introduz uma explicação para “exercício do poder político” (linha 12), relacionado sintaticamente a “limitação” (linha 12). (ERRADA).
Texto: "(...) o que ele evoca é claramente uma limitação ao exercício do poder político, ou seja, a eliminação do arbítrio no exercício dos poderes públicos".
"Ou seja" serve para explicar algo que já foi dito. Contudo, a questão disse que a explicação era somente para explicar "exercício do poder político". Errado. A oração introduzida após "ou seja" explica "uma limitação ao exercício do poder político".
o que ele evoca (verbo transitivo direto) é claramente uma limitação ao exercício do poder político (objeto direto), ou seja, (o que ele evoca é) a eliminação do arbítrio no exercício dos poderes públicos (objeto direto).
Uma limitação ao exercício do poder político = a eliminação do arbítrio no exercício dos poderes públicos. Esta oração explica aquela, que já foi dita.
Por que o examinador omitiu a expressão "uma limitação"? Para fazer o pega da crase, tentando confundir o candidato.
Texto: "(...) o que ele evoca é claramente uma limitação ao exercício do poder político, ou seja, a eliminação do arbítrio no exercício dos poderes públicos".
Observa-se que "limitação" é um substantivo que pede preposição.
Uma limitação a (preposição) algo.
uma limitação ao exercício do poder político. "ao exercício do poder político" é complemento nominal de "limitação".
Obs: Isso é regência nominal. "Regência nominal é a relação de dependência entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e seu complemento (complemento nominal)". O complemento nominal vem obrigatoriamente regido por preposição. Não confundir com complemento verbal (objeto indireto). Este completa o sentido transitivo de um verbo, aquele; de um nome.
O examinador quis induzir o candidato a achar que a expressão "a eliminação do arbítrio no exercício dos poderes públicos" também seria complemento nominal de "limitação". Porém, não é.
"a eliminação do arbítrio no exercício dos poderes públicos" é apenas objeto direto do verbo "evoca".
Texto: o que ele evoca é claramente uma limitação ao exercício do poder político, ou seja, (o que ele evoca é) a eliminação do arbítrio no exercício dos poderes públicos".
Se a expressão "a eliminação do arbítrio no exercício dos poderes públicos" fosse complemento nominal de "limitação". Realmente, deveria haver crase. Isso porque o substantivo"limitação" pede a preposição a.
CRASE = preposição "a" + artigo "a".
Uma limitação à eliminação do arbítrio no exercício dos poderes públicos.
Contudo, no contexto, isso não ocorre.
"uma limitação ao exercício do poder político", assim como "a eliminação do arbítrio no exercício dos poderes públicos", ambas as expressões são objeto direto do verbo "evoca".
FONTE: (PORTUGUÊS DESCOMPLICADO, HENRIQUE NUNO, 2012).