Assinale a alternativa em que se verifica a utilização de li...
TEXTO II
Por que essa pressa?
Walcyr Carrasco
Ando surpreso. De uns tempos para cá, as pessoas parecem estar perdendo a noção de fila. Para embarcar no aeroporto, nem se diga! Assim que o voo é chamado, sempre há um grupo de passageiros que se amontoa em frente à entrada. Crianças, idosos e deficientes têm preferência no embarque, mas poucos conseguem chegar na frente. Detalhe: os lugares são marcados previamente. Por que a pressa?
Imagino como sofre o caixa de um bar, tendo de atender várias pessoas que gritam ao mesmo tempo. Em metrô, é um sufoco. O correto seria esperar que saia quem vai desembarcar. Tentei fazer isso no horário de pico. Fui empurrado, levei uma cotovelada na orelha e ainda me xingaram! Uma loucura! Quem quer sair empurra, quem quer entrar empurra mais!
Até entre os elegantes, reina a confusão! Fui a uma festa. Serviram o jantar em um bufê, com comida farta, de dar água na boca. Os mais educadinhos foram se servindo em fila. Dali a pouco entrou uma perua no meio, estendendo as unhas pintadas:
– Deixa eu pegar só uma saladinha!
Pronto! Outro voou para o prato quente, furando todo mundo. A fila parou. Dois ou três aproveitaram a deixa para se servir, espetando quem estava na frente com os garfos. […] Quando chego a um restaurante e avisam que tem espera, vou embora. Ninguém respeita ordem de chegada. A começar dos maîtres, que dão preferência a clientes fiéis, conhecidos... seja lá quem for. É justo que um cliente tenha suas vantagens. Mas, então, por que não reservar a mesa com antecedência? […]
Elevador, então, nem se fala. Elevadores, aliás, transformaram-se num purgatório. Não é inferno porque um dia a gente sai. Os espaçosos espremem os mais corteses. Nunca falta quem use um perfume fortíssimo, desses de deixar a cabeça tonta. Tudo seria passável se ao menos fosse possível entrar e sair de um elevador cheio sem passar por cenas de pugilato. Mesmo porque, como nos metrôs, quem vai entrar nunca deixa os outros desembarcar!
É impossível que todo mundo tenha sempre tanta pressa. Minha impressão é que, com o stress da vida moderna, as pessoas andam esquecendo as regras mínimas do bem viver.
Adaptado de:<http://www.itatiaia.com.br/blog/jose-lino-souza-barros/por-que-essa-pressa-texto-de-walcyr-carrasco>
Linguagem Coloquial - Também chamada de informal, natural ou popular é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral.
“Dali a pouco entrou uma perua no meio [...]”
Linguagem informal ou coloquial - Ocorre comumente quando há familiaridade entre os interlocutores da comunicação ou em situações mais descontraídas, cotidianas, em que não se demanda rigor no uso da língua, pois não se pressupõe julgamento desse uso.
Características: obseva-se a despreocupação com as normas gramaticais e o uso vocabulário simples , gírias , palavrões , neologismos, onomatopeias , expressões populares e coloquialismos.
Gabarito C
Essa parte do texto expressa INFORMALIDADE.
"Dali a pouco entrou uma perua no meio [...]"
Vejamos:
A LINGUAGEM COLOQUIAL também chamada de INFORMAL é usada em momentos com a família e amigos. Já com superiores hierárquicos devemos usar a LINGUAGEM FORMAL.
Dessa forma, concluímos que a LINGUAGEM FORMAL e INFORMAL é aplicada em DIFERENTES CONTEXTOS.
#RUMOPMES22
C
A LINGUAGEM COLOQUIAL é a forma de se comunicar em situações que NÃO EXIGEM FORMALIDADE, COMO UMA CONVERSA ENTRE AMIGOS, NO SUPERMERCADO, NA PADARIA, NA FARMÁCIA, NA PRAIA, ETC. Por isso, é também chamada de LINGUAGEM POPULAR.
Obeserve
"Dali a pouco entrou uma PERUA no meio [...]"
A palavra PERUA está como LINGUAGEM COLOQUIAL ou POPULAR. Característica do
significado de PERUA nesse contexto: MULHER DE VIDA IRREGULAR.
GABARITO C)
Linguagem coloquial
A linguagem coloquial, também chamada de comum, é adotada em situações informais ou
familiares.
Caracteriza-se por:
✓ espontaneidade;
✓ falta de preocupação com as normas gramaticais;
✓ uso de gírias e de palavras não dicionarizadas.
Esse nível de linguagem é facilmente identificado em correspondências pessoais (e-mail pessoal,
redes sociais etc.), histórias em quadrinhos, conversas entre familiares e amigos.
Tome cuidado! A linguagem coloquial é informal, e não inculta, ou seja, a não obediência a normas
gramaticais ocorre em virtude da espontaneidade e da estilística do falante.
Veremos mais à frente que devemos entender os diversos níveis de linguagem como adequados
ou inadequados a determinada situação, e não como certos ou errados.
BÔNUS: Estratégia Concursos.
mas tbm se eu errasse podiam vir aqui me internar em um hospital psiquiatrico