Qual das seguintes classes de psicotrópicos pode aumentar o...

Vamos analisar a questão sobre interações medicamentosas que podem aumentar a toxicidade do lítio, um estabilizador de humor muito utilizado no tratamento de transtorno bipolar.

O tema central desta questão é a interação medicamentosa entre o lítio e outras classes de psicotrópicos. Este é um tópico relevante na psicofarmacologia, pois entender essas interações é crucial para evitar efeitos adversos graves nos pacientes.

O lítio possui uma janela terapêutica estreita, o que significa que a diferença entre uma dose eficaz e uma dose tóxica é pequena. Portanto, é importante conhecer medicamentos que podem interferir nos níveis de lítio no corpo. Segundo fontes acadêmicas, como o "Manual de Psicofarmacologia Clínica" de David Osser, algumas classes de medicamentos podem aumentar os níveis de lítio e, consequentemente, o risco de toxicidade.

A alternativa correta é a letra A - Antidepressivos tricíclicos. Esses medicamentos podem potencializar os efeitos do lítio, aumentando o risco de toxicidade. Isso se deve a alterações farmacocinéticas, como diminuição da excreção renal de lítio.

Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:

B - Anticonvulsivantes com propriedades de estabilizador: Esses medicamentos, como o valproato, podem ser usados em conjunto com o lítio, mas geralmente não aumentam o risco de toxicidade do lítio.

C - Antipsicóticos atípicos: Antipsicóticos como a olanzapina e a quetiapina são frequentemente usados concomitantemente com lítio, e geralmente não afetam os níveis de lítio de forma significativa.

D - Benzodiazepínicos: Esses ansiolíticos não interagem com o lítio de maneira a aumentar seu risco de toxicidade.

E - Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS): Embora possam interagir com outros medicamentos, os ISRSs não são conhecidos por aumentar os riscos de toxicidade do lítio.

Para interpretar este tipo de questão, é importante lembrar que conhecimentos sobre interações medicamentosas são cruciais na prática clínica, especialmente na psiquiatria. Observando as alternativas, considere sempre a farmacologia básica e as características específicas dos medicamentos.

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