Questões de Concurso Militar PM-SP 2024 para Aluno-Oficial

Foram encontradas 80 questões

Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234459 Português

Examine a tirinha de Fernando Gonsales, publicada no site do autor em 08.04.2024, para responder à questão.


TEXTO21-22.png (405×397)

O efeito de humor da tirinha se dá por meio do emprego da linguagem 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234460 Português

Examine a tirinha de Fernando Gonsales, publicada no site do autor em 08.04.2024, para responder à questão.


TEXTO21-22.png (405×397)

O ponto de exclamação é uma pontuação versátil que pode explicitar uma ampla gama de emoções e intenções. Na fala do primeiro e do último quadrinho, esse ponto expressa, respectivamente, 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234461 Português

Leia o trecho do romance Encarnação, de José de Alencar, para responder à questão.


    Conheci outrora uma família que morava em São Clemente.

    Havia em sua casa agradáveis reuniões de que fazia os encantos uma filha, bonita moça de dezoito anos, corada como a aurora e loura como o sol.

    Amália seduzia especialmente pela graça radiante, e pela viçosa e ingênua alegria, que manava dos lábios vermelhos, como dos olhos de topázio, e lhe rorejava1 a lúcida beleza.

    Sua risada argentina era a mais cintilante das volatas2 que ressoavam entre os rumores festivos da casa, onde à noite o piano trinava sob os dedos ágeis da melhor discípula do Arnaud.

    Acontecia-lhe chorar algumas vezes por causa de um vestido que a modista não lhe fizera a gosto, ou de um baile muito desejado que se transferia; mas essas lágrimas efêmeras, que saltavam em bagas dos grandes olhos luminosos, iam nas covinhas da boca transformar-se em cascatas de risos frescos e melodiosos.

    Tinha razão de folgar.

    Era o carinho dos pais e a predileta de quantos a conheciam. Muitos dos mais distintos moços da corte a adoravam. Ela, porém, preferia a isenção de menina; e não pensava em escolher um dentre tantos apaixonados, que a cercavam.

    Os pais, que desejavam muito vê-la casada e feliz, sentiam quando ela recusava algum partido vantajoso. Mas reconheciam ao mesmo tempo que formosa, rica e prendada como era, a filha tinha o direito de ser exigente; e confiavam no futuro.

    Outra e bem diversa era a causa da indiferença da moça.

    Amália não acreditava no amor. A paixão para ela só existia no romance. Os enlevos3 de duas almas a viverem uma da outra não passavam de arroubos de poesia, que davam em comédia quando os queriam transportar para o mundo real.

    Tinha sobre o casamento ideias mui positivas. Considerava o estado conjugal uma simples partilha de vida, de bens, de prazeres e trabalhos.

    Estes não os queria: os mais ela os possuía e gozava, mesmo solteira, no seio de sua família.

    Era feliz; não compreendia, portanto, a vantagem de ligar-se para sempre a um estranho, no qual podia encontrar um insípido companheiro, se não fosse um tirano doméstico.

    Estes pensamentos, Amália não os enunciava, nem os erigia em opiniões. Eram apenas os impulsos íntimos de sua vontade; obedecendo a eles, não tinha a menor pretensão à excentricidade.

    Ao contrário, como sabia do desejo dos pais, aceitava de boa mente a corte de seus admiradores. Mas estes bem percebiam que para a travessa e risonha vestal4 dos salões, o amor não era mais do que um divertimento de sociedade, semelhante à dança ou à música.

    Conservando a sua independência de filha querida, e moça da moda, Amália não nutria prejuízos contra o casamento, que aliás aceitava como uma solução natural para o outono da mulher.

    Ela bem sabia, que depois de haver gozado da mocidade, no fim de sua esplêndida primavera, teria de pagar o tributo à sociedade, e como as outras escolher um marido, fazer-se dona-de-casa, e rever nos filhos a sua beleza desvanecida.

    Até lá, porém, era e queria ser flor. Das suas lições de botânica lhe ficara bem viva esta recordação, que o fruto só desponta quando as pétalas começam a fanar-se: se vem antes disso, eiva5.


(Encarnação, 2003.)


1rorejar: gotejar.

2volata: série de notas musicais executadas rapidamente.

3enlevo: êxtase, deleite.

4vestal: sacerdotisa da deusa romana Vesta; mulher muito bonita que devia guardar rigorosa castidade.

5eivar: falhar.

De acordo com o trecho, Amália considerava o casamento uma 
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Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234462 Português

Leia o trecho do romance Encarnação, de José de Alencar, para responder à questão.


    Conheci outrora uma família que morava em São Clemente.

    Havia em sua casa agradáveis reuniões de que fazia os encantos uma filha, bonita moça de dezoito anos, corada como a aurora e loura como o sol.

    Amália seduzia especialmente pela graça radiante, e pela viçosa e ingênua alegria, que manava dos lábios vermelhos, como dos olhos de topázio, e lhe rorejava1 a lúcida beleza.

    Sua risada argentina era a mais cintilante das volatas2 que ressoavam entre os rumores festivos da casa, onde à noite o piano trinava sob os dedos ágeis da melhor discípula do Arnaud.

    Acontecia-lhe chorar algumas vezes por causa de um vestido que a modista não lhe fizera a gosto, ou de um baile muito desejado que se transferia; mas essas lágrimas efêmeras, que saltavam em bagas dos grandes olhos luminosos, iam nas covinhas da boca transformar-se em cascatas de risos frescos e melodiosos.

    Tinha razão de folgar.

    Era o carinho dos pais e a predileta de quantos a conheciam. Muitos dos mais distintos moços da corte a adoravam. Ela, porém, preferia a isenção de menina; e não pensava em escolher um dentre tantos apaixonados, que a cercavam.

    Os pais, que desejavam muito vê-la casada e feliz, sentiam quando ela recusava algum partido vantajoso. Mas reconheciam ao mesmo tempo que formosa, rica e prendada como era, a filha tinha o direito de ser exigente; e confiavam no futuro.

    Outra e bem diversa era a causa da indiferença da moça.

    Amália não acreditava no amor. A paixão para ela só existia no romance. Os enlevos3 de duas almas a viverem uma da outra não passavam de arroubos de poesia, que davam em comédia quando os queriam transportar para o mundo real.

    Tinha sobre o casamento ideias mui positivas. Considerava o estado conjugal uma simples partilha de vida, de bens, de prazeres e trabalhos.

    Estes não os queria: os mais ela os possuía e gozava, mesmo solteira, no seio de sua família.

    Era feliz; não compreendia, portanto, a vantagem de ligar-se para sempre a um estranho, no qual podia encontrar um insípido companheiro, se não fosse um tirano doméstico.

    Estes pensamentos, Amália não os enunciava, nem os erigia em opiniões. Eram apenas os impulsos íntimos de sua vontade; obedecendo a eles, não tinha a menor pretensão à excentricidade.

    Ao contrário, como sabia do desejo dos pais, aceitava de boa mente a corte de seus admiradores. Mas estes bem percebiam que para a travessa e risonha vestal4 dos salões, o amor não era mais do que um divertimento de sociedade, semelhante à dança ou à música.

    Conservando a sua independência de filha querida, e moça da moda, Amália não nutria prejuízos contra o casamento, que aliás aceitava como uma solução natural para o outono da mulher.

    Ela bem sabia, que depois de haver gozado da mocidade, no fim de sua esplêndida primavera, teria de pagar o tributo à sociedade, e como as outras escolher um marido, fazer-se dona-de-casa, e rever nos filhos a sua beleza desvanecida.

    Até lá, porém, era e queria ser flor. Das suas lições de botânica lhe ficara bem viva esta recordação, que o fruto só desponta quando as pétalas começam a fanar-se: se vem antes disso, eiva5.


(Encarnação, 2003.)


1rorejar: gotejar.

2volata: série de notas musicais executadas rapidamente.

3enlevo: êxtase, deleite.

4vestal: sacerdotisa da deusa romana Vesta; mulher muito bonita que devia guardar rigorosa castidade.

5eivar: falhar.

Na expressão “outono da mulher” (16º parágrafo), a palavra sublinhada é uma metáfora para referir-se 
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Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234463 Literatura

Leia o trecho do romance Encarnação, de José de Alencar, para responder à questão.


    Conheci outrora uma família que morava em São Clemente.

    Havia em sua casa agradáveis reuniões de que fazia os encantos uma filha, bonita moça de dezoito anos, corada como a aurora e loura como o sol.

    Amália seduzia especialmente pela graça radiante, e pela viçosa e ingênua alegria, que manava dos lábios vermelhos, como dos olhos de topázio, e lhe rorejava1 a lúcida beleza.

    Sua risada argentina era a mais cintilante das volatas2 que ressoavam entre os rumores festivos da casa, onde à noite o piano trinava sob os dedos ágeis da melhor discípula do Arnaud.

    Acontecia-lhe chorar algumas vezes por causa de um vestido que a modista não lhe fizera a gosto, ou de um baile muito desejado que se transferia; mas essas lágrimas efêmeras, que saltavam em bagas dos grandes olhos luminosos, iam nas covinhas da boca transformar-se em cascatas de risos frescos e melodiosos.

    Tinha razão de folgar.

    Era o carinho dos pais e a predileta de quantos a conheciam. Muitos dos mais distintos moços da corte a adoravam. Ela, porém, preferia a isenção de menina; e não pensava em escolher um dentre tantos apaixonados, que a cercavam.

    Os pais, que desejavam muito vê-la casada e feliz, sentiam quando ela recusava algum partido vantajoso. Mas reconheciam ao mesmo tempo que formosa, rica e prendada como era, a filha tinha o direito de ser exigente; e confiavam no futuro.

    Outra e bem diversa era a causa da indiferença da moça.

    Amália não acreditava no amor. A paixão para ela só existia no romance. Os enlevos3 de duas almas a viverem uma da outra não passavam de arroubos de poesia, que davam em comédia quando os queriam transportar para o mundo real.

    Tinha sobre o casamento ideias mui positivas. Considerava o estado conjugal uma simples partilha de vida, de bens, de prazeres e trabalhos.

    Estes não os queria: os mais ela os possuía e gozava, mesmo solteira, no seio de sua família.

    Era feliz; não compreendia, portanto, a vantagem de ligar-se para sempre a um estranho, no qual podia encontrar um insípido companheiro, se não fosse um tirano doméstico.

    Estes pensamentos, Amália não os enunciava, nem os erigia em opiniões. Eram apenas os impulsos íntimos de sua vontade; obedecendo a eles, não tinha a menor pretensão à excentricidade.

    Ao contrário, como sabia do desejo dos pais, aceitava de boa mente a corte de seus admiradores. Mas estes bem percebiam que para a travessa e risonha vestal4 dos salões, o amor não era mais do que um divertimento de sociedade, semelhante à dança ou à música.

    Conservando a sua independência de filha querida, e moça da moda, Amália não nutria prejuízos contra o casamento, que aliás aceitava como uma solução natural para o outono da mulher.

    Ela bem sabia, que depois de haver gozado da mocidade, no fim de sua esplêndida primavera, teria de pagar o tributo à sociedade, e como as outras escolher um marido, fazer-se dona-de-casa, e rever nos filhos a sua beleza desvanecida.

    Até lá, porém, era e queria ser flor. Das suas lições de botânica lhe ficara bem viva esta recordação, que o fruto só desponta quando as pétalas começam a fanar-se: se vem antes disso, eiva5.


(Encarnação, 2003.)


1rorejar: gotejar.

2volata: série de notas musicais executadas rapidamente.

3enlevo: êxtase, deleite.

4vestal: sacerdotisa da deusa romana Vesta; mulher muito bonita que devia guardar rigorosa castidade.

5eivar: falhar.

“Os enlevos de duas almas a viverem uma da outra não passavam de arroubos de poesia, que davam em comédia quando os queriam transportar para o mundo real.” (10º parágrafo)
A concepção de amor presente no trecho indica um posicionamento crítico à literatura 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234464 Português

Leia o trecho do romance Encarnação, de José de Alencar, para responder à questão.


    Conheci outrora uma família que morava em São Clemente.

    Havia em sua casa agradáveis reuniões de que fazia os encantos uma filha, bonita moça de dezoito anos, corada como a aurora e loura como o sol.

    Amália seduzia especialmente pela graça radiante, e pela viçosa e ingênua alegria, que manava dos lábios vermelhos, como dos olhos de topázio, e lhe rorejava1 a lúcida beleza.

    Sua risada argentina era a mais cintilante das volatas2 que ressoavam entre os rumores festivos da casa, onde à noite o piano trinava sob os dedos ágeis da melhor discípula do Arnaud.

    Acontecia-lhe chorar algumas vezes por causa de um vestido que a modista não lhe fizera a gosto, ou de um baile muito desejado que se transferia; mas essas lágrimas efêmeras, que saltavam em bagas dos grandes olhos luminosos, iam nas covinhas da boca transformar-se em cascatas de risos frescos e melodiosos.

    Tinha razão de folgar.

    Era o carinho dos pais e a predileta de quantos a conheciam. Muitos dos mais distintos moços da corte a adoravam. Ela, porém, preferia a isenção de menina; e não pensava em escolher um dentre tantos apaixonados, que a cercavam.

    Os pais, que desejavam muito vê-la casada e feliz, sentiam quando ela recusava algum partido vantajoso. Mas reconheciam ao mesmo tempo que formosa, rica e prendada como era, a filha tinha o direito de ser exigente; e confiavam no futuro.

    Outra e bem diversa era a causa da indiferença da moça.

    Amália não acreditava no amor. A paixão para ela só existia no romance. Os enlevos3 de duas almas a viverem uma da outra não passavam de arroubos de poesia, que davam em comédia quando os queriam transportar para o mundo real.

    Tinha sobre o casamento ideias mui positivas. Considerava o estado conjugal uma simples partilha de vida, de bens, de prazeres e trabalhos.

    Estes não os queria: os mais ela os possuía e gozava, mesmo solteira, no seio de sua família.

    Era feliz; não compreendia, portanto, a vantagem de ligar-se para sempre a um estranho, no qual podia encontrar um insípido companheiro, se não fosse um tirano doméstico.

    Estes pensamentos, Amália não os enunciava, nem os erigia em opiniões. Eram apenas os impulsos íntimos de sua vontade; obedecendo a eles, não tinha a menor pretensão à excentricidade.

    Ao contrário, como sabia do desejo dos pais, aceitava de boa mente a corte de seus admiradores. Mas estes bem percebiam que para a travessa e risonha vestal4 dos salões, o amor não era mais do que um divertimento de sociedade, semelhante à dança ou à música.

    Conservando a sua independência de filha querida, e moça da moda, Amália não nutria prejuízos contra o casamento, que aliás aceitava como uma solução natural para o outono da mulher.

    Ela bem sabia, que depois de haver gozado da mocidade, no fim de sua esplêndida primavera, teria de pagar o tributo à sociedade, e como as outras escolher um marido, fazer-se dona-de-casa, e rever nos filhos a sua beleza desvanecida.

    Até lá, porém, era e queria ser flor. Das suas lições de botânica lhe ficara bem viva esta recordação, que o fruto só desponta quando as pétalas começam a fanar-se: se vem antes disso, eiva5.


(Encarnação, 2003.)


1rorejar: gotejar.

2volata: série de notas musicais executadas rapidamente.

3enlevo: êxtase, deleite.

4vestal: sacerdotisa da deusa romana Vesta; mulher muito bonita que devia guardar rigorosa castidade.

5eivar: falhar.

“Ela bem sabia, que depois de haver gozado da mocidade” (17º parágrafo)
A palavra sublinhada pertence à mesma classe de palavras do termo sublinhado em: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234465 Português

Leia o trecho do romance Encarnação, de José de Alencar, para responder à questão.


    Conheci outrora uma família que morava em São Clemente.

    Havia em sua casa agradáveis reuniões de que fazia os encantos uma filha, bonita moça de dezoito anos, corada como a aurora e loura como o sol.

    Amália seduzia especialmente pela graça radiante, e pela viçosa e ingênua alegria, que manava dos lábios vermelhos, como dos olhos de topázio, e lhe rorejava1 a lúcida beleza.

    Sua risada argentina era a mais cintilante das volatas2 que ressoavam entre os rumores festivos da casa, onde à noite o piano trinava sob os dedos ágeis da melhor discípula do Arnaud.

    Acontecia-lhe chorar algumas vezes por causa de um vestido que a modista não lhe fizera a gosto, ou de um baile muito desejado que se transferia; mas essas lágrimas efêmeras, que saltavam em bagas dos grandes olhos luminosos, iam nas covinhas da boca transformar-se em cascatas de risos frescos e melodiosos.

    Tinha razão de folgar.

    Era o carinho dos pais e a predileta de quantos a conheciam. Muitos dos mais distintos moços da corte a adoravam. Ela, porém, preferia a isenção de menina; e não pensava em escolher um dentre tantos apaixonados, que a cercavam.

    Os pais, que desejavam muito vê-la casada e feliz, sentiam quando ela recusava algum partido vantajoso. Mas reconheciam ao mesmo tempo que formosa, rica e prendada como era, a filha tinha o direito de ser exigente; e confiavam no futuro.

    Outra e bem diversa era a causa da indiferença da moça.

    Amália não acreditava no amor. A paixão para ela só existia no romance. Os enlevos3 de duas almas a viverem uma da outra não passavam de arroubos de poesia, que davam em comédia quando os queriam transportar para o mundo real.

    Tinha sobre o casamento ideias mui positivas. Considerava o estado conjugal uma simples partilha de vida, de bens, de prazeres e trabalhos.

    Estes não os queria: os mais ela os possuía e gozava, mesmo solteira, no seio de sua família.

    Era feliz; não compreendia, portanto, a vantagem de ligar-se para sempre a um estranho, no qual podia encontrar um insípido companheiro, se não fosse um tirano doméstico.

    Estes pensamentos, Amália não os enunciava, nem os erigia em opiniões. Eram apenas os impulsos íntimos de sua vontade; obedecendo a eles, não tinha a menor pretensão à excentricidade.

    Ao contrário, como sabia do desejo dos pais, aceitava de boa mente a corte de seus admiradores. Mas estes bem percebiam que para a travessa e risonha vestal4 dos salões, o amor não era mais do que um divertimento de sociedade, semelhante à dança ou à música.

    Conservando a sua independência de filha querida, e moça da moda, Amália não nutria prejuízos contra o casamento, que aliás aceitava como uma solução natural para o outono da mulher.

    Ela bem sabia, que depois de haver gozado da mocidade, no fim de sua esplêndida primavera, teria de pagar o tributo à sociedade, e como as outras escolher um marido, fazer-se dona-de-casa, e rever nos filhos a sua beleza desvanecida.

    Até lá, porém, era e queria ser flor. Das suas lições de botânica lhe ficara bem viva esta recordação, que o fruto só desponta quando as pétalas começam a fanar-se: se vem antes disso, eiva5.


(Encarnação, 2003.)


1rorejar: gotejar.

2volata: série de notas musicais executadas rapidamente.

3enlevo: êxtase, deleite.

4vestal: sacerdotisa da deusa romana Vesta; mulher muito bonita que devia guardar rigorosa castidade.

5eivar: falhar.

Quando repetido em uma oração, a fim de reforçar a mensagem, o objeto direto classifica-se como pleonástico. Identifica-se esse tipo de objeto direto em: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234466 Português

Leia o trecho do romance Encarnação, de José de Alencar, para responder à questão.


    Conheci outrora uma família que morava em São Clemente.

    Havia em sua casa agradáveis reuniões de que fazia os encantos uma filha, bonita moça de dezoito anos, corada como a aurora e loura como o sol.

    Amália seduzia especialmente pela graça radiante, e pela viçosa e ingênua alegria, que manava dos lábios vermelhos, como dos olhos de topázio, e lhe rorejava1 a lúcida beleza.

    Sua risada argentina era a mais cintilante das volatas2 que ressoavam entre os rumores festivos da casa, onde à noite o piano trinava sob os dedos ágeis da melhor discípula do Arnaud.

    Acontecia-lhe chorar algumas vezes por causa de um vestido que a modista não lhe fizera a gosto, ou de um baile muito desejado que se transferia; mas essas lágrimas efêmeras, que saltavam em bagas dos grandes olhos luminosos, iam nas covinhas da boca transformar-se em cascatas de risos frescos e melodiosos.

    Tinha razão de folgar.

    Era o carinho dos pais e a predileta de quantos a conheciam. Muitos dos mais distintos moços da corte a adoravam. Ela, porém, preferia a isenção de menina; e não pensava em escolher um dentre tantos apaixonados, que a cercavam.

    Os pais, que desejavam muito vê-la casada e feliz, sentiam quando ela recusava algum partido vantajoso. Mas reconheciam ao mesmo tempo que formosa, rica e prendada como era, a filha tinha o direito de ser exigente; e confiavam no futuro.

    Outra e bem diversa era a causa da indiferença da moça.

    Amália não acreditava no amor. A paixão para ela só existia no romance. Os enlevos3 de duas almas a viverem uma da outra não passavam de arroubos de poesia, que davam em comédia quando os queriam transportar para o mundo real.

    Tinha sobre o casamento ideias mui positivas. Considerava o estado conjugal uma simples partilha de vida, de bens, de prazeres e trabalhos.

    Estes não os queria: os mais ela os possuía e gozava, mesmo solteira, no seio de sua família.

    Era feliz; não compreendia, portanto, a vantagem de ligar-se para sempre a um estranho, no qual podia encontrar um insípido companheiro, se não fosse um tirano doméstico.

    Estes pensamentos, Amália não os enunciava, nem os erigia em opiniões. Eram apenas os impulsos íntimos de sua vontade; obedecendo a eles, não tinha a menor pretensão à excentricidade.

    Ao contrário, como sabia do desejo dos pais, aceitava de boa mente a corte de seus admiradores. Mas estes bem percebiam que para a travessa e risonha vestal4 dos salões, o amor não era mais do que um divertimento de sociedade, semelhante à dança ou à música.

    Conservando a sua independência de filha querida, e moça da moda, Amália não nutria prejuízos contra o casamento, que aliás aceitava como uma solução natural para o outono da mulher.

    Ela bem sabia, que depois de haver gozado da mocidade, no fim de sua esplêndida primavera, teria de pagar o tributo à sociedade, e como as outras escolher um marido, fazer-se dona-de-casa, e rever nos filhos a sua beleza desvanecida.

    Até lá, porém, era e queria ser flor. Das suas lições de botânica lhe ficara bem viva esta recordação, que o fruto só desponta quando as pétalas começam a fanar-se: se vem antes disso, eiva5.


(Encarnação, 2003.)


1rorejar: gotejar.

2volata: série de notas musicais executadas rapidamente.

3enlevo: êxtase, deleite.

4vestal: sacerdotisa da deusa romana Vesta; mulher muito bonita que devia guardar rigorosa castidade.

5eivar: falhar.

“o fruto só desponta quando as pétalas começam a fanar-se: se vem antes disso, eiva.” (18º parágrafo)
O ensinamento presente nesse trecho corresponde ao provérbio: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234467 Português

Leia o poema de Luís de Camões para responder à questão.



SONETO VIII

Pede o desejo, dama, que vos veja,

Não entende o que pede, está enganado.

É este amor tão fino e tão delgado1,


Que quem o tem não sabe o que deseja.

Não há cousa a qual natural seja

Que não queira perpétuo seu estado,

Não quer logo o desejo o desejado,

Por que não falte nunca onde sobeja2

.

Mas este puro afeito3 em mim se dana,

Que como a gravepedra tem por arte

O centro desejar da natureza.


Assi5 o pensamento (pela parte

Que vai tomar de mim, terrestre, humana)

Foi, senhora, pedir esta baixeza.


(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)



1delgado: delicado.

2sobejar: sobrar, ter em excesso.

3afeito: afeto, sentimento.

4grave: pesada.

5assi: assim.

Há no soneto um conflito entre a afeição espiritual e o desejo carnal. Ratifica essa oposição o emprego dos termos 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234468 Português

Leia o poema de Luís de Camões para responder à questão.



SONETO VIII

Pede o desejo, dama, que vos veja,

Não entende o que pede, está enganado.

É este amor tão fino e tão delgado1,


Que quem o tem não sabe o que deseja.

Não há cousa a qual natural seja

Que não queira perpétuo seu estado,

Não quer logo o desejo o desejado,

Por que não falte nunca onde sobeja2

.

Mas este puro afeito3 em mim se dana,

Que como a gravepedra tem por arte

O centro desejar da natureza.


Assi5 o pensamento (pela parte

Que vai tomar de mim, terrestre, humana)

Foi, senhora, pedir esta baixeza.


(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)



1delgado: delicado.

2sobejar: sobrar, ter em excesso.

3afeito: afeto, sentimento.

4grave: pesada.

5assi: assim.

Na terceira estrofe, ao comparar seu sentimento com uma pedra, o eu lírico reforça 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234469 Português

Leia o poema de Luís de Camões para responder à questão.



SONETO VIII

Pede o desejo, dama, que vos veja,

Não entende o que pede, está enganado.

É este amor tão fino e tão delgado1,


Que quem o tem não sabe o que deseja.

Não há cousa a qual natural seja

Que não queira perpétuo seu estado,

Não quer logo o desejo o desejado,

Por que não falte nunca onde sobeja2

.

Mas este puro afeito3 em mim se dana,

Que como a gravepedra tem por arte

O centro desejar da natureza.


Assi5 o pensamento (pela parte

Que vai tomar de mim, terrestre, humana)

Foi, senhora, pedir esta baixeza.


(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)



1delgado: delicado.

2sobejar: sobrar, ter em excesso.

3afeito: afeto, sentimento.

4grave: pesada.

5assi: assim.

Em “É este amor tão fino e tão delgado, / Que quem o tem não sabe o que deseja.” (1ª estrofe), o trecho sublinhado expressa, em relação à oração que o antecede, ideia de 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234470 Literatura

Leia o poema de Luís de Camões para responder à questão.



SONETO VIII

Pede o desejo, dama, que vos veja,

Não entende o que pede, está enganado.

É este amor tão fino e tão delgado1,


Que quem o tem não sabe o que deseja.

Não há cousa a qual natural seja

Que não queira perpétuo seu estado,

Não quer logo o desejo o desejado,

Por que não falte nunca onde sobeja2

.

Mas este puro afeito3 em mim se dana,

Que como a gravepedra tem por arte

O centro desejar da natureza.


Assi5 o pensamento (pela parte

Que vai tomar de mim, terrestre, humana)

Foi, senhora, pedir esta baixeza.


(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)



1delgado: delicado.

2sobejar: sobrar, ter em excesso.

3afeito: afeto, sentimento.

4grave: pesada.

5assi: assim.

Classifica-se como rica a rima que ocorre entre palavras de classes gramaticais diferentes. Esse tipo de rima ocorre no par: 
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Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234471 Literatura

Leia o poema de Luís de Camões para responder à questão.



SONETO VIII

Pede o desejo, dama, que vos veja,

Não entende o que pede, está enganado.

É este amor tão fino e tão delgado1,


Que quem o tem não sabe o que deseja.

Não há cousa a qual natural seja

Que não queira perpétuo seu estado,

Não quer logo o desejo o desejado,

Por que não falte nunca onde sobeja2

.

Mas este puro afeito3 em mim se dana,

Que como a gravepedra tem por arte

O centro desejar da natureza.


Assi5 o pensamento (pela parte

Que vai tomar de mim, terrestre, humana)

Foi, senhora, pedir esta baixeza.


(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)



1delgado: delicado.

2sobejar: sobrar, ter em excesso.

3afeito: afeto, sentimento.

4grave: pesada.

5assi: assim.

“Que como a grave pedra tem por arte
O centro desejar da natureza.” (3ª estrofe)

Em ordem direta, esses versos assumem a seguinte forma: 
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Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234472 Português

Leia a crônica “Liberdade”, de Clarice Lispector, para responder à questão.



Houve um diálogo difícil. Aparentemente não quer dizer muito, mas diz demais.


— Mamãe, tire esse cabelo da testa.

— É um pouco da franja ainda.

— Mas você fica feia assim.

— Tenho o direito de ser feia.

— Não tem!

— Tenho!

— Eu disse que não tem!


E assim foi que se formou o clima de briga. O motivo não era fútil, era sério: uma pessoa, meu filho no caso, estava-me cortando a liberdade. E eu não suportei, nem vindo de filho. Senti vontade de cortar uma franja bem espessa, bem cobrindo a testa toda. Tive vontade de ir para meu quarto, de trancar a porta a chave, e de ser eu mesma, por mais feia que fosse. Não, não “por mais feia que fosse”: eu queria ser feia, isso representava o meu direito total à liberdade. Ao mesmo tempo eu sabia que meu filho tinha os direitos dele: o de não ter uma mãe feia, por exemplo. Era o choque de duas pessoas reivindicando — o que, afinal? Só Deus sabe, e fiquemos por aqui mesmo.


(Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999.)

O gênero textual crônica pode provocar reflexões profundas a partir da apresentação de situações banais do cotidiano. A autora demonstra ter consciência desse aspecto no trecho: 
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Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234473 Português

Leia a crônica “Liberdade”, de Clarice Lispector, para responder à questão.



Houve um diálogo difícil. Aparentemente não quer dizer muito, mas diz demais.


— Mamãe, tire esse cabelo da testa.

— É um pouco da franja ainda.

— Mas você fica feia assim.

— Tenho o direito de ser feia.

— Não tem!

— Tenho!

— Eu disse que não tem!


E assim foi que se formou o clima de briga. O motivo não era fútil, era sério: uma pessoa, meu filho no caso, estava-me cortando a liberdade. E eu não suportei, nem vindo de filho. Senti vontade de cortar uma franja bem espessa, bem cobrindo a testa toda. Tive vontade de ir para meu quarto, de trancar a porta a chave, e de ser eu mesma, por mais feia que fosse. Não, não “por mais feia que fosse”: eu queria ser feia, isso representava o meu direito total à liberdade. Ao mesmo tempo eu sabia que meu filho tinha os direitos dele: o de não ter uma mãe feia, por exemplo. Era o choque de duas pessoas reivindicando — o que, afinal? Só Deus sabe, e fiquemos por aqui mesmo.


(Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999.)

Ao se transpor a fala “— Mamãe, tire esse cabelo da testa.” (2º parágrafo) para o discurso indireto, o verbo sublinhado assume a forma: 
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Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234474 Português

Leia a crônica “Liberdade”, de Clarice Lispector, para responder à questão.



Houve um diálogo difícil. Aparentemente não quer dizer muito, mas diz demais.


— Mamãe, tire esse cabelo da testa.

— É um pouco da franja ainda.

— Mas você fica feia assim.

— Tenho o direito de ser feia.

— Não tem!

— Tenho!

— Eu disse que não tem!


E assim foi que se formou o clima de briga. O motivo não era fútil, era sério: uma pessoa, meu filho no caso, estava-me cortando a liberdade. E eu não suportei, nem vindo de filho. Senti vontade de cortar uma franja bem espessa, bem cobrindo a testa toda. Tive vontade de ir para meu quarto, de trancar a porta a chave, e de ser eu mesma, por mais feia que fosse. Não, não “por mais feia que fosse”: eu queria ser feia, isso representava o meu direito total à liberdade. Ao mesmo tempo eu sabia que meu filho tinha os direitos dele: o de não ter uma mãe feia, por exemplo. Era o choque de duas pessoas reivindicando — o que, afinal? Só Deus sabe, e fiquemos por aqui mesmo.


(Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999.)

   A zeugma é uma das formas da elipse. Consiste em fazer participar de dois ou mais enunciados um termo expresso apenas em um deles.
(Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo, 2001. Adaptado.)

Identifica-se, no último parágrafo da crônica, o emprego da zeugma em: 
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Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234475 Português

Leia a crônica “Liberdade”, de Clarice Lispector, para responder à questão.



Houve um diálogo difícil. Aparentemente não quer dizer muito, mas diz demais.


— Mamãe, tire esse cabelo da testa.

— É um pouco da franja ainda.

— Mas você fica feia assim.

— Tenho o direito de ser feia.

— Não tem!

— Tenho!

— Eu disse que não tem!


E assim foi que se formou o clima de briga. O motivo não era fútil, era sério: uma pessoa, meu filho no caso, estava-me cortando a liberdade. E eu não suportei, nem vindo de filho. Senti vontade de cortar uma franja bem espessa, bem cobrindo a testa toda. Tive vontade de ir para meu quarto, de trancar a porta a chave, e de ser eu mesma, por mais feia que fosse. Não, não “por mais feia que fosse”: eu queria ser feia, isso representava o meu direito total à liberdade. Ao mesmo tempo eu sabia que meu filho tinha os direitos dele: o de não ter uma mãe feia, por exemplo. Era o choque de duas pessoas reivindicando — o que, afinal? Só Deus sabe, e fiquemos por aqui mesmo.


(Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999.)

Em “de ser eu mesma, por mais feia que fosse” (9º parágrafo), a locução conjuntiva “por mais que” pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
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Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234476 Português

Leia a crônica “Liberdade”, de Clarice Lispector, para responder à questão.



Houve um diálogo difícil. Aparentemente não quer dizer muito, mas diz demais.


— Mamãe, tire esse cabelo da testa.

— É um pouco da franja ainda.

— Mas você fica feia assim.

— Tenho o direito de ser feia.

— Não tem!

— Tenho!

— Eu disse que não tem!


E assim foi que se formou o clima de briga. O motivo não era fútil, era sério: uma pessoa, meu filho no caso, estava-me cortando a liberdade. E eu não suportei, nem vindo de filho. Senti vontade de cortar uma franja bem espessa, bem cobrindo a testa toda. Tive vontade de ir para meu quarto, de trancar a porta a chave, e de ser eu mesma, por mais feia que fosse. Não, não “por mais feia que fosse”: eu queria ser feia, isso representava o meu direito total à liberdade. Ao mesmo tempo eu sabia que meu filho tinha os direitos dele: o de não ter uma mãe feia, por exemplo. Era o choque de duas pessoas reivindicando — o que, afinal? Só Deus sabe, e fiquemos por aqui mesmo.


(Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999.)

“Tive vontade de ir para meu quarto, de trancar a porta a chave” (9º parágrafo)
O emprego de crase na expressão sublinhada é facultativo, assim como em: 
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Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234477 Inglês

Leia o texto e o gráfico para responder à questão.



    The 2020s have brought a degree of chaos not seen in decades. A pandemic was followed by a full-scale war in Europe; both sent food and fuel prices surging. Extreme weather events have shown that climate change is beginning to bite. The phrase “unprecedented times” soon sounded too common.

    This all affected the global standards of living. One measure of this, the United Nations’ Human Development Index (HDI), fell in 2020 for the first time since its launch. It fell again in 2021. The HDI is one of the most widely used measures of countries’ development, after the Gross Domestic Product (GDP). It is not complete, though. It does not account for economic inequality, for example, or disparities between ethnicities and genders.

    The latest figures show that the global HDI is rising again, but progress has been slow and uneven. It seems the long-term trend appears to have suffered a permanent setback since the pandemic. This setback will deeply affect the world’s poorest.

    Yet there are reasons for hope. The chaos of the 2020s has also shown that governments can collaborate on some big issues. During the pandemic, vaccines were developed, produced and distributed at remarkable speed, saving an estimated 20 million lives in their first year alone. At the 28th United Nations Climate Change Conference (COP28) in 2023 the world proved that it could agree on a deal to tackle climate change (even if fulfilling it is another matter). More of that will be needed to overcome the setbacks from the start of the decade.


TEXTO39-44.png (392×367)

The text mainly intends to 
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Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2024 - PM-SP - Aluno-Oficial |
Q3234478 Inglês

Leia o texto e o gráfico para responder à questão.



    The 2020s have brought a degree of chaos not seen in decades. A pandemic was followed by a full-scale war in Europe; both sent food and fuel prices surging. Extreme weather events have shown that climate change is beginning to bite. The phrase “unprecedented times” soon sounded too common.

    This all affected the global standards of living. One measure of this, the United Nations’ Human Development Index (HDI), fell in 2020 for the first time since its launch. It fell again in 2021. The HDI is one of the most widely used measures of countries’ development, after the Gross Domestic Product (GDP). It is not complete, though. It does not account for economic inequality, for example, or disparities between ethnicities and genders.

    The latest figures show that the global HDI is rising again, but progress has been slow and uneven. It seems the long-term trend appears to have suffered a permanent setback since the pandemic. This setback will deeply affect the world’s poorest.

    Yet there are reasons for hope. The chaos of the 2020s has also shown that governments can collaborate on some big issues. During the pandemic, vaccines were developed, produced and distributed at remarkable speed, saving an estimated 20 million lives in their first year alone. At the 28th United Nations Climate Change Conference (COP28) in 2023 the world proved that it could agree on a deal to tackle climate change (even if fulfilling it is another matter). More of that will be needed to overcome the setbacks from the start of the decade.


TEXTO39-44.png (392×367)

The first paragraph provides 
Alternativas
Respostas
21: C
22: B
23: A
24: D
25: C
26: D
27: D
28: B
29: E
30: A
31: D
32: E
33: A
34: A
35: C
36: A
37: E
38: D
39: C
40: D