Questões de Concurso Militar EsFCEx 2010 para Oficial, Magistério Português

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Q246431 Português
Analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta

I. O presente do indicativo expressa situações atemporais.

II. O presente do indicativo não expressa eventos ocorridos no passado.

III. O pretérito perfeito do indicativo expressa o fato passado habitual.
Alternativas
Q246432 Português
Analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. O enunciado "Declaro suspensa esta sessão" só é realmente um ato de fala performativo se as condições de felicidade para seu proferimento forem atendidas.

II. Quando a língua portuguesa toma uma palavra emprestada de outra língua, ela impõe a essa palavra as características fonológicas do português.

III. A metáfora é um fenômeno da linguagem literária o qual não ocorre comumente na linguagem diária.
Alternativas
Q246433 Português
Com relação aos gêneros textuais, podemos afirmar que:
Alternativas
Q246434 Português

Relacione os termos em negrito das orações da segunda coluna  com suas respectivas funções da primeira coluna  e, a seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.


1. conjunção coordenativa aditiva 

2. conjunção coordenativa adversativa 

3. pronome relativo 

4. conjunção subordinativa causal 

5. pronome substantivo mterrogativo

6. preposição 


( ) Que aconteceu ontem à noite?

( ) Você não se lembra da confusão que causou?

( ) Outro, que não eu, aceitará viver assim.

( ) Vamos que vai chover bastante.

( ) Tenho que ficar aqui ate ele chegar.

Alternativas
Q246435 Português
Sobre a diversidade linguistica, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. Os brasileiros, em sua maioria, não sabem português.

II. A língua portuguesa falada no Brasil é homogênea.

III. A gramática normativa não representa a realidade linguística.
Alternativas
Q246436 Português

Relacione os tipos de norma da primeira coluna com suas respectivas características e, a seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

1. norma linguistica 

2. norma padrão 

3. norma culta 


( ) A norma estabilizada, que busca neutralizar a variação e controlar a mudança. 

( ) O uso da língua em situações formais de fala e na escrita, característico de um determinado grupo mais diretamente habituado às atividades de escrita.

( ) O uso comum da língua, característico de um determinado grupo sociocultural.

) Reúne as formas contidas e prescritas pelas gramáticas normativas.

( ) Formas depreendidas da fala de individuas plenamente escolarizados. 

Alternativas
Q246437 Português
Do ponto de vista linguístico, o texto III revela
Alternativas
Q246438 Português
Assinale a alternativa na qual todas as palavras possuem ao menos uma consoante com realização fonética velar.
Alternativas
Q246439 Português
Analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra "V", quando se tratar de afirmativa verdadeira, a letra "F", quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) As aspas garantem que o autor produziu o texto exatamente da forma como está aspeado.

( ) É justamente por causa das diferentes condições de produção da escrita que a modalidade escrita é mais elaborada e mais correta do que a modalidade falada.

( ) A mudança de estrutura sintática possui relevância semântica. Um enunciado na voz passiva apresenta características diferentes de um enunciado na voz ativa, por exemplo.

( ) A retextualização é definida como a passagem do sonoro para o gráfico.

( ) No processo de transformação da fala em escrita, a eventual diminuição do texto pode ser decorrente da regularização linguística e não exclusivamente por seleção de informações mais importantes.
Alternativas
Q246440 Português
Sobre a fala e a escrita, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a altemativa correta,

I. Oralidade e escrita são praticas e uses da língua com características próprias, suficientemente opostas para caracterizar dois sistemas linguísticos dicotônicos.

II, Como todos os povos têm ou tiveram uma tradição oral, a oralidade e mais prestigiosa do que a escrita

III. A escrita não estigmatiza identitariamente grupos ou indivíduos.

Alternativas
Q246441 Português
  Poema I

1.    A minha pátria é como se não fosse, é íntima
2.    Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
3.   É minha pátria. Por isso, no exílio
4.   Assistindo dormir meu filho
5.   Choro de saudades de minha pátria.

6.   Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
7.   Não sei. De fato, não sei
8.   Como, por que e quando a minha pátria
9.   Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
10. Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
11. Em longas lágrimas amargas.

12. Vontade de beijar os olhos de minha pátria
13. De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
14. Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
15. De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
16. E sem meias pátria minha
17. Tão pobrinha!
      (...)
18. Quero rever-te, pátria minha, e para
19. Rever-te me esqueci de tudo
20. Fui cego, estropiado, surdo, mudo
21. Vi minha humilde morte cara a cara
22. Rasguei poemas, mulheres, horizontes
23. Fiquei simples, sem fontes.

24. Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
25. Lábaro não; a minha pátria é desolação
26. De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
      (...)
27. Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
28. Que brinca em teus cabelos e te alisa
29. Pátria minha, e perfuma o teu chão...
30. Que vontade de adormecer-me
31. Entre teus doces montes, pátria minha
32. Atento à fome em tuas entranhas
33. E ao batuque em teu coração.

34. Não te direi o nome, pátria minha
35. Teu nome é pátria amada, é patriazinha
36. Não rima com mãe gentil
37. Vives em mim como uma filha, que és
38. Uma ilha de ternura: a Ilha
39. Brasil, talvez.
     (...)
(Moraes, Vinicius de. Pátria mina).
Vinicius de Moraes tematiza a relação do eu-lírico com a pátria. Assim, relacionando o poema com as proposições de Stuart Hall, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q246442 Português
  Poema I

1.    A minha pátria é como se não fosse, é íntima
2.    Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
3.   É minha pátria. Por isso, no exílio
4.   Assistindo dormir meu filho
5.   Choro de saudades de minha pátria.

6.   Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
7.   Não sei. De fato, não sei
8.   Como, por que e quando a minha pátria
9.   Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
10. Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
11. Em longas lágrimas amargas.

12. Vontade de beijar os olhos de minha pátria
13. De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
14. Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
15. De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
16. E sem meias pátria minha
17. Tão pobrinha!
      (...)
18. Quero rever-te, pátria minha, e para
19. Rever-te me esqueci de tudo
20. Fui cego, estropiado, surdo, mudo
21. Vi minha humilde morte cara a cara
22. Rasguei poemas, mulheres, horizontes
23. Fiquei simples, sem fontes.

24. Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
25. Lábaro não; a minha pátria é desolação
26. De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
      (...)
27. Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
28. Que brinca em teus cabelos e te alisa
29. Pátria minha, e perfuma o teu chão...
30. Que vontade de adormecer-me
31. Entre teus doces montes, pátria minha
32. Atento à fome em tuas entranhas
33. E ao batuque em teu coração.

34. Não te direi o nome, pátria minha
35. Teu nome é pátria amada, é patriazinha
36. Não rima com mãe gentil
37. Vives em mim como uma filha, que és
38. Uma ilha de ternura: a Ilha
39. Brasil, talvez.
     (...)
(Moraes, Vinicius de. Pátria mina).

O eu-lírico descreve a pátria de forma subjetiva. E para isso apresenta várias metáforas nas quais declara seus sentimentos. A este respeito, na linha 17 usa a expressão "Tão pobrinha! ". Sabendo-se que o poeta domina o uso da norma culta, afirma-se corretamente que na estrofe a expressão coloquial serve para:

I. demonstrar a relação íntima que mantém com a pátria.

II. confirmar a ideia de que o Brasil é um país desigual que não dá assistência aos excluídos.

III. declarar de modo carinhoso sua empatia pelos problemas de dependência econômica do Brasil.

IV. reforçar a permanência de traços românticos na poesia brasileira.


Das afirmativas acima, estão corretas, somente:

Alternativas
Q246443 Português
  Poema I

1.    A minha pátria é como se não fosse, é íntima
2.    Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
3.   É minha pátria. Por isso, no exílio
4.   Assistindo dormir meu filho
5.   Choro de saudades de minha pátria.

6.   Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
7.   Não sei. De fato, não sei
8.   Como, por que e quando a minha pátria
9.   Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
10. Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
11. Em longas lágrimas amargas.

12. Vontade de beijar os olhos de minha pátria
13. De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
14. Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
15. De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
16. E sem meias pátria minha
17. Tão pobrinha!
      (...)
18. Quero rever-te, pátria minha, e para
19. Rever-te me esqueci de tudo
20. Fui cego, estropiado, surdo, mudo
21. Vi minha humilde morte cara a cara
22. Rasguei poemas, mulheres, horizontes
23. Fiquei simples, sem fontes.

24. Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
25. Lábaro não; a minha pátria é desolação
26. De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
      (...)
27. Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
28. Que brinca em teus cabelos e te alisa
29. Pátria minha, e perfuma o teu chão...
30. Que vontade de adormecer-me
31. Entre teus doces montes, pátria minha
32. Atento à fome em tuas entranhas
33. E ao batuque em teu coração.

34. Não te direi o nome, pátria minha
35. Teu nome é pátria amada, é patriazinha
36. Não rima com mãe gentil
37. Vives em mim como uma filha, que és
38. Uma ilha de ternura: a Ilha
39. Brasil, talvez.
     (...)
(Moraes, Vinicius de. Pátria mina).
Com base na análise do poema I e nas ideias relacionadas às questões de identidade e literatura nacional, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. Segundo Paul Ricoeur um indivíduo narra a si mesmo através de historias das quais pode extrair a definição de sua própria essência o que se confirma no poema.

II. O poeta oscila entre a sacralização e dessacralização, pois em todo o poema apresenta a adesão à pátria mistificada ao lado de uma visão realista dos problemas.

III. Em se tratando de uma pátria que surgiu no contexto da colonização, é visível a critica aos sistemas totalitários e hegemônicos no poema.

IV. O poeta se opõe aos discursos ufanistas e acríticos sobre a pátria.
Alternativas
Q246444 Literatura
No romance-rapsódia Macunaíma, Mario de Andrade cria uma narrativa épica cujo protagonista pode ser designado como "herói sem nenhum caráter". Sobre este romance, analise as afirmativas abaixo colocando entre parênteses a letra "V", quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra "F", quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) A ausência de caráter apresenta uma crítica pessimista da alma brasileira.

( ) A caracterização do protagonista como anti-herói, marca uma mentalidade cultural com potencial revolucionário.

( ) Constitui um contradiscurso em relação à consistência hegemônica que se firmou ao longo da história nacional.

( ) Integra o espaço, e o referencial mítico maravilhoso e americano.

( ) Pela inversão parodística, o herói civilizado destrona o anti-herói.
Alternativas
Q246445 Literatura
Sobre o romance e suas características, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q246446 Literatura
Texto IV
                          A carta

Ali   andavam entre eles três ou quatro moças, muito  novas  e  muito gentis,  com
cabelos mui pretos e compridos pelas espáduas, e suas vergonhas, tão altas e tão
cerradinhas  e  tão  limpas     das    cabeleiras que, de as muito bem olharmos,  não
tínhamos nenhuma vergonha.

(CAMINHA, Pero Vaz de, In: CASTRO, Sílvio. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. Porto Alegre: L & PM, 1996).

Texto V
                    As meninas da gare

Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinha
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.

(ANDRADE, Oswald de.In: MORICONI, Italo. Os cem melhores poemas do século).
Das leituras dos textos IV e V e com base nas proposições da fase heróica do modernismo brasileiro, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. Oswald de Andrade, através da paródia, critica a retórica da negatividade utilizada por Caminha para descrever os índios.

II. Oswald de Andrade, dialoga com Pero Vaz de Caminha, ao citar a Carta e evocar a descoberta do Brasil como mito da cordialidade.

III. Oswald de Andrade, opera no diapasão modernista, ao desconstruir o discurso etnocêntrico dos colonizadores.

IV. Oswald de Andrade, transforma as indias em meninas da gare, reescrevendo o trecho mais erótico da Carta.
Alternativas
Q246447 Português
Considerando as ideias de Roberto Reis, a respeito do processo de legitimação de obras literárias, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q246448 Português

                   CANTO IV

II

Dormindo estava Paraguaçu formosa,

Onde um claro ribeiro à sombra corre;

Lânguida está, como ela, a branca rosa,

E nas plantas com a calma o vigor morre;

Mas buscando a frescura deleitosa

De um grão maracujá, que ali discorre,

Recostava-se a bela sobre um posto

Que, encobrindo-lhe o mais, descobre o rosto.


III

Respira tão tranqüila, tão serena,

E em langor tão suave adormecida,

Como quem livre de temor, ou pena,

Repousa, dando pausa à doce vida.

Ali passar a ardente sesta ordena

O bravo Jararaca, a quem convida

A frescura do sítio e sombra amada,

E dentro d'água a imagem da latada.


IV

No diáfano reflexo da onda pura

Avistou dentro dágua buliçosa,

Tremulando, a belíssima figura.

Pasma, nem cre que imagem tão formosa

Seja cópia de humana criatura.

E, remirando a face prodigiosa,

Olha de um lado e doutro, e busca atento

Quem seja original deste portento.


V

Enquanto tudo explora com cuidado,

Vai dar cos olhos na gentil donzela;

Fica sem uso dalma arrebatado,

Que toda quanta tem se ocupa em vê-la:

Ambos fora de si, desacordado

Ele mais de observar coisa tão bela,

Ela absorta no sono em que pegara,

Ele encantado a contemplar-lhe a cara.


VI

Quisera bem falar, mas não acerta,

Por mais que dentro em si fazia estudo.

Ela de um seu suspiro olhou desperta;

Ele daquele olhar ficou mais mudo.

Levanta-se a donzela mal coberta,

Tomando a rama por modesto escudo;

Pôs-Ihe os olhos então, porém tão fera,

Como nunca beleza se pudera.


VII

Voa, não corre, pelo denso mato,

A buscar na cabana o seu retiro;

E, indo ele a suspirar, vê num ato,

Em meio ela fugir do seu suspiro.

Nem torna o triste a si por longo trato,

Até que, dando à mágua algum respiro,

Por saber donde habita, ou quem seja ela,

Seguiu voando os passos da donzela.


(DURÃO, Santa Rita. Caramuru. In: CANDIDO, Antonio. Na sala de aula. São Paulo: Editora Ática, 1988).

A partir da análise de Antonio Candido, pode-se compreender o poema como um antagonismo pendular entre movimento e parada.

Neste caso movimento e parada significam, respectivamente.

Alternativas
Q246449 Português

                   CANTO IV

II

Dormindo estava Paraguaçu formosa,

Onde um claro ribeiro à sombra corre;

Lânguida está, como ela, a branca rosa,

E nas plantas com a calma o vigor morre;

Mas buscando a frescura deleitosa

De um grão maracujá, que ali discorre,

Recostava-se a bela sobre um posto

Que, encobrindo-lhe o mais, descobre o rosto.


III

Respira tão tranqüila, tão serena,

E em langor tão suave adormecida,

Como quem livre de temor, ou pena,

Repousa, dando pausa à doce vida.

Ali passar a ardente sesta ordena

O bravo Jararaca, a quem convida

A frescura do sítio e sombra amada,

E dentro d'água a imagem da latada.


IV

No diáfano reflexo da onda pura

Avistou dentro dágua buliçosa,

Tremulando, a belíssima figura.

Pasma, nem cre que imagem tão formosa

Seja cópia de humana criatura.

E, remirando a face prodigiosa,

Olha de um lado e doutro, e busca atento

Quem seja original deste portento.


V

Enquanto tudo explora com cuidado,

Vai dar cos olhos na gentil donzela;

Fica sem uso dalma arrebatado,

Que toda quanta tem se ocupa em vê-la:

Ambos fora de si, desacordado

Ele mais de observar coisa tão bela,

Ela absorta no sono em que pegara,

Ele encantado a contemplar-lhe a cara.


VI

Quisera bem falar, mas não acerta,

Por mais que dentro em si fazia estudo.

Ela de um seu suspiro olhou desperta;

Ele daquele olhar ficou mais mudo.

Levanta-se a donzela mal coberta,

Tomando a rama por modesto escudo;

Pôs-Ihe os olhos então, porém tão fera,

Como nunca beleza se pudera.


VII

Voa, não corre, pelo denso mato,

A buscar na cabana o seu retiro;

E, indo ele a suspirar, vê num ato,

Em meio ela fugir do seu suspiro.

Nem torna o triste a si por longo trato,

Até que, dando à mágua algum respiro,

Por saber donde habita, ou quem seja ela,

Seguiu voando os passos da donzela.


(DURÃO, Santa Rita. Caramuru. In: CANDIDO, Antonio. Na sala de aula. São Paulo: Editora Ática, 1988).

Neste conto Caramuru, que Antonio Candido denomina como "Sono de Paraguaçu", encontramos a polarização entre os momentos de guerra e os momentos de paz, transfigurada simbolicamente na cena indílica. Nesse contexto, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I - O sono da índia se dá em um típico locus amoenus, o que é , ao mesmo tempo, espaço pitoresco americano e lugar idealizado nas literaturas de inspiração clássica.

II - Trata-se de uma situação plátonica, onde a perfeição da realidade é vista através de seu reflexo imperfeito.

III - O encontro dos amantes anuncia a guerra entre Caramuru, o invasor, e o bravo guerreiro , Jararaca, futuro esposo de Paraguaçu.
Alternativas
Q246450 Português
"Porque cada conto traz um componente selado com sua origem: a da estória. E com o modo de se contar a estória: é uma forma breve. E com o modo pelo qual se constrói este seu jeito de ser, economizando meios narrativos, mediante contração de impulsos, condensação de recursos, tensão das fibras do narrar. (...) Além disso, são modos peculiares de uma época da história. (...) Como são também modos peculiares de uma face ou de uma fase da produção desse contista, num tempo determinado, num determinado país." (GOTLIB, Nadia. Teoria do conto. p. 82).

Na antologia que organizou, Italo Moriconi apresenta um painel sobre o conto brasileiro, utilizando critérios de delimitação temporal por décadas. Nesse sentido, sobre a contística brasileira, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. Ana Cristina César e Adelia Prado são poetisas que, nos anos 70, romperam barreiras e optaram também pela escrita de narrativas curtas.

II. Os contos publicados nos anos 60 apresentam uma exacerbação do viés erótico e da temática do corpo.

III. Os anos 90 mostram um esgotamento da contística, que se volta para uma revisitação das formas do passado.

IV. A década de 70 foi a década do conto, com intensa produção de autores que apresentavam domínio da técnica narrativa e agilidade na escrita.
Alternativas
Respostas
21: A
22: D
23: D
24: E
25: C
26: E
27: B
28: B
29: C
30: C
31: C
32: A
33: D
34: A
35: C
36: B
37: A
38: E
39: A
40: B