Questões de Concurso Militar CIAAR 2023 para Capelão - Sacerdote Católico Apostólico Romano

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Q2196861 Teologia
O símbolo niceno-constantinopolitano inicia com o enunciado fundamental: “Creio em um só Deus, Pai onipotente, artífice do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis” (DH 150). 
CONCÍLIO DE CONSTANTINOPLA. Símbolo da fé constantinopolitano. In: DENZINGER, Heinrich; HÜNERMANN, Peter (org.). Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral. Tradução de José Marino Luz e Johan Konings. São Paulo: Paulinas: Loyola, 2007. p. 66-67
Por esse enunciado do Compêndio dos Símbolos, definições e declarações de fé e moral, mais conhecido como Denzinger – Hünermann (DH), compreende-se que a fé cristã não é um pronunciamento sobre o mundo, mas sobre Deus como realidade pessoal. Crer em Deus implica ter fé em sua existência e em sua ação livre, soberana. À luz desta fé pessoal em Deus, o ser humano pode se referir ao mundo na sua qualidade de criado.
As opções a seguir estão correlacionadas ou são interpretações do enunciado acima, exceto
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Q2196862 Teologia
São exemplos de heresias trinitárias:
Alternativas
Q2196863 Teologia
“A Trindade é a comunhão de Pessoas Divinas que existem uma para a outra, uma com a outra, uma pela outra, uma na outra. Esta comunhão é a vida de Deus, o mistério de amor do Deus vivo. E foi Jesus quem nos revelou este mistério” (Papa Francisco).
A respeito da teologia trinitária, analise as assertivas abaixo.

I. É um princípio unitário da teologia trinitária o fato de que ad extra do mistério de Deus, todas as ações das pessoas são comuns, exceção feita para o mistério da Paixão e morte de Jesus, o qual foi entregue à morte pelo Pai e experimentou a estranheza do Pai e do Espírito Santo que o abandonaram.
II. A Santíssima Trindade é o mistério central da fé cristã. Embora no Antigo Testamento tenha vestígios deste mistério, a plena revelação da Santíssima Trindade se deu com a revelação de Jesus Cristo. Ele é a imagem do Deus invisível e somente nele o homem tem pleno acesso ao mistério de Deus em si mesmo.
III. A distinção real das pessoas da Trindade reside unicamente nas interrelações: o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, e o Espírito Santo aos dois. Quando se fala das três pessoas, considerando as relações, crê-se, todavia, em uma só natureza ou substância, a divina. Pois tudo é uno (nelas) lá onde não se encontra a oposição de relação.
IV. “Pai”, “Filho” e “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino. As Pessoas divinas são realmente distintas entre si. Deus é único, mas não solitário. A Unidade divina é Trina. Chegamos ao mistério de Deus através da história da salvação, mas, ao mesmo tempo, a exigência de esclarecer esse mistério vem da própria historia salutis, que ficaria sem fundamento sem essa consideração do que é Deus em si mesmo.

Sobre as assertivas acima, é correto afirmar que
Alternativas
Q2196864 Teologia
A reflexão cristológica presente no Novo Testamento oferece um retrato bastante completo e significativo acerca do mistério que a Pessoa de Jesus Cristo encerra. A respeito desta cristologia, informe verdadeiro (V) ou falso (F) para as assertivas abaixo e, em seguida, marque a opção que apresenta a sequência correta.

( ) A cristologia do Kerigma primitivo é decididamente uma cristologia funcional e seu centro é a ressurreição de Jesus. No kerigma são ressaltadas as ações e gestos de Jesus (milagres) e a ação de Deus em favor do seu Filho. A ressurreição indica o ingresso de Jesus no estado escatológico e sua exaltação como Senhor.
( ) O ponto alto da cristologia do Novo Testamento é o prólogo do evangelho segundo João. O evangelista parte da eternidade e da preexistência do Filho junto do Pai; para, em seguida, afirmar a sua encarnação: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus [...] E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,1.14a).
( ) No Novo Testamento temos uma pluralidade de cristologias, uma vez que um é o Jesus histórico e outro é o Cristo da fé. Uma coisa é a soteriologia e outra coisa é a cristologia. A pluralidade de cristologias revela o modo uniforme dos autores sagrados se aproximarem do mistério de Jesus Ressuscitado e comunicá-lo às suas Comunidades.
( ) A cristologia do Kerigma primitivo constitui a primeiríssima compreensão que os Apóstolos e a comunidade primitiva tiveram do mistério de Cristo. Tal cristologia parte do alto, ou seja, da divindade para a humanidade de Jesus. O discurso de Pedro no dia de Pentecostes (At 2,14-39), é paradigmático de todo discurso missionário da Igreja Primitiva. 
Alternativas
Q2196865 Teologia
Uma reflexão cristológica elaborada a partir dos títulos aplicados a Jesus no Novo Testamento tem sua importância e o seu significado. A respeito desses títulos, informe verdadeiro (V) ou falso (F) para as assertivas abaixo e, em seguida, marque a opção que apresenta a sequência correta.

( ) Para o evangelista Marcos, a Cruz de Cristo é o locus theologicus privilegiado para o reconhecimento de Jesus como o “Cristo”, o “Filho de Deus”. Porém, considerando que os destinatários do evangelho de Marcos são cristãos provenientes do paganismo, um mundo cultural acostumado com homens gloriosos e divinizados, a plena compreensão de Jesus, como Messias e Filho de Deus, só se dará no fim, com sua Paixão, Morte e Ressurreição, como bem ressaltou o centurião que, vendo o modo como Jesus morria, disse: “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus” (Mc 15,39b).
( ) Quanto ao título “Filho de Deus e Messias”, Jesus nunca disse, de própria iniciativa, “eu sou o Filho de Deus” ou “eu sou o Messias”. E, no evangelho segundo Marcos, quando Jesus pergunta a respeito de sua identidade e Pedro responde: “Tu és o Cristo” (Mc 8, 29), Ele adverte aos discípulos para não falarem a ninguém a este respeito e faz o primeiro anúncio da Sua Paixão. A reserva de Jesus a esse título deve-se ao fato desse estar eivado de uma forte conotação política e triunfante. No seu tradicional significado, esse título não era adequado para exprimir a verdadeira identidade de Jesus.
( ) “Filho do Homem” é outro título que goza de amplo significado metafórico no Antigo Testamento, ora indicando simplesmente uma maneira redundante de falar de si mesmo: todo homem é um “filho do homem”, ora indicando um “personagem celeste” (Dn 7,13). No entanto, ao usar esse título, Jesus o aplicou a si mesmo ou a outrem? Grande parte dos exegetas afirma que o fato de, na tradição sinótica, este título se encontrar exclusivamente nos ditos nos quais Jesus fala de si mesmo, é um indicativo de que o Jesus da história utilizou este título em primeira pessoa, referindo-se ora à sua condição humana, ora à sua condição de personagem celeste na linha de Daniel 7.
( ) No que diz respeito à importância dada aos títulos cristológicos atribuídos a Jesus, faz-se necessário distinguir os diferentes níveis de significados que alguns títulos assumem no Antigo Testamento. Por exemplo, o título “Filho de Deus” tem um amplo significado metafórico no Antigo Testamento, indicando: “o povo eleito por Deus”, “o Rei Davi” como representante de Deus diante do povo, as “pessoas justas e piedosas diante de Deus”. Contudo, quando este título “Filho de Deus” vem aplicado a Jesus no Novo Testamento é preciso estar atento para saber se tem mero significado metafórico vetero-testamentário, ou se tal título se eleva a um significado ontológico, indicando a própria filiação divina eterna de Jesus.
Alternativas
Respostas
21: B
22: D
23: A
24: A
25: C