Questões Militares de Português - Funções morfossintáticas da palavra SE
Foram encontradas 24 questões
Ano: 2012
Banca:
Marinha
Órgão:
COLÉGIO NAVAL
Prova:
Marinha - 2012 - COLÉGIO NAVAL - Aluno - 2° Dia |
Q615066
Português
Texto associado
TEXTO I
Felicidade suprema
Ás vezes vale a pena pensar sobre a vida. Não sobre o que
temos ou não consumido, tampouco a respeito do que fizemos
ou deixamos de fazer. São aspectos factuais que, mais do que
ajudar em uma reflexão mais profunda, tornam-se barreiras ao
pensamento abstrato, aquele em que vamos encontrar as verdadeiras
significações. Chegamos quase à ideia de Platão, mas
aí já o terreno é extremamente perigoso e podemos nos enredar .
Tentar entender o que é a felicidade talvez seja um dos
caminhos para se chegar ao sentido da vida. É um assunto
para o qual não há dona de álbum de pensamentos que não
tenha uma resposta pronta: a felicidade não existe. Existem
momentos felizes. Essa é uma verdade chocantemente inofensiva,
pois não chega a pensar o que seja a felicidade como
também não esclarece o que são tais momentos felizes.
Pois bem, o assunto me ocorre ao me lembrar de que vivemos
em uma sociedade excessivamente consumista, sociedade em
que a maioria considera-se feliz se pode comprar. Assim é o
.capitalismo: entranha-se em nossa consciência essa aparência
de verdade fazendo parecer que os interesses de alguns sejam
verdades inquestionáveis. O que é bom para mim tem de ser
bom para todos. Isso tem o nome de ideologia, palavra tão
surrada quão pouco entendida. E haja propaganda para que a
máquina continue girando. Não sou contra o consumo, declaro
desde já, mas contra o consumismo. Elevar o consumo de bens
materiais (principalmente) como o bem supremo de um ser humano
é tirar-lhe toda a humanidade.
[. . .]
Schopenhauer, filósofo do século XIX, já vislumbrava
nossa época, a sociedade do consumismo desenfreado. Ele
afirmava que o desejo é a regência do mundo. E que desejamos
o que não temos. Portanto, somos infelizes. E se o desejo ê
satisfeito com a obtenção de seu objeto, novos objetos
surgem em seu caminho. Esta insaciabilidade do ser humano é
que o vai manter preso à infelicidade.
Bem, e a que chegamos? Enquanto alguém que circule melhor
do que eu pela filosofia, que mal tangendo como curioso,
vou continuar pensando que a vida não tem sentido, apenas
existência. E isso, um pouco à maneira do Alberto Caeiro,
para quem pensar é estar doente.
Menalton Braff, em www.cartacapital.com.br - acesso em 22
fev. 2012. (adaptado)
Assinale a opção correta a respeito dos termos destacados em
"[...] sociedade em que a maioria considera-se feliz se pode
comprar." (3°§-texto I)
Q606088
Português
Considere as frases abaixo retiradas do
texto:
I – “Não se sentia bem." – linha 3 (pronome reflexivo)
II – “- E como pretende o senhor conseguir um lugar num hotel, se não tem documentos?" - linhas 16-17 (partícula apassivadora)
III – “- Eu nem sei se o senhor vai pagar a conta ou não!" – linhas 18 -19 (conjunção subordinativa condicional)
IV – “Se eu fosse amigo de algum político influente..." – linhas 31-32 (advérbio)
De acordo com as classificações sugeridas, entre parênteses, para as palavras em destaque, assinale a opção correta.
I – “Não se sentia bem." – linha 3 (pronome reflexivo)
II – “- E como pretende o senhor conseguir um lugar num hotel, se não tem documentos?" - linhas 16-17 (partícula apassivadora)
III – “- Eu nem sei se o senhor vai pagar a conta ou não!" – linhas 18 -19 (conjunção subordinativa condicional)
IV – “Se eu fosse amigo de algum político influente..." – linhas 31-32 (advérbio)
De acordo com as classificações sugeridas, entre parênteses, para as palavras em destaque, assinale a opção correta.
Q500075
Português
Marque a alínea cuja palavra destacada seja considerada partícula apassivadora:
Ano: 2014
Banca:
CRS - PMMG
Órgão:
PM-MG
Prova:
CRS - PMMG - 2014 - PM-MG - Aspirante da Polícia Militar - 08/2013 |
Q420178
Português
Texto associado
Diário de um fescenino
Rubem Fonseca
1º. de janeiro
Decidi, neste primeiro dia do ano, escrever um diário. Não sei que razões me levaram a isso. Sempre me interessei pelos diários dos outros, mas nunca pensei em escrever um. Talvez depois de considerá-lo terminado quando?, que dia? - eu o rasgue, como fiz com um romance epistolar, ou o deixe na gaveta, para, depois de morto, os outros - nem sei quem serão, pois não tenho herdeiros - resolverem o que fazer com ele. Ou, então, pode ser que eu o publique.
"O bom diarista", disse Virginia Woolf, "é aquele que escreve para si apenas ou para uma posteridade tão distante que pode sem risco ouvir qualquer segredo e corretamente avaliar cada motivo. Para esse público não há necessidade de afetação ou restrição." Não me imporei restrições, porém sei que estarei sendo influenciado de várias maneiras, ao considerar a hipótese de ser lido pelos meus contemporâneos. Os autores de diários, qualquer que seja sua natureza íntima ou anedótica, sempre escrevem para serem lidos, mesmo quando fingem que ele é secreto. O Samuel Pepys, que codificou o seu diário, deixou pistas para ser decifrado.
Nesse gênero literário, o autor fala sozinho numa, espécie de solilóquio. Aqui, porém, não apenas a minha voz, a do protagonista, será ouvida, mas também as dos outros, deuteragonistas e tritagonistas. (Podem me chamar de pedante, mas que nomes posso atribuir a esses outros, a partir do momento em que me denominei protagonista?) Confesso que, ao realizar essa tarefa, pretendo me exercitar na técnica de escrever em forma dialogada. Há escritores, talvez eu seja um deles, que têm um certo preconceito contra o uso freqüente de falas para descrever interações entre dois ou mais personagens. O teatro não pode prescindir do diálogo e o cinema pode contar alguma coisa sem usar diálogos graças ao close e outros truques de câmera, no entanto o que o cinema pode nos dizer com imagens nunca tem a mesma riqueza de significados da narrativa literária. Acho que fiz todos os meus livros de ficção sem diálogos por não os ter usado no primeiro que escrevi, que fez aquele sucesso todo. Tentei repetir o mesmo formato. Mas aqui pretendo contar o que acontece usando diálogos. Tentarei reproduzir fielmente as expressões verbais de meus interlocutores. Ao fim do dia, após digitar os diálogos junto com uma descrição sucinta do cenário e das circunstâncias em que eles ocorreram, arquivarei tudo na memória do meu computador. Talvez escapem gestos ou falas importantes, elipses estas que resultarão de preguiça e algum desleixo; e, por outro lado, é provável que eu inclua ações e alocuções inúteis.
Os verbetes referentes a diários, journals e similares enchem várias páginas de qualquer enciclopédia. Os limites classificatórios desses textos são vagos. Numa firula taxinômica eu diria que não podem ser considerados diários, como muitos o fazem, o A JournalofthePlagueYear, do Defoe, ou o Diário de um sedutor, do SorenKierkegaard, que mais me parece um romance epistolar, assim como as Confissões, de Santo Agostinho, ou as Confissões de um comedor de ópio, do de Quincey, que devem ser rotulados como literatura confessional. Quatro exemplos apenas, em uma miríade possível.
Texto extraído do livro “Diário de um fescenino”, Cia. das Letras - Rio de Janeiro, 2003, pág. 11.
Quanto ao uso de pronomes, marque a alternativa em que o pronome SE corresponde à partícula apassivadora.
Ano: 2013
Banca:
FUNIVERSA
Órgão:
PM-DF
Provas:
FUNIVERSA - 2013 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar - Combatente
|
FUNIVERSA - 2013 - PM-DF - Soldado - Músico |
FUNIVERSA - 2013 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar - Corneteiro |
Q314441
Português
Dado o desenvolvimento das ideias no trecho de texto acima, é correto afirmar que a partícula “Se”, que inicia o segundo período,