Questões do Enem Sobre desigualdades de raça, classe e gênero em sociologia

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Q3160625 Sociologia
       Primeiro de dezembro de 1955. Rosa Parks, uma costureira negra norte-americana se recusa a ceder o lugar a um homem branco nos Estados Unidos. Foi durante uma viagem de ônibus no estado do Alabama, região sudeste do país. Ela acabou presa.
     As primeiras filas de assentos nos ônibus eram reservadas para os passageiros brancos. Por lei, os negros tinham que ocupar os lugares de trás nos transportes coletivos.

Disponível em: http://radioagencianacional.ebc.com.br. Acesso em: 7 dez. 2017.


Esse ato individual ganhou repercussão nacional e colaborou decisivamente para
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Q3160605 Sociologia
A dona de casa está investida de todos os tipos de função. Primeiramente, dar à luz e criar filhos e, a partir do momento em que sabem andar, acompanharem-na por toda a parte. A mulher e seus filhos são figuras familiares profusamente reproduzidas pela iconografia da época. Segunda função: a manutenção da família, as “tarefas domésticas”, expressão que tem um sentido muito amplo, incluindo a alimentação, a educação, a limpeza da casa etc. A sociedade do século XIX não poderia crescer e se reproduzir sem a contribuição dessas mulheres.

PERROT, M. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. São Paulo: Paz e Terra, 1992 (adaptado).

A condição social, discutida no texto, demonstra que a ordem burguesa tinha como pressuposto a
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Q3160595 Sociologia
TEXTO I

     Fazendeiro branco, escravo negro: a imagem icônica produz a ilusão de que a escravidão moderna foi um sistema de dominação racial. De fato, porém, foi um sistema econômico. A escravidão acompanhou a humanidade durante milênios. Nas mais diferentes sociedades, inclusive na África, gente de todas as cores escravizou gente de todas as cores. O capitalismo mercantil acelerou a produção e o comércio de incontáveis mercadorias — e, também, de escravos. Na sua moldura, o tráfico atlântico forneceu africanos escravizados para as Américas.

MAGNOLI, D. Uma ilusão de cor. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 9 nov. 2021 (adaptado).


TEXTO II

    O que nasceu primeiro, a escravidão ou o racismo? O tema é complexo, mas há consenso de que o racismo estrutural na Afro-América é consequência da escravidão atlântica. No Brasil, o racismo foi inscrito na própria linguagem, que definia o comércio de escravizados como tráfico “negreiro” e qualificava a maioria de livres não brancos como pessoas “de cor”. Existiam como sujeitos racializados mesmo quando conseguiam ter acesso a algum capital econômico e simbólico para lutar contra o racismo, até mesmo quando se tornavam senhores (ou senhoras) de escravos.

MATTOS, H. O negacionismo como erudição. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 9 nov. 2021 (adaptado).


No Texto II, o posicionamento crítico ao argumento presente no Texto I sobre a relação entre escravidão africana e racismo na América colonial baseia-se no seguinte aspecto:
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Q2546470 Sociologia
Nas Antilhas, o jovem negro que, na escola, não para de repetir “nossos pais, os gauleses”, identifica-se com o explorador, com o civilizador, com o branco que traz a verdade aos selvagens, uma verdade toda branca. Há identificação, isto é, o jovem negro adota subjetivamente uma atitude de branco. Ele carrega o herói, que é branco, com toda a sua agressividade — a qual, nessa idade, assemelha-se estreitamente a uma dádiva: uma dádiva carregada de sadismo.


FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Edufba, 2008.


A reflexão do autor sobre o processo de socialização apresentado no texto expõe qual elemento constituidor das relações sociais?

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Q2543036 Sociologia
Se por um lado podemos falar de certa “influência” do feminismo nas organizações de esquerda armada a partir da admissão das mulheres nessas organizações, e de sua efetiva participação, muitas vezes de armas na mão, nos eventos, além de sua prisão, tortura e desaparecimento, por outro lado, a impressão que temos ao ler os relatos ou ouvir os testemunhos das pessoas entrevistadas é que uma “consciência feminista” apenas se deu nessas mulheres num momento posterior. Como se o contato com os movimentos e literatura feministas no exílio ou após 1975, com o Ano da Mulher instituído pela Organização das Nações Unidas, desse a tais mulheres palavras para expressar o que antes seria um sentimento difuso diante daquilo que lhes acontecia no cotidiano.

WOLFF, C. S. Feminismo e configurações de gênero na guerrilha: perspectivas comparativas no Cone Sul, 1968-1985. Revista Brasileira de História, n. 54, 2007.


Para as mulheres apresentadas no texto, a reflexão sobre a perspectiva feminista proporcionou o(a)
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Q1983437 Sociologia

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O ápice da ilustração se traduz por uma conduta social caracterizada pela 
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Q1983428 Sociologia

TEXTO I



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TEXTO II


    É como se os problemas fossem criados pela pandemia quando, em verdade, isso só demonstra o quanto eles sofrem uma tentativa de serem naturalizados. Eles estavam lá, empurrados para debaixo de vários tapetes. Diversos levantamentos realizados indicam que parcela significativa dos estudantes não têm acesso à internet em suas casas, não têm computadores; têm celulares, mas com pacotes baratos que não permitem assistir a todas as aulas. E, caso tenham celulares e dados, pergunta-se: É possível elaborar um texto no celular? É possível interagir na aula remota pelo celular?


 ASSIS, A. E. S. Q. Educação e pandemia. Educação em Revista, n. 37, 2021 (adaptado).



A crítica contida no texto e na figura evidencia o seguinte aspecto da sociedade contemporânea:

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Q1689114 Sociologia
Em escala, o negro é o negro retinto, o mulato já é o pardo e como tal meio branco, e se a pele é um pouco mais clara, já passa a incorporar a comunidade branca. A forma desse racismo no Brasil decorre de uma situação em que a mestiçagem não é punida, mas louvada. Com efeito, as uniões inter-raciais, aqui, nunca foram tidas como crime ou pecado. Nós surgimos, efetivamente, do cruzamento de uns poucos brancos com multidões de mulheres índias e negras.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2004 (adaptado).
Considerando o argumento apresentado, a discriminação racial no Brasil tem como origem
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Q1689075 Sociologia
As canções dos escravos tornaram-se espetáculos em eventos sociais e religiosos organizados pelos senhores e chegaram a ser cantadas e representadas, ao longo do século XIX, de forma estereotipada e depreciativa, pelos blackfaces dos Estados Unidos e Cuba, e pelos teatros de revista do Brasil. As canções escravas, sob a forma de cakewalks ou lundus, despontavam frequentemente no promissor mercado de partituras musicais, nos salões, nos teatros e até mesmo na nascente indústria fonográfica — mas não necessariamente seus protagonistas negros. O mundo do entretenimento e dos empresários musicais atlânticos produziu atraentes diversões dançantes com base em gêneros e ritmos identificados com a população negra das Américas.
ABREU, M. O legado das canções escravas nos Estados Unidos e no Brasil: diálogos musicais no pós-abolição. Revista Brasileira de História, n. 69, jan.-jun. 2015.
A absorção de elementos da vivência escrava pela nascente indústria do lazer, como demonstrada no texto, caracteriza-se como
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Q1669945 Sociologia

Nas últimas décadas, uma acentuada feminização no mundo do trabalho vem ocorrendo. Se a participação masculina pouco cresceu no período pós-1970, a intensificação da inserção das mulheres foi o traço marcante. Entretanto, essa presença feminina se dá mais no espaço dos empregos precários, onde a exploração, em grande medida, se encontra mais acentuada.


NOGUEIRA, C. W. As trabalhadoras do telemarketing: uma nova divisão sexual do trabalho?

In ANTUNES, R, et al. Infoproletários degradação real do trabalho virtual.

São Paulo. Bomtempo, 2009.


A transformação descrita no texto tem sido insuficiente para o estabelecimento de uma condição de igualdade de oportunidade em virtude da(s)

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Q957431 Sociologia

Num país que conviveu com o trabalho escravo durante quatro séculos, o trabalho doméstico é ainda considerado um subemprego. E os indivíduos que atuam nessa área são, muitas vezes, vistos pelos patrões como um mal necessário: é preciso ter em casa alguém que limpe o banheiro, lave a roupa, tire o pó e arrume a gaveta. Existe uma inegável desvalorização das atividades domésticas em relação a outros tipos de trabalho.

RANGEL, C. Domésticas: nascer, deixar, permanecer ou simplesmente estar. In: SOUZA, E. (Org.). Negritude, cinema e educação. Belo Horizonte: Mazza, 2011 (adaptado).


Objeto de legislação recente, o enfrentamento do problema mencionado resultou na

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Q947464 Sociologia

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O anúncio publicitário da década de 1940 reforça os seguintes estereótipos atribuídos historicamente a uma suposta natureza feminina:

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Q876353 Sociologia

No Brasil, assim como em vários outros países, os modernos movimentos LGBT representam um desafio às formas de condenação e perseguição social contra desejos e comportamentos sexuais anticonvencionais associados à vergonha, imoralidade, pecado, degeneração, doença. Falar do movimento LGBT implica, portanto, chamar a atenção para a sexualidade como fonte de estigmas, intolerância, opressão.

SIMÕES, J. Homossexualidade e movimento LGBT: estigma, diversidade e cidadania. In: BOTELHO, A.; SCHWARCZ, L. M. Cidadania, um projeto em construção. São Paulo: Claro Enigma, 2012 (adaptado).


O movimento social abordado justifica-se pela defesa do direito de

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Q876346 Sociologia

O racismo institucional é a negação coletiva de uma organização em prestar serviços adequados para pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica. Pode estar associado a formas de preconceito inconsciente, desconsideração e reforço de estereótipos que colocam algumas pessoas em situações de desvantagem.

GIDDENS,A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado).


O argumento apresentado no texto permite o questionamento de pressupostos de universalidade e justifica a institucionalização de políticas antirracismo. No Brasil, um exemplo desse tipo de política é a

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Q745497 Sociologia

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Na imagem, o autor procura representar as diferentes gerações de uma família associada a uma noção consagrada pelas elites intelectuais da época, que era a de

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Q745485 Sociologia

      O Movimento Negro Unificado (MNU) distingue-se do Teatro Experimental do Negro (TEN) por sua crítica ao discurso nacional hegemônico. Isto é, enquanto o TEN defende a plena integração simbólica dos negros na identidade nacional “híbrida”, o MNU condena qualquer tipo de assimilação, fazendo do combate à ideologia da democracia racial uma das suas principais bandeiras de luta, visto que, aos olhos desse movimento, a igualdade formal assegurada pela lei entre negros e brancos e a difusão do mito de que a sociedade brasileira não é racista teriam servido para sustentar, ideologicamente, a opressão racial.

COSTA, S. Dois Atlânticos: teoria social, antirracismo, cosmopolitismo. Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).

No texto, são comparadas duas organizações do movimento negro brasileiro, criadas em diferentes contextos históricos: o TEN, em 1944, e o MNU, em 1978. Ao assumir uma postura divergente da do TEN, o MNU pretendia 

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Q745467 Sociologia

A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9.394/1996, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e parao Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

                                                                               Brasilia:Ministério da Educação, 2005.

A alteração legal no Brasil contemporâneo descrita no texto é resultado do processo de 

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Q718868 Sociologia

A democracia deliberativa afirma que as partes do conflito político devem deliberar entre si e, por meio de argumentação razoável, tentar chegar a um acordo sobre as políticas que seja satisfatório para todos. A democracia ativista desconfia das exortações à deliberação por acreditar que, no mundo real da política, onde as desigualdades estruturais influenciam procedimentos e resultados, processos democráticos que parecem cumprir as normas de deliberação geralmente tendem a beneficiar os agentes mais poderosos. Ela recomenda, portanto, que aqueles que se preocupam com a promoção de mais justiça devem realizar principalmente a atividade de oposição crítica, em vez de tentar chegar a um acordo com quem sustenta estruturas de poder existentes ou delas se beneficia.

YOUNG, I. M. Desafios ativistas à democracia deliberativa. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 13, jan.-abr. 2014.

As concepções de democracia deliberativa e de democracia ativista apresentadas no texto tratam como imprescindíveis, respectivamente,

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Q718851 Sociologia

                        


TEXTO II

                   Metade da nova equipe da Nasa é composta por mulheres

      Até hoje, cerca de 350 astronautas americanos já estiveram no espaço, enquanto as mulheres não chegam a ser um terço desse número. Após o anúncio da turma composta 50% por mulheres, alguns internautas escreveram comentários machistas e desrespeitosos sobre a escolha nas redes sociais.

                       Disponível em: https://catracalivre.com.br. Acesso em: 10 mar. 2016

A comparação entre o anúncio publicitário de 1968 e a repercussão da notícia de 2016 mostra a
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Q887676 Sociologia

A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão social, e frequentemente procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a música e a dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o samba, e dança, sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos negros até recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e arrogâncias de poucos correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos.

CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).


Em relação ao argumento de que no Brasil existe uma democracia racial, o autor demonstra que

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Respostas
1: B
2: C
3: A
4: B
5: D
6: B
7: A
8: D
9: D
10: B
11: B
12: B
13: E
14: C
15: E
16: B
17: B
18: C
19: D
20: D