Questões de Vestibular Sobre uso dos conectivos em português
Foram encontradas 384 questões
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Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
SÃO CAMILO
Prova:
VUNESP - 2019 - SÃO CAMILO - Processo Seletivo - 2º Semestre de 2019 - Medicina |
Q1798228
Português
Texto associado
Leia a crônica de Ruy Castro para responder à questão.
Como um tumor
Cientistas da Universidade de Hiroshima, no Japão, criaram uma rã transparente, cujas intimidades ficam expostas e
podem ser perfeitamente observadas pelo lado de fora. Com
isso, salvaram-se gerações inteiras de rãs, porque os cientistas não precisarão mais dissecá-las para saber como reagem
às substâncias que eles vivem lhes injetando. Outra vantagem é a de que poderão acompanhar uma rã por todo o seu
ciclo de vida — o ciclo de vida da rã, claro, não dos cientistas.
Para chegar à rã transparente, os japoneses, craques em
engenharia genética, levaram anos cruzando exemplares de
rãs albinas. E agora partiram para aperfeiçoá-la: vão fazer
com que qualquer corpo estranho que apareça dentro da rã
se acenda. Um tumor, por exemplo.
Já no Marrocos, também nesta semana, os cientistas da
Universidade de Rabat conseguiram com que um pato nascesse no ovo de uma galinha. Se isso lhe parece meio mixo
(afinal, no mesmo dia, em Recife, uma avó deu à luz seus
próprios netos, lembra-se?), saiba que a proeza marroquina
é considerada mais importante, pelo fato de os palmípedes e
os galináceos constituírem famílias diferentes.
Por coincidência, é o que se está discutindo em Brasília
nos últimos dias: um político gerado num ovo destinado a
palmípedes pode se baldear no meio do mandato para o terreiro dos galináceos, por ver neste mais oportunidades para
ciscar? Em princípio, não. Mas e se o eleitor só quiser saber
do pinto ou do pato, e não do ovo de onde ele saiu?
Essas mudanças nunca são de graça. Assim, sugiro convocar os japoneses para cruzar nossos políticos com as rãs
albinas e, com isso, criar políticos transparentes. Quando
um deles recebesse um corpo estranho — uma propina, por
exemplo —, esse corpo se acenderia. Como um tumor.
(Crônicas para ler na escola, 2010.)
“Com isso, salvaram-se gerações inteiras de rãs, porque
os cientistas não precisarão mais dissecá-las para saber
como reagem às substâncias que eles vivem lhes injetando.”
(1°
parágrafo)
Preservando o sentido original, a palavra sublinhada pode ser substituída por
Preservando o sentido original, a palavra sublinhada pode ser substituída por
Q1798112
Português
Considere as seguintes sugestões de
substituição de nexos.
I - Substituição de Talvez (l. 18) por Pode ser que. II - Substituição de quando (l. 28) por no momento em que. III- Substituição de e (l. 52) por mas precedido de vírgula.
Quais preservariam o sentido e a correção do segmento do texto em que ocorrem?
I - Substituição de Talvez (l. 18) por Pode ser que. II - Substituição de quando (l. 28) por no momento em que. III- Substituição de e (l. 52) por mas precedido de vírgula.
Quais preservariam o sentido e a correção do segmento do texto em que ocorrem?
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
SÃO CAMILO
Prova:
VUNESP - 2019 - SÃO CAMILO - Processo Seletivo - 1º Semestre de 2020- Medicina Prova II |
Q1797646
Português
Texto associado
Leia o texto de Caio Prado Júnior para responder à questão.
De tudo se trata, pode-se dizer, ou se tem tratado na “filosofia”, e até os mesmos assuntos, ou aparentemente os mesmos, são considerados em perspectivas de tal modo apartadas uma das outras que não se combinam e entrosam entre
si, tornando-se impossível contrastá-las. Para alguns, essa
situação é não apenas normal, mas plenamente justificável. A
filosofia seria isso mesmo: uma especulação infinita e desregrada em torno de qualquer assunto ou questão, ao sabor de
cada autor, de suas preferências e mesmo de seus humores.
Há mesmo quem afirme não caber à filosofia “resolver”, e
sim unicamente sugerir questões e propor problemas, fazer
perguntas cujas respostas não têm maior interesse, e com o
fim unicamente de estimular a reflexão, aguçar a curiosidade.
E já se afirmou até que a filosofia não passava de uma ginástica do pensamento, entendendo por isso o simples exercício
e adestramento de uma função — no caso, o pensamento em
vez dos músculos, sem outra finalidade que essa.
Apesar, contudo, de boa parte da especulação filosófica,
particularmente em nossos dias, parecer confirmar tal ponto
de vista, ele certamente não é verdadeiro. Há sem dúvida um
terreno comum onde a filosofia, ou aquilo que se tem entendido como tal, se confunde com a literatura (no bom sentido,
entenda-se bem) e não objetiva realmente conclusão alguma,
destinando-se tão somente, como toda literatura, a par do entretimento que proporciona, levar aos leitores ou ouvintes, a
partir destes centros condensadores da consciência coletiva
que são os profissionais do pensamento, levar-lhes impressões e estados de espírito, emoções e estímulos, dúvidas e
indagações. Mas esse terreno que a filosofia, ou pelo menos
aquilo que se tem entendido por “filosofia”, compartilha com a
literatura, não é toda filosofia, nem mesmo, de certo modo, a
sua mais importante e principal parte.
Com toda sua heterogeneidade, confusão e hermetismo,
a filosofia ainda encontra ressonância tal, que bastaria para
comprovar que nela se abrigam questões que dizem muito de
perto com interesses e aspirações humanas que devem, por
isso, ser atendidos, e não frustrados pela ausência ou desconhecimento de objetivo e rumo seguros da parte daqueles
que se ocupam do assunto.
Mas onde encontrar esse “objeto” último e profundo da
especulação filosófica para o qual converge e onde se concentra a variegada problemática de que a filosofia vem através dos
séculos e em todos os lugares se ocupando; e de que se trata?
(O que é filosofia, 2008. Adaptado.)
“Apesar, contudo, de boa parte da especulação filosófica,
particularmente em nossos dias, parecer confirmar tal ponto
de vista, ele certamente não é verdadeiro.” (2°
parágrafo)
Mantendo-se o significado original e a correção gramatical, os dois trechos sublinhados podem ser substituídos por:
Mantendo-se o significado original e a correção gramatical, os dois trechos sublinhados podem ser substituídos por:
Ano: 2021
Banca:
PUC-MINAS
Órgão:
PUC-MINAS
Prova:
PUC-MINAS - 2021 - PUC-MINAS - Vestibular Medicina - Caderno 1 |
Q1796687
Português
Texto associado
Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire
Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de
minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se
veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado
curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração,
até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles
momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante
de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não
eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em
que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.
Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a
importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do
então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o
sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem
ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de
maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles
próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os
alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua
significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la.
A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é
que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la,
nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala.
Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes
“leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às
vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que
jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais
“devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...]
A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos,
e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser
superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem
escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas
escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre
Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia...
Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar
que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco
responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler,
sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos,
de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e
estudantes.
Atente para o excerto:
A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, têm apenas duas páginas e meia...
Observe os conectivos destacados no excerto e a semântica a eles atribuída. A correlação está INCORRETA em:
A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, têm apenas duas páginas e meia...
Observe os conectivos destacados no excerto e a semântica a eles atribuída. A correlação está INCORRETA em:
Ano: 2021
Banca:
PUC-MINAS
Órgão:
PUC-MINAS
Prova:
PUC-MINAS - 2021 - PUC-MINAS - Vestibular Medicina - Caderno 1 |
Q1796684
Português
A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das avencas de minha mãe -,
o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. (...) Os "textos", as "palavras”,
as "letras” daquele contexto - em cuja percepção experimentava e, quanto mais o fazia, mais
aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja
compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais
velhos e com meus pais.
Sobre elementos de coesão presentes no excerto, avalie as afirmativas:
I. “... o quintal amplo em que se achava....” ➜ “em que”, relativo, pode ser substituído por “no qual” ou “onde”, sem alteração do sentido. II. “.... daquele contexto – em cuja percepção...” ➜ “em cuja” poderia ser substituído por “em que”, sem alteração funcional ou de sentido. III. “... tudo isso foi o meu primeiro mundo” ➜ os pronomes “tudo isso” retomam, de forma resumitiva, uma série de elementos enumerados. IV. “experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava...” ➜ o conectivo usado empresta um sentido de consequência aos fatos indicados.
Estão corretas as afirmativas presentes apenas em:
Sobre elementos de coesão presentes no excerto, avalie as afirmativas:
I. “... o quintal amplo em que se achava....” ➜ “em que”, relativo, pode ser substituído por “no qual” ou “onde”, sem alteração do sentido. II. “.... daquele contexto – em cuja percepção...” ➜ “em cuja” poderia ser substituído por “em que”, sem alteração funcional ou de sentido. III. “... tudo isso foi o meu primeiro mundo” ➜ os pronomes “tudo isso” retomam, de forma resumitiva, uma série de elementos enumerados. IV. “experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava...” ➜ o conectivo usado empresta um sentido de consequência aos fatos indicados.
Estão corretas as afirmativas presentes apenas em: