“Caso tomemos o exemplo do Rio de Janeiro (...), iremos...
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Ano: 2015
Banca:
FGV
Órgão:
FGV
Provas:
FGV - 2015 - FGV - Vestibular - Matemática, Biologia, História e Geografia
|
FGV - 2015 - FGV - Vestibular - Inglês, Física, Química e Língua Portuguesa |
Q588322
História
“Caso tomemos o exemplo do Rio de Janeiro (...), iremos
perceber de imediato que se trata de uma região caracterizada
por forte concentração de riqueza em poucas mãos. Os
círculos dos mais ricos – 14% das pessoas – chegaram a ter
três quartos da riqueza inventariada. (...) Entre fins do século
XVIII e a primeira metade do século XIX, eles chegaram a dominar
95% dos valores transacionados nos empréstimos (...).
Era dentro dessa elite que se situava o pequeno grupo formado pelos negociantes de grande envergadura, cujas fortunas foram constituídas por meio do comércio transoceânico e no comércio colonial de longa distância. (...)
Uma vez acumuladas tais fortunas, verifica-se que parte desses homens de negócios (ou seus filhos) abandonava o comércio, convertendo-se em rentistas (pessoas que vivem de rendas, como, por exemplo, do aluguel de imóveis urbanos) ou em grandes senhores de terras e de escravos. Curiosamente, ao fazerem isso, estavam perdendo dinheiro, já que os ganhos do tráfico atlântico de escravos (19% por viagem) eram superiores aos lucros da plantation (de 5% a 10% ao ano).
O que havia por trás de um movimento de reconversão em si mesmo inusitado?"
(João Fragoso et al., A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX). 1998) Esse “movimento de reconversão" pode ser explicado
Era dentro dessa elite que se situava o pequeno grupo formado pelos negociantes de grande envergadura, cujas fortunas foram constituídas por meio do comércio transoceânico e no comércio colonial de longa distância. (...)
Uma vez acumuladas tais fortunas, verifica-se que parte desses homens de negócios (ou seus filhos) abandonava o comércio, convertendo-se em rentistas (pessoas que vivem de rendas, como, por exemplo, do aluguel de imóveis urbanos) ou em grandes senhores de terras e de escravos. Curiosamente, ao fazerem isso, estavam perdendo dinheiro, já que os ganhos do tráfico atlântico de escravos (19% por viagem) eram superiores aos lucros da plantation (de 5% a 10% ao ano).
O que havia por trás de um movimento de reconversão em si mesmo inusitado?"
(João Fragoso et al., A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX). 1998) Esse “movimento de reconversão" pode ser explicado