Texto 1 No final do século XIX, a escritora Charlotte Perki...

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Q3107215 Sociologia
Texto 1

No final do século XIX, a escritora Charlotte Perkins Gilman observava a necessidade de reformas urbanas e habitacionais que combinassem a privacidade da família com a vida em coletivo. Ela defendia que grandes cidades fossem equipadas com conjuntos amplos de apartamentos que contariam com cozinhas comuns e com pessoas contratadas coletivamente pelas famílias para serviços domésticos. A atenção às crianças seria garantida por cuidadores profissionais e professores dentro das creches. (Adaptado de GILMAN, C.P. Mulheres e economia. In: DAFLON, V.; SORJ, B. Clássicas do pensamento social. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, p.129-130, 2021.)

Texto 2

Quase um século depois, em 1996, o então presidente dos EUA Bill Clinton implementou reformas nas políticas de proteção social daquele país. Entre as mudanças, o Estado deixou de prover auxílio financeiro a mães pobres que criam os filhos sozinhas e essa responsabilidade passou para o pai biológico da criança. Essa reforma acentuou um vínculo social entre mulheres e homens, vínculo este que elas não necessariamente gostariam de manter. A reforma as tornou sobretudo dependentes economicamente deles.
(Adaptado de COOPER, M. Family values: between neoliberalism and the new social conservatism. New York: Zone Books, p. 67-68, 2017.)

Considerando os textos 1 e 2, é correto afirmar que os efeitos, para as relações sociais, das reformas neles descritas
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Texto 1:

Charlotte Perkins Gilman, no século XIX, propôs reformas urbanas com moradias coletivas, cozinhas e serviços compartilhados, além de creches com profissionais, para dividir o trabalho doméstico e de cuidado.

Texto 2:

Em 1996, a reforma de Bill Clinton retirou apoio estatal a mães solteiras, transferindo a responsabilidade financeira aos pais biológicos, o que reforçou a dependência econômica das mulheres em relação aos homens.

Síntese:

Enquanto Gilman propunha autonomia feminina via coletivização do cuidado, Clinton reforçou dependência econômica das mulheres, reduzindo o papel do Estado.

são divergentes, pois apenas a reforma descrita no texto 1 desvincula, da responsabilidade das famílias e das mulheres, as tarefas de cuidado e de reprodução social da vida, vinculando-as também ao Estado.

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