Questões de Vestibular SÃO CAMILO 2019 para Processo Seletivo - 1º Semestre de 2020- Medicina Prova II
Foram encontradas 50 questões
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
SÃO CAMILO
Prova:
VUNESP - 2019 - SÃO CAMILO - Processo Seletivo - 1º Semestre de 2020- Medicina Prova II |
Q1797642
Português
Texto associado
Leia o trecho da crônica de Machado de Assis, escrita em
1861, para responder à questão.
Começo por uma raridade, não uma dessas raridades
vulgares de que fala uma personagem de teatro, mas uma raridade vulgarmente rara: — o governo de acordo com a opinião.
Os complacentes e os otimistas hão de rir; não assim os
julgadores severos; esses dirão consigo: — é verdade! — A
opinião havia acolhido com entusiasmo a unificação da Itália;
o governo acaba de reconhecer com prazer e sem delongas
acintosas o novo reino italiano. Não é caso de milagre, mas
também não é comum.
Afez-se o país por tal modo a ver no governo o seu primeiro contraditor, que não pôde reprimir uma exclamação quando o viu pressuroso concluir o ato diplomático a que aludo. E
por que não havia de fazê-lo? Perguntará o otimista. Eu sei!
por descuido, por cortesania, por qualquer outro motivo, mas
a regra é invariável: o governo sempre contrariou a opinião.
(Comentários da semana, 2008.)
Machado de Assis faz o comentário sobre um acontecimento
histórico específico. Segundo o autor,
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
SÃO CAMILO
Prova:
VUNESP - 2019 - SÃO CAMILO - Processo Seletivo - 1º Semestre de 2020- Medicina Prova II |
Q1797643
Português
Texto associado
Leia o trecho da crônica de Machado de Assis, escrita em
1861, para responder à questão.
Começo por uma raridade, não uma dessas raridades
vulgares de que fala uma personagem de teatro, mas uma raridade vulgarmente rara: — o governo de acordo com a opinião.
Os complacentes e os otimistas hão de rir; não assim os
julgadores severos; esses dirão consigo: — é verdade! — A
opinião havia acolhido com entusiasmo a unificação da Itália;
o governo acaba de reconhecer com prazer e sem delongas
acintosas o novo reino italiano. Não é caso de milagre, mas
também não é comum.
Afez-se o país por tal modo a ver no governo o seu primeiro contraditor, que não pôde reprimir uma exclamação quando o viu pressuroso concluir o ato diplomático a que aludo. E
por que não havia de fazê-lo? Perguntará o otimista. Eu sei!
por descuido, por cortesania, por qualquer outro motivo, mas
a regra é invariável: o governo sempre contrariou a opinião.
(Comentários da semana, 2008.)
Assinale a alternativa que apresenta um trecho do texto e
uma figura de linguagem que nele ocorre.
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
SÃO CAMILO
Prova:
VUNESP - 2019 - SÃO CAMILO - Processo Seletivo - 1º Semestre de 2020- Medicina Prova II |
Q1797644
Português
Texto associado
Leia o texto de Caio Prado Júnior para responder à questão.
De tudo se trata, pode-se dizer, ou se tem tratado na “filosofia”, e até os mesmos assuntos, ou aparentemente os mesmos, são considerados em perspectivas de tal modo apartadas uma das outras que não se combinam e entrosam entre
si, tornando-se impossível contrastá-las. Para alguns, essa
situação é não apenas normal, mas plenamente justificável. A
filosofia seria isso mesmo: uma especulação infinita e desregrada em torno de qualquer assunto ou questão, ao sabor de
cada autor, de suas preferências e mesmo de seus humores.
Há mesmo quem afirme não caber à filosofia “resolver”, e
sim unicamente sugerir questões e propor problemas, fazer
perguntas cujas respostas não têm maior interesse, e com o
fim unicamente de estimular a reflexão, aguçar a curiosidade.
E já se afirmou até que a filosofia não passava de uma ginástica do pensamento, entendendo por isso o simples exercício
e adestramento de uma função — no caso, o pensamento em
vez dos músculos, sem outra finalidade que essa.
Apesar, contudo, de boa parte da especulação filosófica,
particularmente em nossos dias, parecer confirmar tal ponto
de vista, ele certamente não é verdadeiro. Há sem dúvida um
terreno comum onde a filosofia, ou aquilo que se tem entendido como tal, se confunde com a literatura (no bom sentido,
entenda-se bem) e não objetiva realmente conclusão alguma,
destinando-se tão somente, como toda literatura, a par do entretimento que proporciona, levar aos leitores ou ouvintes, a
partir destes centros condensadores da consciência coletiva
que são os profissionais do pensamento, levar-lhes impressões e estados de espírito, emoções e estímulos, dúvidas e
indagações. Mas esse terreno que a filosofia, ou pelo menos
aquilo que se tem entendido por “filosofia”, compartilha com a
literatura, não é toda filosofia, nem mesmo, de certo modo, a
sua mais importante e principal parte.
Com toda sua heterogeneidade, confusão e hermetismo,
a filosofia ainda encontra ressonância tal, que bastaria para
comprovar que nela se abrigam questões que dizem muito de
perto com interesses e aspirações humanas que devem, por
isso, ser atendidos, e não frustrados pela ausência ou desconhecimento de objetivo e rumo seguros da parte daqueles
que se ocupam do assunto.
Mas onde encontrar esse “objeto” último e profundo da
especulação filosófica para o qual converge e onde se concentra a variegada problemática de que a filosofia vem através dos
séculos e em todos os lugares se ocupando; e de que se trata?
(O que é filosofia, 2008. Adaptado.)
Para o autor do texto, a comparação à literatura configura
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
SÃO CAMILO
Prova:
VUNESP - 2019 - SÃO CAMILO - Processo Seletivo - 1º Semestre de 2020- Medicina Prova II |
Q1797645
Português
Texto associado
Leia o texto de Caio Prado Júnior para responder à questão.
De tudo se trata, pode-se dizer, ou se tem tratado na “filosofia”, e até os mesmos assuntos, ou aparentemente os mesmos, são considerados em perspectivas de tal modo apartadas uma das outras que não se combinam e entrosam entre
si, tornando-se impossível contrastá-las. Para alguns, essa
situação é não apenas normal, mas plenamente justificável. A
filosofia seria isso mesmo: uma especulação infinita e desregrada em torno de qualquer assunto ou questão, ao sabor de
cada autor, de suas preferências e mesmo de seus humores.
Há mesmo quem afirme não caber à filosofia “resolver”, e
sim unicamente sugerir questões e propor problemas, fazer
perguntas cujas respostas não têm maior interesse, e com o
fim unicamente de estimular a reflexão, aguçar a curiosidade.
E já se afirmou até que a filosofia não passava de uma ginástica do pensamento, entendendo por isso o simples exercício
e adestramento de uma função — no caso, o pensamento em
vez dos músculos, sem outra finalidade que essa.
Apesar, contudo, de boa parte da especulação filosófica,
particularmente em nossos dias, parecer confirmar tal ponto
de vista, ele certamente não é verdadeiro. Há sem dúvida um
terreno comum onde a filosofia, ou aquilo que se tem entendido como tal, se confunde com a literatura (no bom sentido,
entenda-se bem) e não objetiva realmente conclusão alguma,
destinando-se tão somente, como toda literatura, a par do entretimento que proporciona, levar aos leitores ou ouvintes, a
partir destes centros condensadores da consciência coletiva
que são os profissionais do pensamento, levar-lhes impressões e estados de espírito, emoções e estímulos, dúvidas e
indagações. Mas esse terreno que a filosofia, ou pelo menos
aquilo que se tem entendido por “filosofia”, compartilha com a
literatura, não é toda filosofia, nem mesmo, de certo modo, a
sua mais importante e principal parte.
Com toda sua heterogeneidade, confusão e hermetismo,
a filosofia ainda encontra ressonância tal, que bastaria para
comprovar que nela se abrigam questões que dizem muito de
perto com interesses e aspirações humanas que devem, por
isso, ser atendidos, e não frustrados pela ausência ou desconhecimento de objetivo e rumo seguros da parte daqueles
que se ocupam do assunto.
Mas onde encontrar esse “objeto” último e profundo da
especulação filosófica para o qual converge e onde se concentra a variegada problemática de que a filosofia vem através dos
séculos e em todos os lugares se ocupando; e de que se trata?
(O que é filosofia, 2008. Adaptado.)
“E já se afirmou até que a filosofia não passava de uma
ginástica do pensamento, entendendo por isso o simples
exercício e adestramento de uma função − no caso, o pensamento em vez dos músculos, sem outra finalidade que
essa.” (1°
parágrafo)
A palavra sublinhada pode ser substituída, com correção gramatical, mantendo-se o sentido original do texto, por:
A palavra sublinhada pode ser substituída, com correção gramatical, mantendo-se o sentido original do texto, por:
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
SÃO CAMILO
Prova:
VUNESP - 2019 - SÃO CAMILO - Processo Seletivo - 1º Semestre de 2020- Medicina Prova II |
Q1797646
Português
Texto associado
Leia o texto de Caio Prado Júnior para responder à questão.
De tudo se trata, pode-se dizer, ou se tem tratado na “filosofia”, e até os mesmos assuntos, ou aparentemente os mesmos, são considerados em perspectivas de tal modo apartadas uma das outras que não se combinam e entrosam entre
si, tornando-se impossível contrastá-las. Para alguns, essa
situação é não apenas normal, mas plenamente justificável. A
filosofia seria isso mesmo: uma especulação infinita e desregrada em torno de qualquer assunto ou questão, ao sabor de
cada autor, de suas preferências e mesmo de seus humores.
Há mesmo quem afirme não caber à filosofia “resolver”, e
sim unicamente sugerir questões e propor problemas, fazer
perguntas cujas respostas não têm maior interesse, e com o
fim unicamente de estimular a reflexão, aguçar a curiosidade.
E já se afirmou até que a filosofia não passava de uma ginástica do pensamento, entendendo por isso o simples exercício
e adestramento de uma função — no caso, o pensamento em
vez dos músculos, sem outra finalidade que essa.
Apesar, contudo, de boa parte da especulação filosófica,
particularmente em nossos dias, parecer confirmar tal ponto
de vista, ele certamente não é verdadeiro. Há sem dúvida um
terreno comum onde a filosofia, ou aquilo que se tem entendido como tal, se confunde com a literatura (no bom sentido,
entenda-se bem) e não objetiva realmente conclusão alguma,
destinando-se tão somente, como toda literatura, a par do entretimento que proporciona, levar aos leitores ou ouvintes, a
partir destes centros condensadores da consciência coletiva
que são os profissionais do pensamento, levar-lhes impressões e estados de espírito, emoções e estímulos, dúvidas e
indagações. Mas esse terreno que a filosofia, ou pelo menos
aquilo que se tem entendido por “filosofia”, compartilha com a
literatura, não é toda filosofia, nem mesmo, de certo modo, a
sua mais importante e principal parte.
Com toda sua heterogeneidade, confusão e hermetismo,
a filosofia ainda encontra ressonância tal, que bastaria para
comprovar que nela se abrigam questões que dizem muito de
perto com interesses e aspirações humanas que devem, por
isso, ser atendidos, e não frustrados pela ausência ou desconhecimento de objetivo e rumo seguros da parte daqueles
que se ocupam do assunto.
Mas onde encontrar esse “objeto” último e profundo da
especulação filosófica para o qual converge e onde se concentra a variegada problemática de que a filosofia vem através dos
séculos e em todos os lugares se ocupando; e de que se trata?
(O que é filosofia, 2008. Adaptado.)
“Apesar, contudo, de boa parte da especulação filosófica,
particularmente em nossos dias, parecer confirmar tal ponto
de vista, ele certamente não é verdadeiro.” (2°
parágrafo)
Mantendo-se o significado original e a correção gramatical, os dois trechos sublinhados podem ser substituídos por:
Mantendo-se o significado original e a correção gramatical, os dois trechos sublinhados podem ser substituídos por: