Questões de Vestibular UNIVESP 2017 para Vestibular
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Q1685473
Português
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Leia o texto para responder a questão.
Trump assina decreto que altera política americana com Cuba
São Paulo e Washington – O presidente Donald Trump defendeu
o embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba e condicionou
avanços na relação bilateral a mudanças políticas na ilha na direção
de eleições livres, libertação de presos políticos e respeito à liberdade
de expressão. “Eu estou cancelando o acordo completamente unilateral
da última administração com Cuba”, declarou em discurso realizado
nesta sexta-feira, 16, em Miami.
Apesar da declaração, Trump reviu apenas questões pontuais da
política anunciada por Barack Obama no dia 17 de dezembro de 2014.
As mudanças acabam com a possibilidade de viagens individuais para
a ilha e proíbem gastos em estabelecimentos turísticos controlados pelo
Exército e pelos setores de inteligência e segurança do país. “Lucros
provenientes do turismo foram diretamente para as forças armadas”,
afirmou.
Além da reversão desses pontos, a grande transformação foi de
tom e na sinalização do futuro da relação bilateral. Enquanto Obama
defendeu o levantamento do embargo, Trump prometeu reforçá-lo.
A agressividade retórica contra o governo de Raúl Castro também indica
uma desaceleração do ritmo de normalização das relações bilaterais.
Um dos objetivos do novo acordo, explicou Trump, é garantir
que a população cubana seja beneficiada diretamente. O presidente
norte-americano, entretanto, buscou frisar que ‘atrocidades’ cometidas
desde o início do regime dos irmãos Castro não serão toleradas e
insinuou que o governo de Barack Obama negligenciou a prática de
crimes contra a população da ilha.
<http://tinyurl.com/y8ol93q4> Acesso em: 17/06/2017. Adaptado.
Sobre o uso do termo cancelando presente em “Eu estou cancelando o acordo completamente unilateral da última
administração com Cuba” , pode-se afirmar que trata-se do uso do
Q1685481
Português
Texto associado
Leia o poema para responder a questão.
Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
– Carlos Drummond de Andrade, em “Claro enigma”. 1951.
A respeito do termo malamar, presente na primeira estrofe do poema, pode-se afirmar corretamente que trata-se de