Questões de Vestibular UNIFESP 2014 para Vestibular

Foram encontradas 19 questões

Ano: 2014 Banca: UNIFESP Órgão: UNIFESP Prova: UNIFESP - 2014 - UNIFESP - Vestibular |
Q1265496 Português

Leia o texto para responder a questão.


A palavra falada é um fenômeno natural; a palavra escrita é um fenômeno cultural. O homem natural pode viver perfeitamente sem ler nem escrever. Não o pode o homem a que chamamos civilizado: por isso, como disse, a palavra escrita é um fenômeno cultural, não da natureza mas da civilização, da qual a cultura é a essência e o esteio.

Pertencendo, pois, a mundos (mentais) essencialmente diferentes, os dois tipos de palavra obedecem forçosamente a leis ou regras essencialmente diferentes. A palavra falada é um caso, por assim dizer, democrático. Ao falar, temos que obedecer à lei do maior número, sob pena de ou não sermos compreendidos ou sermos inutilmente ridículos. Se a maioria pronuncia mal uma palavra, temos que a pronunciar mal. Se a maioria usa de uma construção gramatical errada, da mesma construção teremos que usar. Se a maioria caiu em usar estrangeirismos ou outras irregularidades verbais, assim temos que fazer. Os termos ou expressões que na linguagem escrita são justos, e até obrigatórios, tornam-se em estupidez e pedantaria, se deles fazemos uso no trato verbal. Tornam- -se até em má-criação, pois o preceito fundamental da civilidade é que nos conformemos o mais possível com as maneiras, os hábitos, e a educação da pessoa com quem falamos, ainda que nisso faltemos às boas maneiras ou à etiqueta, que são a cultura exterior.

(Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado.)

Em sua argumentação, o autor estabelece que
Alternativas
Ano: 2014 Banca: UNIFESP Órgão: UNIFESP Prova: UNIFESP - 2014 - UNIFESP - Vestibular |
Q1265497 Português

Leia o texto para responder a questão.


A palavra falada é um fenômeno natural; a palavra escrita é um fenômeno cultural. O homem natural pode viver perfeitamente sem ler nem escrever. Não o pode o homem a que chamamos civilizado: por isso, como disse, a palavra escrita é um fenômeno cultural, não da natureza mas da civilização, da qual a cultura é a essência e o esteio.

Pertencendo, pois, a mundos (mentais) essencialmente diferentes, os dois tipos de palavra obedecem forçosamente a leis ou regras essencialmente diferentes. A palavra falada é um caso, por assim dizer, democrático. Ao falar, temos que obedecer à lei do maior número, sob pena de ou não sermos compreendidos ou sermos inutilmente ridículos. Se a maioria pronuncia mal uma palavra, temos que a pronunciar mal. Se a maioria usa de uma construção gramatical errada, da mesma construção teremos que usar. Se a maioria caiu em usar estrangeirismos ou outras irregularidades verbais, assim temos que fazer. Os termos ou expressões que na linguagem escrita são justos, e até obrigatórios, tornam-se em estupidez e pedantaria, se deles fazemos uso no trato verbal. Tornam- -se até em má-criação, pois o preceito fundamental da civilidade é que nos conformemos o mais possível com as maneiras, os hábitos, e a educação da pessoa com quem falamos, ainda que nisso faltemos às boas maneiras ou à etiqueta, que são a cultura exterior.

(Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado.)

De acordo com o autor, “ao falar, temos que obedecer à lei do maior número”. Atendendo a esse princípio, para o português oral contemporâneo, está adequado o enunciado:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: UNIFESP Órgão: UNIFESP Prova: UNIFESP - 2014 - UNIFESP - Vestibular |
Q1265499 Português

Leia o poema de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa.


Coroai-me de rosas,

Coroai-me em verdade

De rosas –

Rosas que se apagam

Em fronte a apagar-se

Tão cedo!

Coroai-me de rosas

E de folhas breves.

E basta.

(As múltiplas faces de Fernando Pessoa, 1995.)


O tema tratado no poema é a

Alternativas
Ano: 2014 Banca: UNIFESP Órgão: UNIFESP Prova: UNIFESP - 2014 - UNIFESP - Vestibular |
Q1265500 Português
É preciso ler esse livro singular sem a obsessão de enquadrá-lo em um determinado gênero literário, o que implicaria em prejuízo paralisante. Ao contrário, a abertura a mais de uma perspectiva é o modo próprio de enfrentá-lo. A descrição minuciosa da terra, do homem e da luta situa-o no nível da cultura científica e histórica. Seu autor fez geografia humana e sociologia como um espírito atilado poderia fazê-las no começo do século, em nosso meio intelectual, então avesso à observação demorada e à pesquisa pura. Situando a obra na evolução do pensamento brasileiro, diz lucidamente o crítico Antonio Candido: “Livro posto entre a literatura e a sociologia naturalista, esta obra assinala um fim e um começo: o fim do imperialismo literário, o começo da análise científica aplicada aos aspectos mais importantes da sociedade brasileira (no caso, as contradições contidas na diferença de cultura entre as regiões litorâneas e o interior).”
(Alfredo Bosi. História concisa da literatura brasileira, 1994. Adaptado.)
O excerto trata da obra
Alternativas
Ano: 2014 Banca: UNIFESP Órgão: UNIFESP Prova: UNIFESP - 2014 - UNIFESP - Vestibular |
Q1265501 Português

Mau despertar


                                                                Saio do sono como

                                                                 de uma batalha

                                                                 travada em

                                                                 lugar algum


                                                                 Não sei na madrugada

                                                                 se estou ferido

                                                                 se o corpo

                                                                     tenho

                                                                  riscado

                                                                     de hematomas 


                                                                 Zonzo lavo

                                                                 na pia

                                                                 os olhos donde

                                                                 ainda escorrem

                                                                 uns restos de treva

              (Ferreira Gullar. Muitas vozes, 2013.)

A leitura do poema permite inferir que
Alternativas
Respostas
1: E
2: D
3: B
4: E
5: C