Questões de Vestibular INSPER 2015 para Engenharia
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Q1338718
Português
Texto associado
Uma ponte que decompõe e “devora” rapidamente mofo, sebo, fuligem, fumaça de cigarro e outros componentes,
melhorando a qualidade do ar ao seu redor. Mágica? Longe disso. Trata‐se de um projeto de arquitetos espanhóis para
reformar a ponte Sarajevo na cidade de Barcelona.
Segundo Toni Casamor, do escritório de arquitetura espanhol BCQ, a ponte será reconstruída com um cimento
mesclado a aditivos que fazem essa filtragem que mitiga a poluição ambiental. “O processo funciona como uma planta
durante a fotossíntese, no sentido que consome o CO2 (dióxido de carbono) e regenera o ar ao seu redor", explicou
Casamor à BBC Mundo.
Segundo ele, será usando um concreto conhecido como fotocatalítico, que "filtra" a poluição absorvendo os raios
ultravioletas e transformam contaminantes em elementos inócuos à saúde humana.
Por definição, a fotocatálise é o aumento da velocidade de uma reação química pelo efeito da luz de outras energias
radiantes. O conceito de fotocatálise é conhecido há anos, mas seu uso aliado ao cimento é algo recente.
E assim, a nova ponte deve decompor elementos alergênicos, algas, bactérias e óxido de nitrogênio produzidos pelo
combustível de automóveis.
A ponte também terá luminárias LED alimentadas por painéis solares e estruturas com jardins.
Disponível em: http://noticias.terra.com.br/ciencia/barcelona‐planeja‐ponte‐que‐come‐poluicao,dd2c26dcd02c4a9c80bffb814b2d1938nd4sRCRD.html.
Acesso em: 27.09.15 (adaptado)
No texto, as aspas foram empregadas
Q1338745
Português
Texto associado
O loteamento ficava num fim de mundo, terrenos baratos para estimular a autoconstrução de modo a valorizar terras
do mesmo dono mais próximas ao centro, depois de os moradores conseguirem água, luz e ônibus. Ali, um projeto de
lei de um vereador de esquerda deu a cada rua o nome de um desaparecido político, quarenta e sete ruas, quarenta e
sete desaparecidos políticos.
(...) Mas passou a prestar atenção nas placas e indicativos de ruas à medida que o micro‐ônibus percorria o caminho
de volta. (...)
(...) Percorreram algumas ruas com nomes que ele desconhecia. Depois para espanto de K., uma avenida General
Milton Tavares de Souza. Esse ele sabia muito bem quem foi: jamais esqueceria esse nome. O filho do farmacêutico
falara dele. Dom Paulo também. Foi quem criou o DOI‐CODI, para onde levaram o Herzog e o mataram.
(...) Centenas de pessoas passam por aqui todos os dias, jovens, crianças, e leem esse nome na placa, e podem pensar
que é um herói. Devem pensar isso. Agora ele entendia por que as placas com os nomes dos desaparecidos foram
postas num fim do mundo.
KUCINSKI, Bernardo. K. ‐ Relato de uma busca. São Paulo, Cosac Naify, 2014, p. 160‐165
Em “Percorreram algumas ruas com nomes que ele desconhecia”, a ausência de vírgula antes da palavra “que” se
justifica pela(o)