Questões de Vestibular IF-GO 2011 para Vestibular

Foram encontradas 64 questões

Ano: 2011 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2011 - IF-GO - Vestibular |
Q1273432 Português

Leia os textos a seguir e responda a questão. 


Texto 1 

Charge do cartunista Clayton: Padilha e o saco de plástico do Capitão Nascimento.

    O melhor comentário sobre o Urso de Ouro conquistado por “Tropa de Elite”, no Festival de Berlim, não veio de um crítico de cinema, nem de um repórter especializado. Veio de um chargista cearense: Clayton. O artista gráfico, cujo nome completo é Clayton Rebouças Mota, tem 47 anos e é o principal chargista do jornal “O Povo” (...).
    Enquanto o país comemorava o triunfo de “Tropa de Elite”, Clayton arrasava com charge das mais inventivas e inteligentes. Nela, vê-se o diretor José Padilha segurando, orgulhoso, o seu Urso de Ouro. Só que o troféu, objeto de cobiça dos maiores cineastas do mundo, acaba vítima do principal instrumento de tortura do Capitão Nascimento e de seus seguidores (no Bope): o saco plástico.
CAETANO, Maria do Rosário.Disponível em: http://revistadecinema.uol.com.br/pagina_conteudo_listag em.asp?id_pagina=113&func=1&id=672 Acesso em: 06 de maio de 2011.  

Texto 2 

Ibase – O que pretendia com as cenas de tortura que o filme mostrou?
José Padilha – A tortura é tão hedionda e bárbara que a sua simples exposição já constitui uma crítica. Quando optamos por mostrar a tortura, mostrar que uma pessoa normal, com juízo médio do senso comum, como o personagem Nascimento, é capaz de embarcar na tortura, tentamos fazer as pessoas pensarem exatamente sobre isso (...). O Brasil é um país que institucionalizou a tortura, o Estado brasileiro sancionou a tortura e isso é um fato.
Ibase – Há comentários de que jovens se identificaram com policiais do Bope, como heróis. Como vê essa identificação?
José Padilha – Quem é o capitão Nascimento? O Capitão Nascimento é apresentado, desde o início, como alguém que investiu na sua carreira, que tortura e mata. E o que está acontecendo com ele no filme? Está percebendo que isso não é possível. E como percebe isso? Pelo fato de não conseguir conciliar sua família com o que faz. Ele é um personagem angustiado, com síndrome de pânico, que está o tempo inteiro querendo sair da Tropa de Elite, esse é o dilema dele. O Nascimento não é um policial que deu certo, pelo contrário, é um policial que deu errado. E isso é muito claro no filme. Então, se identificar com o Nascimento não é se identificar com o Bope: o Nascimento quer sair do Bope.
Flávia Mattar (2008). Entrevista: José Padilha.
(Adaptado). Disponível em: http://www.ibase.org.br/modules.php?name=Conteudo&pi d=2017.
Acesso em: 06 de maio de 2011. 

Ao apresentar informações sobre a premiação do filme Tropa de Elite, no Festival de Berlim, o texto 1:

Alternativas
Ano: 2011 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2011 - IF-GO - Vestibular |
Q1273433 Português

Leia os textos a seguir e responda a questão. 


Texto 1 

Charge do cartunista Clayton: Padilha e o saco de plástico do Capitão Nascimento.

    O melhor comentário sobre o Urso de Ouro conquistado por “Tropa de Elite”, no Festival de Berlim, não veio de um crítico de cinema, nem de um repórter especializado. Veio de um chargista cearense: Clayton. O artista gráfico, cujo nome completo é Clayton Rebouças Mota, tem 47 anos e é o principal chargista do jornal “O Povo” (...).
    Enquanto o país comemorava o triunfo de “Tropa de Elite”, Clayton arrasava com charge das mais inventivas e inteligentes. Nela, vê-se o diretor José Padilha segurando, orgulhoso, o seu Urso de Ouro. Só que o troféu, objeto de cobiça dos maiores cineastas do mundo, acaba vítima do principal instrumento de tortura do Capitão Nascimento e de seus seguidores (no Bope): o saco plástico.
CAETANO, Maria do Rosário.Disponível em: http://revistadecinema.uol.com.br/pagina_conteudo_listag em.asp?id_pagina=113&func=1&id=672 Acesso em: 06 de maio de 2011.  

Texto 2 

Ibase – O que pretendia com as cenas de tortura que o filme mostrou?
José Padilha – A tortura é tão hedionda e bárbara que a sua simples exposição já constitui uma crítica. Quando optamos por mostrar a tortura, mostrar que uma pessoa normal, com juízo médio do senso comum, como o personagem Nascimento, é capaz de embarcar na tortura, tentamos fazer as pessoas pensarem exatamente sobre isso (...). O Brasil é um país que institucionalizou a tortura, o Estado brasileiro sancionou a tortura e isso é um fato.
Ibase – Há comentários de que jovens se identificaram com policiais do Bope, como heróis. Como vê essa identificação?
José Padilha – Quem é o capitão Nascimento? O Capitão Nascimento é apresentado, desde o início, como alguém que investiu na sua carreira, que tortura e mata. E o que está acontecendo com ele no filme? Está percebendo que isso não é possível. E como percebe isso? Pelo fato de não conseguir conciliar sua família com o que faz. Ele é um personagem angustiado, com síndrome de pânico, que está o tempo inteiro querendo sair da Tropa de Elite, esse é o dilema dele. O Nascimento não é um policial que deu certo, pelo contrário, é um policial que deu errado. E isso é muito claro no filme. Então, se identificar com o Nascimento não é se identificar com o Bope: o Nascimento quer sair do Bope.
Flávia Mattar (2008). Entrevista: José Padilha.
(Adaptado). Disponível em: http://www.ibase.org.br/modules.php?name=Conteudo&pi d=2017.
Acesso em: 06 de maio de 2011. 

A entrevista do Ibase com o diretor José Padilha permite depreender que:
Alternativas
Ano: 2011 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2011 - IF-GO - Vestibular |
Q1273434 Português

Leia os textos a seguir para responder a questão. (Para facilitar a leitura, as legendas estão reproduzidas logo abaixo do texto 3.) 

Texto 3 

Revista Trip. Editora Trip. Ano 24, nº 198, abril de 2011,p. 92.

Legendas:

① “Tudo tem limites, também a tolerância,pois nem tudo vale neste mundo. Os profetas de ontem e de hoje sacrificaram suas vidas porque ergueram sua voz e tiveram a coragem de dizer: ‘não te é permitido fazer o que fazes’.
    Há situações em que a tolerância significa cumplicidade com o crime, omissão culposa,insensibilidade ética ou comodismo. (...)
    Onde estão então os limites da tolerância?No sofrimento, nos direitos humanos e nos direitos da natureza. Lá onde as pessoas são desumanizadas, ali termina a tolerância.Ninguém tem o direito de impor sofrimento injusto ao outro.”
Leonardo Boff


② “Meio Ambiente não é religião, não é dogma, não é reserva de mercado. Não concordaremos mais com o autoritarismo ambiental.”

Kátia Abreu, senadora (DEM/GO), apelidada de Miss Desmatamento, em resposta ao código florestal defendido pelo Ibama.


③ Esta é uma árvore ocupada em 1996 na região de Berkshire, Inglaterra. Parte de um dos maiores protestos da história europeia. Para construir a estrada de Newbury, as empreiteiras devastariam mais de 120 acres de árvores de grande porte. Por três meses, 7 mil pessoas bloquearam estradas, acamparam na mata e causaram um prejuízo estimado em 24 milhões de libras. Oitocentas pessoas foram presas, o exército mobilizado e a estrada, enfim, construída.

Texto 4  

   Todos nós desejamos viver em um mundo melhor, mais pacífico, mais fraterno e ecológico. O problema é que as pessoas sempre esperam que esse mundo melhor comece no outro. É comum ouvir pessoas dizendo que têm boa vontade para ajudar, mas, como ninguém as convida para nada, nem se organizam, então não podem contribuir como gostariam para um mutirão de limpeza da rua, por exemplo, ou para o plantio de árvores. Pessoas assim acabam achando mais fácil reclamar que ninguém faz nada ou que a culpa é do “sistema”, dos governantes ou empresas, mas sem perguntar se estão fazendo a parte que lhes cabe.

   Por outro lado, é importante não ficar esperando a perfeição individual - pois isso é inatingível. O fato de adquirirmos consciência ambiental não nos faz perfeitos. O importante é que tenhamos o compromisso de ser melhores todo dia, procurando sempre nos superar.

BERNA, Vilmar. A mudança começa em nós. In:Páginas Abertas, A. 27, nº11, 2001, p.44 (Adaptado). 

A respeito dos textos 3 e 4, julgue os itens a seguir:
I. Os textos têm em comum a ideia de que um mundo melhor se faz coletivamente, como resultado da responsabilidade e da participação de todos. II. No texto 3, a expressão “extremo ambiente” estabelece um diálogo com a imagem apresentada. Por isso, é necessária a interação entre a linguagem verbal e a nãoverbal para as ideias se completarem. III. A declaração sobre o código florestal defendido pelo IBAMA, no texto 3, antagoniza-se com a problematização sobre os limites da tolerância diante da devastação da natureza. IV. A utilização de expressões e verbos na 3ª pessoa, no texto 4, evidencia que o autor deixa de lado sua subjetividade na discussão do tema.
Estão corretas:
Alternativas
Ano: 2011 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2011 - IF-GO - Vestibular |
Q1273435 Português

Leia os textos a seguir para responder a questão. (Para facilitar a leitura, as legendas estão reproduzidas logo abaixo do texto 3.) 

Texto 3 

Revista Trip. Editora Trip. Ano 24, nº 198, abril de 2011,p. 92.

Legendas:

① “Tudo tem limites, também a tolerância,pois nem tudo vale neste mundo. Os profetas de ontem e de hoje sacrificaram suas vidas porque ergueram sua voz e tiveram a coragem de dizer: ‘não te é permitido fazer o que fazes’.
    Há situações em que a tolerância significa cumplicidade com o crime, omissão culposa,insensibilidade ética ou comodismo. (...)
    Onde estão então os limites da tolerância?No sofrimento, nos direitos humanos e nos direitos da natureza. Lá onde as pessoas são desumanizadas, ali termina a tolerância.Ninguém tem o direito de impor sofrimento injusto ao outro.”
Leonardo Boff


② “Meio Ambiente não é religião, não é dogma, não é reserva de mercado. Não concordaremos mais com o autoritarismo ambiental.”

Kátia Abreu, senadora (DEM/GO), apelidada de Miss Desmatamento, em resposta ao código florestal defendido pelo Ibama.


③ Esta é uma árvore ocupada em 1996 na região de Berkshire, Inglaterra. Parte de um dos maiores protestos da história europeia. Para construir a estrada de Newbury, as empreiteiras devastariam mais de 120 acres de árvores de grande porte. Por três meses, 7 mil pessoas bloquearam estradas, acamparam na mata e causaram um prejuízo estimado em 24 milhões de libras. Oitocentas pessoas foram presas, o exército mobilizado e a estrada, enfim, construída.

Texto 4  

   Todos nós desejamos viver em um mundo melhor, mais pacífico, mais fraterno e ecológico. O problema é que as pessoas sempre esperam que esse mundo melhor comece no outro. É comum ouvir pessoas dizendo que têm boa vontade para ajudar, mas, como ninguém as convida para nada, nem se organizam, então não podem contribuir como gostariam para um mutirão de limpeza da rua, por exemplo, ou para o plantio de árvores. Pessoas assim acabam achando mais fácil reclamar que ninguém faz nada ou que a culpa é do “sistema”, dos governantes ou empresas, mas sem perguntar se estão fazendo a parte que lhes cabe.

   Por outro lado, é importante não ficar esperando a perfeição individual - pois isso é inatingível. O fato de adquirirmos consciência ambiental não nos faz perfeitos. O importante é que tenhamos o compromisso de ser melhores todo dia, procurando sempre nos superar.

BERNA, Vilmar. A mudança começa em nós. In:Páginas Abertas, A. 27, nº11, 2001, p.44 (Adaptado). 

Considere as afirmações a seguir: I. O título, no texto 3, chama a atenção do leitor não só pelo emprego de letras grandes, em forma de manchete, mas também pela alusão a um topônimo. II. A utilização de pontos de vista antagônicos na elaboração da mensagem, no texto 3, finda por enfraquecer a estratégia de convencimento do autor. III. No texto 4, o autor reconhece um desejo comum aos indivíduos e critica o comportamento coletivo em relação à tomada de posição para realizá-lo. IV. O texto 4 oscila entre o depoimento de caráter autobiográfico e o testemunho crítico da realidade.
Estão corretas:
Alternativas
Ano: 2011 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2011 - IF-GO - Vestibular |
Q1273436 Literatura
 A Literatura Brasileira, no século XX, viu o aparecimento de romancistas que, em suas diversas temáticas e formas, ora se assemelham ora se diferem. Considerando tal afirmação, analise as assertivas a seguir:
I. O "Romance de 30", a exemplo de São Bernardo, de Graciliano Ramos, reflete sobre o condicionamento das ações e sentimentos do homem ao espaço geográfico por ele habitado. II. A prosa de ficção produzida na segunda metade do século XX tinha uma preocupação excessiva em representar as relações amorosas, em homenagem aos valores românticos do século XIX. III. Clarice Lispector, uma das maiores representantes brasileiras das narrativas intimistas, explora a narração em primeira pessoa para relatar as reflexões e angústias dos seus personagens. IV. Em Macunaíma, Mário de Andrade refaz o percurso de lendas e mitos da cultura indígena e africana, usando da ironia para depreciar tais culturas na formação da nação brasileira.
Estão corretas:
Alternativas
Respostas
1: E
2: C
3: B
4: D
5: A