Questões de Vestibular FUVEST 2016 para Vestibular - Primeira Fase

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Ano: 2016 Banca: FUVEST Órgão: FUVEST Prova: FUVEST - 2016 - FUVEST - Vestibular - Primeira Fase |
Q1397869 Português

     Se pudesse mudarse, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um ódio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia paciência que suportasse tanta coisa.

    — Um dia um homem faz besteira e se desgraça.

Graciliano Ramos, Vidas secas.

Tendo em vista as causas que a provocam, a revolta que vem à consciência de Fabiano, apresentada no texto como ainda contida e genérica, encontrará foco e uma expressão coletiva militante e organizada, em época posterior à publicação de Vidas secas, no movimento
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Ano: 2016 Banca: FUVEST Órgão: FUVEST Prova: FUVEST - 2016 - FUVEST - Vestibular - Primeira Fase |
Q1397870 Português

Observe a imagem e leia o texto, para responder à questão.



     O Comissário apertoulhe mais a mão, querendo transmitirlhe o sopro de vida. Mas a vida de Sem Medo esvaíase para o solo do Mayombe, misturandose às folhas em decomposição.

    [...]

    Mas o Comissário não ouviu o que o Comandante disse. Os lábios já mal se moviam.

    A amoreira gigante à sua frente. O tronco destacase do sincretismo da mata, mas se eu percorrer com os olhos o tronco para cima, a folhagem dele misturase à folhagem geral e é de novo o sincretismo. Só o tronco se destaca, se individualiza. Tal é o Mayombe, os gigantes só o são em parte, ao nível do tronco, o resto confundese na massa. Tal o homem. As impressões visuais são menos nítidas e a mancha verde predominante faz esbater progressivamente a claridade do tronco da amoreira gigante. As manchas verdes são cada vez mais sobrepostas, mas, num sobressalto, o tronco da amoreira ainda se afirma, debatendose. Tal é a vida.

    [...]

    Os olhos de Sem Medo ficaram abertos, contemplando o tronco já invisível do gigante que para sempre desaparecera no seu elemento verde.

Pepetela, Mayombe

Considerandose o excerto no contexto de Mayombe, os paralelos que nele são estabelecidos entre aspectos da natureza e da vida humana podem ser interpretados como uma
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Ano: 2016 Banca: FUVEST Órgão: FUVEST Prova: FUVEST - 2016 - FUVEST - Vestibular - Primeira Fase |
Q1397871 Português

Observe a imagem e leia o texto, para responder à questão.



     O Comissário apertoulhe mais a mão, querendo transmitirlhe o sopro de vida. Mas a vida de Sem Medo esvaíase para o solo do Mayombe, misturandose às folhas em decomposição.

    [...]

    Mas o Comissário não ouviu o que o Comandante disse. Os lábios já mal se moviam.

    A amoreira gigante à sua frente. O tronco destacase do sincretismo da mata, mas se eu percorrer com os olhos o tronco para cima, a folhagem dele misturase à folhagem geral e é de novo o sincretismo. Só o tronco se destaca, se individualiza. Tal é o Mayombe, os gigantes só o são em parte, ao nível do tronco, o resto confundese na massa. Tal o homem. As impressões visuais são menos nítidas e a mancha verde predominante faz esbater progressivamente a claridade do tronco da amoreira gigante. As manchas verdes são cada vez mais sobrepostas, mas, num sobressalto, o tronco da amoreira ainda se afirma, debatendose. Tal é a vida.

    [...]

    Os olhos de Sem Medo ficaram abertos, contemplando o tronco já invisível do gigante que para sempre desaparecera no seu elemento verde.

Pepetela, Mayombe

Consideradas no âmbito dos valores que são postos em jogo em Mayombe, as relações entre a árvore e a floresta, tal como concebidas e expressas no excerto, ensejam a valorização de uma conduta que corresponde à da personagem
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Ano: 2016 Banca: FUVEST Órgão: FUVEST Prova: FUVEST - 2016 - FUVEST - Vestibular - Primeira Fase |
Q1397872 Geografia

Observe a imagem e leia o texto, para responder à questão.



     O Comissário apertoulhe mais a mão, querendo transmitirlhe o sopro de vida. Mas a vida de Sem Medo esvaíase para o solo do Mayombe, misturandose às folhas em decomposição.

    [...]

    Mas o Comissário não ouviu o que o Comandante disse. Os lábios já mal se moviam.

    A amoreira gigante à sua frente. O tronco destacase do sincretismo da mata, mas se eu percorrer com os olhos o tronco para cima, a folhagem dele misturase à folhagem geral e é de novo o sincretismo. Só o tronco se destaca, se individualiza. Tal é o Mayombe, os gigantes só o são em parte, ao nível do tronco, o resto confundese na massa. Tal o homem. As impressões visuais são menos nítidas e a mancha verde predominante faz esbater progressivamente a claridade do tronco da amoreira gigante. As manchas verdes são cada vez mais sobrepostas, mas, num sobressalto, o tronco da amoreira ainda se afirma, debatendose. Tal é a vida.

    [...]

    Os olhos de Sem Medo ficaram abertos, contemplando o tronco já invisível do gigante que para sempre desaparecera no seu elemento verde.

Pepetela, Mayombe

Mayombe referese a uma região montanhosa em Angola, dominada por floresta pluvial densa, rica em árvores de grande porte, e localizada em área de baixa latitude (4o 40’S).

Levando em conta essas características geográficas e vegetacionais, é correto afirmar que

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Ano: 2016 Banca: FUVEST Órgão: FUVEST Prova: FUVEST - 2016 - FUVEST - Vestibular - Primeira Fase |
Q1397873 Literatura

 Considere as imagens e o texto, para responder à questão.



 II / São Francisco de Assis     


 Senhor, não mereço isto.           

  Não creio em vós para vos amar.

Trouxestesme a São Francisco  

e me fazeis vosso escravo.        

 

 Não entrarei, senhor, no templo,  

seu frontispício me basta.            

Vossas flores e querubins           

são matéria de muito amar.         


Dai-me, senhor, a só beleza         

destes ornatos. E não a alma.      

Pressente-se dor de homem,        

 paralela à das cinco chagas.          


 Mas entro e, senhor, me perco        

na rósea nave triunfal.                    

Por que tanto baixar o céu?            

 por que esta nova cilada?                


Senhor, os púlpitos mudos              

entretanto me sorriem.                   

Mais que vossa igreja, esta            

sabe a voz de me embalar.             


Perdão, senhor, por não amar-vos.

Carlos Drummond de Andrad

*O texto faz parte do conjunto de poemas “Estampas de Vila Rica”, que integra a edição crítica de Claro enigma. São Paulo: Cosac Naify, 2012

Analise as seguintes afirmações relativas à arquitetura das igrejas sob a estética do Barroco:


I. Unemse, no edifício, diferentes artes, para assaltar de uma vez os sentidos, de modo que o público não possa escapar.

II. O arquiteto procurava surpreender o observador, suscitando nele uma reação forte de maravilhamento.

III. A arquitetura e a ornamentação dos templos deviam encenar, entre outras coisas, a preeminência da Igreja.


A experiência que se expressa no poema de Drummond registra, em boa medida, as reações do eu lírico ao que se encontra registrado em

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11: B
12: A
13: D
14: C
15: E