Questões de Vestibular UNINOVE 2015 para Processo Seletivo Medicina - Conhecimentos Gerais
Foram encontradas 7 questões
Ano: 2015
Banca:
FCC
Órgão:
UNINOVE
Prova:
FCC - 2015 - UNINOVE - Processo Seletivo Medicina - Conhecimentos Gerais |
Q1782353
Português
Texto associado
Leia o trecho do romance O guarani, de José de Alencar, para responder à questão.
Quando a cavalgata chegou à margem da clareira, aí se passava uma cena curiosa.
Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade.
Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.
Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor do cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência.
Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.
Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca1 de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita caída, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.
(O guarani, 2006.)
1 axorca: argola
O trecho pode ser corretamente caracterizado como uma
Ano: 2015
Banca:
FCC
Órgão:
UNINOVE
Prova:
FCC - 2015 - UNINOVE - Processo Seletivo Medicina - Conhecimentos Gerais |
Q1782354
Português
Texto associado
Leia o trecho do romance O guarani, de José de Alencar, para responder à questão.
Quando a cavalgata chegou à margem da clareira, aí se passava uma cena curiosa.
Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade.
Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.
Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor do cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência.
Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.
Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca1 de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita caída, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.
(O guarani, 2006.)
1 axorca: argola
Identifica-se corretamente no texto
Ano: 2015
Banca:
FCC
Órgão:
UNINOVE
Prova:
FCC - 2015 - UNINOVE - Processo Seletivo Medicina - Conhecimentos Gerais |
Q1782357
Português
Texto associado
Leia o trecho do poema “Catar feijão”, de João Cabral de Melo Neto, para responder à questão.
Catar feijão se limita com escrever:
jogam-se os grãos na água do alguidar1
e as palavras na da folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
(Melhores poemas, 2009.)
1 alguidar: vasilha rasa utilizada em tarefas domésticas.
Segundo a comparação feita no poema,
Ano: 2015
Banca:
FCC
Órgão:
UNINOVE
Prova:
FCC - 2015 - UNINOVE - Processo Seletivo Medicina - Conhecimentos Gerais |
Q1782358
Português
Texto associado
Leia o trecho do poema “Catar feijão”, de João Cabral de Melo Neto, para responder à questão.
Catar feijão se limita com escrever:
jogam-se os grãos na água do alguidar1
e as palavras na da folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
(Melhores poemas, 2009.)
1 alguidar: vasilha rasa utilizada em tarefas domésticas.
“Jogar o feijão na água” e “jogar fora o que boiar”
Ano: 2015
Banca:
FCC
Órgão:
UNINOVE
Prova:
FCC - 2015 - UNINOVE - Processo Seletivo Medicina - Conhecimentos Gerais |
Q1782359
Português
Texto associado
Leia o texto de Herbert Marcuse para responder à questão.
O conceito de homem que emerge da teoria freudiana é a mais irrefutável acusação à civilização ocidental – e, ao mesmo tempo, a mais inabalável defesa dessa civilização. Segundo Freud, a história do homem é a história da sua repressão. A cultura coage tanto a sua existência social como a biológica, não só partes do ser humano, mas também sua própria estrutura instintiva. Contudo, essa coação é a própria precondição do progresso. Se tivessem liberdade de perseguir seus objetivos naturais, os instintos básicos do homem seriam incompatíveis com toda a associação e preservação duradoura: destruiriam até aquilo a que se unem ou em que se conjugam. Sua força destrutiva deriva do fato de eles lutarem por uma gratificação que a cultura não pode consentir: a gratificação como tal e como um fim em si mesma, a qualquer momento. Portanto, os instintos têm de ser desviados de seus objetivos, inibidos em seus anseios. A civilização começa quando o objetivo primário – isto é, a satisfação integral de necessidades – é abandonado.
(Eros e civilização, 1999. Adaptado.)
Para o autor do texto,