Questões de Vestibular de Português - Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos.
Foram encontradas 1.058 questões
Ano: 2021
Banca:
PUC-MINAS
Órgão:
PUC-MINAS
Prova:
PUC-MINAS - 2021 - PUC-MINAS - Vestibular Medicina - Caderno 1 |
Q1796680
Português
Texto associado
Texto 1 / Parte 1
A importância do ato de ler1
Paulo Freire
Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que
me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos.
Aceitei fazê-la agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir aqui para falar um
pouco da importância do ato de ler.
Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo
em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto
ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do
ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita,
mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a
leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da
leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a
ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o
contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, eu me senti levado - e até
gostosamente - a "reler" momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória,
desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha
mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim
constituindo.
Ao ir escrevendo este texto, ia "tomando distância” dos diferentes momentos em que o ato de
ler se veio dando na minha experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno
mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha
escolarização, foi a leitura da “palavramundo”.
A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo
particular em que me movia - e até onde não sou traído pela memória -, me é absolutamente
significativa. Neste esforço a que me vou entregando, re-crio, e revivo, no texto que escrevo, a
experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana
em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós - à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu
me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores.
A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das avencas de minha
mãe -, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. [...] Os "textos",
as "palavras”, as "letras” daquele contexto - em cuja percepção experimentava e, quanto mais
o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de coisas, de
objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas
relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais.
Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam no canto dos pássaros -
o do sanhaçu, o do olha-pro-caminho-quem-vem, o do bem-te-vi, o do sabiá; na dança das
copas das árvores sopradas por fortes ventanias que anunciavam tempestades, trovões,
relâmpagos; as águas da chuva brincando de geografia: inventando lagos, ilhas, rios, riachos.
Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam também no assobio do
vento, nas nuvens do céu, nas suas cores, nos seus movimentos; na cor das folhagens, na
forma das folhas, no cheiro das flores - das rosas, dos jasmins -, no corpo das árvores, na
casca dos frutos. Na tonalidade diferente de cores de um mesmo fruto em momentos distintos.
[...]
Daquele contexto faziam parte igualmente os animais: os gatos da família, a sua maneira
manhosa de enroscar-se nas pernas da gente, o seu miado, de súplica ou de raiva; Joli, o
velho cachorro negro de meu pai, o seu mau humor toda vez que um dos gatos incautamente
se aproximava demasiado do lugar em que se achava comendo [...].
Daquele contexto - o do meu mundo imediato - fazia parte, por outro lado, o universo da
linguagem dos mais velhos, expressando as suas crenças, os seus gostos, os seus receios, os
seus valores. Tudo isso ligado a contextos mais amplos que o do meu mundo imediato e de
cuja existência eu não podia sequer suspeitar. No esforço de re-tomar a infância distante, a
que já me referi, buscando a compreensão do meu ato de ler o mundo particular em que me
movia, permitam-me repetir, re-crio, re-vivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no
momento em que ainda não lia a palavra. E algo que me parece importante, no contexto geral
de que venho falando, emerge agora insinuando a sua presença no corpo destas reflexões. [...]
Mas, é importante dizer, a “leitura” do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de
mim um menino antecipado em homem, um racionalista de calças curtas. A curiosidade do
menino não iria distorcer-se pelo simples fato de ser exercida, no que fui mais ajudado do que
desajudado por meus pais. E foi com eles, precisamente, em certo momento dessa rica
experiência de compreensão do meu mundo imediato, sem que tal compreensão tivesse
significado malquerenças ao que ele tinha de encantadoramente misterioso, que eu comecei a
ser introduzido na leitura da palavra.
A decifração da palavra fluía naturalmente da “leitura” do mundo particular. Não era algo que
se estivesse dando superpostamente a ele. Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa,
à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais.
O chão foi o meu quadro-negro; gravetos, o meu giz. Por isso é que, ao chegar à escolinha
particular de Eunice Vasconcelos [...] já estava alfabetizado. Eunice continuou e aprofundou o
trabalho de meus pais. Com ela, a leitura da palavra, da frase, da sentença, jamais significou
uma ruptura com a "leitura" do mundo. Com ela, a leitura da palavra foi a leitura da
“palavramundo”.
Atente para o excerto (2º parágrafo):
“Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo.”
Atente para o verbete “inteligência”:
Significado de Inteligência
substantivo feminino 1. Faculdade de conhecer, de compreender; intelecto: a inteligência distingue o homem do animal. 2. Conhecimento profundo em; destreza, habilidade: ter inteligência para os negócios; cumprir com inteligência uma missão. 3. Habilidade para entender e solucionar adversidades ou problemas, adaptando-se a circunstâncias novas. 4. Função psíquica que contribui para que uma pessoa consiga entender o mundo, as coisas e situações, a essência dos fatos. 5. Boa convivência; união de sentimentos: viver em perfeita inteligência com alguém. 6. Relações secretas; ajuste, conluio: ter inteligência com o inimigo. Etimologia (origem da palavra inteligência). Do latim intelligentia.ae, "entendimento".
(Disponível em: https://www.dicio.com.br/inteligencia/. Acesso em: 06 maio 2021)
Os sinônimos mais apropriados para a acepção dada por Paulo Freire, em seu texto, figuram em:
“Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo.”
Atente para o verbete “inteligência”:
Significado de Inteligência
substantivo feminino 1. Faculdade de conhecer, de compreender; intelecto: a inteligência distingue o homem do animal. 2. Conhecimento profundo em; destreza, habilidade: ter inteligência para os negócios; cumprir com inteligência uma missão. 3. Habilidade para entender e solucionar adversidades ou problemas, adaptando-se a circunstâncias novas. 4. Função psíquica que contribui para que uma pessoa consiga entender o mundo, as coisas e situações, a essência dos fatos. 5. Boa convivência; união de sentimentos: viver em perfeita inteligência com alguém. 6. Relações secretas; ajuste, conluio: ter inteligência com o inimigo. Etimologia (origem da palavra inteligência). Do latim intelligentia.ae, "entendimento".
(Disponível em: https://www.dicio.com.br/inteligencia/. Acesso em: 06 maio 2021)
Os sinônimos mais apropriados para a acepção dada por Paulo Freire, em seu texto, figuram em:
Ano: 2020
Banca:
FGV
Órgão:
FGV
Prova:
FGV - 2020 - FGV - Graduação em Economia - Química e Língua Portuguesa - 1º Dia |
Q1796199
Português
Texto associado
Considere o trecho inicial do conto "Uns sábados, uns agostos", de Caio Fernando Abreu, para
responder à questão.
Eles vinham aos sábados, sem telefonar. Não lembro desde quando criou-se o hábito de virem aos
sábados, sem telefonar – e de vez em quando isso me irritava, pensando que se quisesse sair para, por
exemplo, passear pelo parque ou tomar uma dessas lanchas de turismo que fazem excursões pelas
ilhas, não poderia porque eles bateriam com as caras na porta fechada e ficariam ofendidos (eles eram
sensíveis) e talvez não voltassem nunca mais. E como, aos sábados, eu jamais faria coisas como ir ao
parque ou andar nessas tais lanchas que fazem excursões pelas ilhas, era obrigado a esperá-los,
trancado em casa. Certamente os odiava um pouco enquanto não chegavam: um ódio de ter meus
sábados totalmente dependentes deles, que não eram eu, e que não viveriam a minha vida por mim –
embora eu nunca tivesse conseguido aprender como se vive aos sábados, se é que existe uma maneira
específica de atravessá-los.
[...]
E afinal, chovesse ou fizesse sol, sagradamente lá estavam eles, aos sábados. Naturalmente
chovesse-ou-fizesse-sol é apenas isso que se convencionou chamar força de expressão, já que há
muito tempo não fazia sol, talvez por ser agosto − mas de certa forma é sempre agosto nesta cidade,
principalmente aos sábados.
Não é que fossem chatos. Na verdade, eu nunca soube que critérios de julgamento se pode usar
para julgar alguém definitivamente chato, irremediavelmente burro ou irrecuperavelmente
desinteressante. Sempre tive uma dificuldade absurda para arrumar prateleiras. Acontece que não
tínhamos nada em comum, não que isso tenha importância, mas nossas famílias não se conheciam,
então não podíamos falar sobre os meus pais ou os avós deles, sobre os meus tios ou os seus
sobrinhos ou qualquer outra dessas combinações genealógicas. Também não sabia que tipo de trabalho
faziam, se é que faziam alguma coisa, nem sequer se liam, se estudavam, iam ao cinema, assistiam à
televisão ou com que se ocupavam, enfim, além de me visitar aos sábados.
(Caio Fernando Abreu. Mel e girassóis, 1988. Adaptado.)
"[...] para julgar alguém definitivamente chato, irremediavelmente burro ou irrecuperavelmente
desinteressante. Sempre tive uma dificuldade absurda para arrumar prateleiras. Acontece que não
tínhamos nada em comum, não que [...]" (3° parágrafo).
Considerado o contexto, a expressão sublinhada pode ser entendida como:
Considerado o contexto, a expressão sublinhada pode ser entendida como:
Ano: 2020
Banca:
FGV
Órgão:
FGV
Prova:
FGV - 2020 - FGV - Graduação em Economia - Química e Língua Portuguesa - 1º Dia |
Q1796196
Português
Texto associado
Considere o trecho inicial do conto "Uns sábados, uns agostos", de Caio Fernando Abreu, para
responder à questão.
Eles vinham aos sábados, sem telefonar. Não lembro desde quando criou-se o hábito de virem aos
sábados, sem telefonar – e de vez em quando isso me irritava, pensando que se quisesse sair para, por
exemplo, passear pelo parque ou tomar uma dessas lanchas de turismo que fazem excursões pelas
ilhas, não poderia porque eles bateriam com as caras na porta fechada e ficariam ofendidos (eles eram
sensíveis) e talvez não voltassem nunca mais. E como, aos sábados, eu jamais faria coisas como ir ao
parque ou andar nessas tais lanchas que fazem excursões pelas ilhas, era obrigado a esperá-los,
trancado em casa. Certamente os odiava um pouco enquanto não chegavam: um ódio de ter meus
sábados totalmente dependentes deles, que não eram eu, e que não viveriam a minha vida por mim –
embora eu nunca tivesse conseguido aprender como se vive aos sábados, se é que existe uma maneira
específica de atravessá-los.
[...]
E afinal, chovesse ou fizesse sol, sagradamente lá estavam eles, aos sábados. Naturalmente
chovesse-ou-fizesse-sol é apenas isso que se convencionou chamar força de expressão, já que há
muito tempo não fazia sol, talvez por ser agosto − mas de certa forma é sempre agosto nesta cidade,
principalmente aos sábados.
Não é que fossem chatos. Na verdade, eu nunca soube que critérios de julgamento se pode usar
para julgar alguém definitivamente chato, irremediavelmente burro ou irrecuperavelmente
desinteressante. Sempre tive uma dificuldade absurda para arrumar prateleiras. Acontece que não
tínhamos nada em comum, não que isso tenha importância, mas nossas famílias não se conheciam,
então não podíamos falar sobre os meus pais ou os avós deles, sobre os meus tios ou os seus
sobrinhos ou qualquer outra dessas combinações genealógicas. Também não sabia que tipo de trabalho
faziam, se é que faziam alguma coisa, nem sequer se liam, se estudavam, iam ao cinema, assistiam à
televisão ou com que se ocupavam, enfim, além de me visitar aos sábados.
(Caio Fernando Abreu. Mel e girassóis, 1988. Adaptado.)
Ao dizer "força de expressão" (2° parágrafo), o narrador informa que não se devem tomar as
palavras em seu sentido
Q1794440
Português
Texto associado
Leia o texto de Jorge Coli para responder à questão.
Dizer o que seja a arte é coisa difícil. Um sem-número de
tratados de estética debruçou-se sobre o problema, procurando situá-lo, procurando definir o conceito. Mas, se buscamos uma resposta clara e definitiva, decepcionamo-nos: elas
são divergentes, contraditórias, além de frequentemente se
pretenderem exclusivas, propondo-se como solução única.
Desse ponto de vista, a empresa é desencorajadora.
Entretanto, se pedirmos a qualquer pessoa que possua
um mínimo contato com a cultura para nos citar alguns exemplos de obras de arte ou de artistas, ficaremos certamente
satisfeitos. Todos sabemos que a Mona Lisa, que a Nona Sinfonia de Beethoven, que a Divina Comédia, que Guernica de
Picasso ou o Davi de Michelangelo são, indiscutivelmente,
obras de arte. Assim, mesmo sem possuirmos uma definição
clara e lógica do conceito, somos capazes de identificar algumas produções da cultura em que vivemos como “arte”.
É possível dizer, então, que arte são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento é admirativo, isto é: nossa cultura possui uma noção que
denomina solidamente algumas de suas atividades e as privilegia. Portanto, podemos ficar tranquilos: se não conseguimos saber o que a arte é, pelo menos sabemos quais coisas
correspondem a essa ideia e como devemos nos comportar
diante delas.
(O que é arte, 2010. Adaptado.)
“arte são certas manifestações da atividade humana
diante das quais nosso sentimento é admirativo” (3°
parágrafo)
Os dois segmentos sublinhados podem ser substituídos, com correção gramatical, por:
Os dois segmentos sublinhados podem ser substituídos, com correção gramatical, por:
Q1794437
Português
Texto associado
Leia o trecho do romance Iracema, de José de Alencar, para
responder à questão.
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu
talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira
tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as
primeiras águas.
Um dia, ao pino do Sol, ela repousava em um claro da
floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre
esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na
folhagem os pássaros ameigavam o canto.
Iracema saiu do banho: o aljôfar d’água ainda a roreja,
como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de
seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho
próximo, o canto agreste.
A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto
dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a
virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada,
onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá,
as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que
matiza o algodão.
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista
perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta.
Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos
olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha
embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na
face do desconhecido.
De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião
de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor.
Sofreu mais d’alma que da ferida.
O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei
eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu
para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.
A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha
homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo
a ponta farpada.
(Iracema, 2006.)
“Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica” (5°
parágrafo)
No contexto em que está inserida, a frase é equivalente a
No contexto em que está inserida, a frase é equivalente a