Questões de Vestibular
Comentadas sobre república oligárquica - 1889 a 1930 em história
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I. A criação de inúmeras políticas sociais possibilitou a incorporação efetiva dos recém-libertos da escravidão à vida republicana com igualdade de oportunidades. II. A repressão da polícia aos setores mais pobres da população, identificados como as “classes perigosas”, tais como capoeiras e boêmios, foi constante. III. A realização do projeto de reforma urbana de Pereira Passos no Rio de Janeiro, que incorporou os diversos setores sociais em seu projeto urbanístico de capital, dotou a capital da República de amplas avenidas, redes de esgoto, iluminação de rua elétrica e distribuição de renda. IV. As várias medidas autoritárias promovidas pelos agentes sanitários nos cortiços e casas de cômodo com desalojamentos, vistorias e mandatos de desapropriação desconsideraram que tais espaços eram os lares de centenas de homens, mulheres e crianças.
Está/Estão correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
centrosabia.org.br
Considerando a organização social de Canudos, pode-se afirmar que essa era uma sociedade
Jornal O Malho, 29/10/1904
A Revolta da Vacina ocorreu no Rio de Janeiro em 1904. Seu estopim foi a campanha de vacinação em massa da população, efetivada pelo governo federal, após a lei que estipulou a vacina obrigatória contra a varíola. Essa insurreição urbana tem causas mais profundas, entre as quais podem ser destacadas
"CAPÍTULO I - DA INTRODUÇÃO DE IMIGRANTES
Art. 1º É inteiramente livre a entrada, nos portos da República, dos indivíduos válidos e aptos para o trabalho, que não se acharem sujeitos à ação criminal do seu país, excetuados os da Ásia ou da África que somente mediante autorização do Congresso Nacional poderão ser admitidos de acordo com as condições que forem então estipuladas.”
(Coleção de Leis do Brasil, 1890, p. 1424, Vol. 1, fasc. VI. Redação atualizada.)
Sobre a política imigratória brasileira da Primeira República (1889-1930), é correto afirmar que ela pretendia
Tendo os fragmentos de texto precedentes como referência inicial e considerando aspectos marcantes da República brasileira, julgue o item que se segue.
Pela generalização presente no segundo fragmento de texto,
percebe-se que é exagerada a menção aos “constantes golpes,
estados de sítio” que teriam marcado a história do Brasil,
dada a inexistência, na Primeira República (1889-1930), de
tentativas golpistas, não tendo sido sequer utilizada a
excepcionalidade do estado de sítio.
Na década de 1920, a sociedade brasileira viveu um período de grande efervescência e profundas transformações. Mergulhado numa crise cujos sintomas se manifestaram nos mais variados planos, o país experimentou uma fase de transição cujas rupturas mais drásticas se concretizaram a partir do movimento de 1930.
FERREIRA, Marieta de Moraes e PINTO, Surama Conde Sá.
“A crise dos anos 1920 e a Revolução de 1930”.
In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília. O Brasil republicano.
Vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
Duas das transformações socioeconômicas que contribuíram para a ruptura mais drástica indicada foram:
Antônio Vicente Mendes Maciel, Conselheiro de alcunha, (...) era cearense e nasceu (...) a 13 de março de 1830. (...) Aprendeu a ler, escrever e contar. (...) Andou estudando latim, enxertando frases da língua de Horácio nos seus longos "conselhos", geralmente baseados na Bíblia sagrada, que conhecia razoavelmente. (...) Era apenas um peregrino, acompanhado de numeroso séquito; pequenos agricultores, negros 13 de Maio, caboclos de aldeamentos, gente sem recursos, doentes. (...)
Em 1893 (...) Antônio Vicente se estabeleceu em Canudos (...). Rebatizou a localidade, dando-lhe o nome de Belo Monte. Criou um clima de tranquilidade local. Respeitavam-no. Seu monarquismo era utopia.
De vários pontos do sertão apareciam os conselheiristas (...). Caminhavam para lá movidos pela fé. Queriam morar ali, sem pensar em conquistar novas terras. Nem restaurar a monarquia. Cá de fora, não entenderam assim. Interesses políticos e patrimoniais deram novos rumos e destino sangrento ao sertão do Conselheiro. (...)
José Calazans. “O Bom Jesus do sertão”. Caderno Mais, Folha de S. Paulo. São Paulo, 21/09/1997.
O texto sugere que Antonio Conselheiro
FGV, Atlas Histórico do Brasil - Revolta da vacina. Disponível em: https://atlas.fgv.br/verbetes/revolta-da-vacina
Sobre a Revolta da Vacina, é correto afirmar que
(MOTTA, Marly. O Bota-Abaixo. In: Atlas histórico do Brasil. Rio de Janeiro: FGV/ CPDOC, 2016.) Disponível em: https://atlas.fgv.br/verbetes/o-bota-abaixo (último acesso em 29/05/2021)
A Reforma Urbana realizada pelo prefeito Pereira Passos (1902-1906), no Rio de Janeiro, acarretou consequências sérias para a então capital da República.
Com relação ao processo descrito no texto, a principal consequência foi
[...] 7) reforma do sistema eleitoral, tendo em vista, precipuamente, a garantia do voto
8) reorganização do aparelho judiciário, no sentido de tornar uma realidade a independência moral e material da magistratura, que terá competência para conhecer do processo eleitoral em todas as suas fases
9) feita a reforma eleitoral, consultar a nação sobre a escolha de seus representantes, com poderes amplos de constituintes, a fim de procederem à revisão do Estatuto Federal, melhor amparando as liberdades, públicas e individuais [...]”
VARGAS, Getúlio. Discurso de Tomada de Posse do Presidente Getúlio Var- gas (3 de novembro de 1930). Retirado de: http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presiden- cia/ex-presidentes/getulio-vargas/discursos/discursos- de-posse/discurso-de-posse-1930/view (Acesso em: 29/05/2021)
O discurso acima foi proferido no momento da posse de Getúlio Vargas, no governo provisório, em novembro de 1930. Nesse discurso, o chefe de estado brasileiro revela que as motivações para a realização da Revolução de 1930 consistiam em combater
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2006. p. 309.)
Mapa da Coluna Prestes (Extraído: http://www.megatim es.com .br/2012/11/colunaprestes-1925-1927.html)
Durante a Primeira República no Brasil (1889-1930), ocorreram várias revoltas, de grupos descontentes com a situação política, econômica e social da época. Dentre essas revoltas, destaca-se a Coluna Prestes, que foi liderada pelo capitão do exército Luís Carlos Prestes. Essa revolta fez parte do movimento que ficou conhecido como:
Uma das folhas de ontem estampou (...) o programa da recepção presidencial em que, diante do corpo diplomático, da mais fina sociedade do Rio de Janeiro, aqueles que deviam dar ao país o exemplo das maneiras mais distintas e dos costumes mais reservados elevaram o Corta-jaca à altura de uma instituição social. Mas o Corta-jaca de que eu ouvira falar há muito tempo, que vem a ser ele, Sr. Presidente? A mais baixa, a mais chula, a mais grosseira de todas as danças selvagens, a irmã gêmea do batuque, do cateretê e do samba. Mas nas recepções presidenciais o "Corta-jaca" é executado com todas as honras da música de Wagner, e não se quer que a consciência deste país se revolte, que as nossas faces se enrubesçam e que a mocidade se ria!
Discurso do senador Rui Barbosa, Diário do Congresso Nacional,
8/11/1914, p. 2789.
A partir do texto, identifique a alternativa correta:
(Carlos Alberto Ungaretti Dias. “Política dos governadores”. https://cpdoc.fgv.br.)
A afirmação do texto pode ser justificada pelo fato de que essa política
(MERRICK, T.; GRAHAM, D. População e Desenvolvimento Econômico no Brasil. RJ: Jorge Zahar, 1979. p. 125. Adaptado.)
Analisando-se o papel do imigrante no Brasil durante a Primeira República indicado na
tabela, deduz-se que
O jornal, publicado em 1910, noticia a Revolta dos Marinheiros também conhecida como a
Revolta da Chibata. O movimento reivindicava
Observe o cartum e leia o texto.
Disponível em: <https://www.google.com.br/search?biw>.
Acesso em: 4 ago. 2018.
(...) Vilaça considera apropriado o uso da expressão “curral eleitoral” no caso das comunidades cariocas onde adversários são impedidos de entrar e a população sofre pressão para votar no candidato indicado por grupos armados de milicianos ou traficantes, mas pondera que os coronéis não eram foras da lei, como neste neocoronelismo de milícia e tráfico: “O coronelismo no interior do Nordeste tinha função diferente do sistema de mando que se encontra hoje nas comunidades. A violência e a rudeza que havia não estavam associadas a nenhuma ilicitude. O chefe de milícia cobra dinheiro para manter a ordem”.
Disponível em:
<https://oglobo.globo.com/brasil/eleicoes-2008/curral-eleitoral-remonta-aos-tempos-da-republica-velha-5011852)>.
Acesso em: 4 ago. 2018.
A expressão “curral eleitoral” foi cunhada no Brasil e, atualmente, ainda se pode utilizá-la para definir práticas de forte intimidação e pressão sobre eleitores, em geral, que são de baixa escolaridade e poder aquisitivo. Qualquer recompensa ou ameaça sofrida com o intuito de interferir no voto de uma pessoa é considerada prática ilegal segundo o artigo 301 do Código Eleitoral, com pena de reclusão que prevê até quatro anos.
O surgimento do “curral eleitoral” ocorreu
Décio Villares, A República (Museu Republicano, RJ, ca 1900)
Produzida no contexto da implantação da ordem republicana
no Brasil, esta imagem
“O Dr. Passos com passo seguro foi à noite ao ex-paço e quando amanheceu o dia... foi um dia um barracão”.
(Charge de K. Lixto, 1903. In____LEMOS, Renato (org.).Uma História do Brasil através da caricatura. RJ: Bom Tempo/JP Editora, 2001, p. 40.)
“O Sr. nada tem que fazer em casa dos Srs. Deputados... Só pode atacar as casas dos particulares, e não os poupe; é carregar p’ra frente no povo miúdo”.
(Charge de J. Carlos, 1904. In____LEMOS, Renato (org.). Ob. Cit., p. 41.)
As reformas modernizadoras empreendidas pelo prefeito Pereira Passos no Rio de Janeiro incluem uma campanha de saneamento, levada a efeito pelo médico Oswaldo Cruz, diretor da Saúde Pública [...] [despertando] resistência de várias origens, que chegam ao ápice com a decretação da vacinação obrigatória, por lei de outubro de 1904. [Segundo alguns] sua orientação aos “mata-mosquitos” era a de não perturbar os poderosos e concentrar a ação nas residências populares [que associada a outros fatores, levaram] setores da população à Revolta da Vacina, em novembro de 1904.
(LEMOS, Renato (org.). Ob. Cit., p. 41.)
Pintou a situação em que ficaria a família proletária com a nova lei [de obrigatoriedade da vacina contra a varíola]. Ao voltar do trabalho, disse [o líder operário Vicente de Souza, em discurso no Centro das Classes Operárias, em novembro de 1904], o chefe fica “sem poder afirmar que a honra de sua família esteja ilesa, por haver aí penetrado desconhecido amparado pela proclamação da lei da violação do lar e da brutalização aos corpos de suas filhas e de sua esposa”. (CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados. SP: Companhia das Letras, 1997, p. 100.)
Durante o mandato de Francisco Pereira Passos como prefeito do Rio de Janeiro (1902-1906), dois projetos se combinaram para desencadear a chamada Revolta da Vacina: o de saneamento e higienização e o de reforma e modernização da cidade. Tomando por base as informações e o contexto por elas retratado, assinale o que for correto:
Esta, a terrível realidade do sertão. A violência e a injustiça mais brutais em cima dos sertanejos. Cacundando-lhes. Dilacerando suas vidas. Tendo como pano de fundo o problema da terra. Consubstanciado no absoluto domínio do grande senhor, o latifundiário, sobre a grande massa camponesa. Expropriando-a. Secundava esta sua desgraça a seca inclemente e devastadora do Nordeste. Seus dois maiores inimigos. Seu flagelo e aflição. Por isso, o camponês tanto os temia. Com a diferença: a seca é periódica, passa; a ação dos proprietários é permanente, eterna, não acaba nunca... A seca como calamidade da natureza; o dono como castigo do homem. Mas ambos cúmplices da ruína do sertanejo.
(LOURES, Guilhon. Antônio Conselheiro. Brasília: LGE Editora, 2004, p. 113.
Após a análise das informações e do contexto por elas representado, assinale a alternativa que mais bem representa sua relação com o movimento de Canudos, ocorrido no sertão baiano, nos anos de 1890: