Questões de Concurso Comentadas para técnico em patologia clínica

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Q2277496 Banco de Dados
Dentre as principais características da estrutura distribuída em um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD), assinale a afirmativa correta.  
Alternativas
Q2277495 Noções de Informática
Considere um documento em MS-Word que deverá ter todo o texto alterado da seguinte forma:
• Título do texto à direita, em negrito e em itálico; • Corpo do texto justificado e com espaçamento duplo entre as linhas.
Para que o texto seja formatado de forma ágil, serão utilizados atalhos de teclado do MS-Word que são comandos de formatação de caracteres. As teclas de atalho utilizadas para cada alteração solicitada são, respectivamente: 
Alternativas
Q2277494 Arquitetura de Computadores
Microprocessadores são utilizados na construção de computadores para fins diversos. Um microprocessador pode estar integrado a outros dispositivos dentro de um único circuito incluído para formar um microcontrolador. A forma como o processador de um computador acessa a memória e utiliza as informações define a sua arquitetura. As arquiteturas mais comuns são Harvard e Von Neumann. Sobre a arquitetura dos computadores, analise as afirmativas a seguir.

I. Na arquitetura Von Neumann, existem diversos barramentos de acesso à memória, tanto para os dados quanto para as instruções.
II. Na arquitetura Harvard, existem dois barramentos de acesso à memória – um apenas para os dados e outro para as instruções.
III. Na arquitetura Von Neumann, as conexões são reduzidas, mas o tempo de processamento é prejudicado pelo compartilhamento do barramento para buscar o código do programa e os dados a serem processados.
IV. Na arquitetura Harvard, enquanto o processador executa uma instrução, outra poderá ser buscada na memória, sem interferências, o que torna o processo mais rápido.

Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2277491 Direito Penal
Considere a Lei nº 7.716/1989, que dispõe sobre os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor. Em respeito à normativa em comento, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Aquele que injuriar alguém em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional terá a pena aumentada de um terço até a metade, se for funcionário público.
( ) Aquele que praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional no contexto de atividades religiosas poderá cumprir pena de reclusão, de dois a cinco anos, e proibição de frequentar, por três anos, locais culturais destinados ao público.
( ) O juiz deve considerar como discriminatória qualquer atitude ou tratamento dado à pessoa ou a grupos minoritários que cause constrangimento, humilhação, vergonha, medo ou exposição indevida, em razão da cor, etnia, religião ou procedência nacional.
( ) Aquele que impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares e/ou locais semelhantes abertos ao público em razão de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional será apenado com admoestação verbal e afastamento de suas atividades laborais pelo período de cinco dias.

A sequência está correta em
Alternativas
Q2277486 Português
A falta que ela me faz


     Como bom patrão, resolvi, num momento de insensatez, dar um mês de férias à empregada. No princípio achei até bom ficar completamente sozinho dentro de casa o dia inteiro. Podia andar para lá e para cá sem encontrar ninguém varrendo o chão ou espanando os móveis, sair do banheiro apenas de chinelos, trocar de roupa com a porta aberta, falar sozinho sem passar por maluco.
   Na cozinha, enquanto houvesse xícara limpa e não faltassem os ingredientes necessários, preparava eu mesmo o meu café. Aprendi a apanhar o pão que o padeiro deixava na área – tendo o cuidado de me vestir antes, não fosse a porta se fechar comigo do lado de fora, como na história do homem nu. Esticar a roupa da cama não era tarefa assim tão complicada: além do mais, não precisava também ficar uma perfeição, já que à noite voltaria a desarrumá-la. Fazia as refeições na rua, às vezes filava o jantar de algum amigo e, assim, ia me aguentando, enquanto a empregada não voltasse.
      Aos poucos, porém, passei a desejar ardentemente essa volta. O apartamento, ao fim de alguns dias, ganhava um aspecto lúgubre de navio abandonado. A geladeira começou a fazer gelo por todos os lados – só não tinha água gelada, pois não me lembrara de encher as garrafas. E agora, ao tentar fazê-lo, verificava que não havia mais água dentro da talha. Não podia abrir a torneira do filtro, já que não estaria em casa na hora de fechá-la, e com isso acabaria inundando a cozinha. A um canto do quarto um monte de roupas crescia assustadoramente. A roupa suja lava-se em casa – bem, mas como? Não sabia sequer o nome da lavanderia onde, pela mão da empregada, tinham ido parar meus ternos, provavelmente para sempre.
      E como batiam na porta! O movimento dela lá na cozinha, eu descobria agora, era muito maior do que o meu cá na frente: vendedores de muamba, passadores de rifa, cobradores de prestação, outras empregadas perguntando por ela. Um dia surgiu um indivíduo trazendo uma fotografia dela que, segundo me informou, merecera um “tratamento artístico”: fora colorida à mão e colocada num desses medalhões de latão que se veem no cemitério.
      – Falta pagar a última prestação – disse o homem.
      Paguei o que faltava, que remédio? Sem ao menos ficar sabendo o quanto o pobre já havia pago. E por pouco não entronizei o retrato na cabeceira de minha cama, como lembrança daquela sem a qual eu simplesmente não sabia viver.
     Verdadeiro agravo para a minha solidão era a fina camada de poeira que cobria tudo: não podia mais nem retirar um livro da estante sem dar logo dois espirros. Os jornais continuavam chegando e já havia jornal velho para todo lado, sem que eu soubesse como pôr a funcionar o mecanismo que os fazia desaparecer. Descobri também, para meu espanto, que o apartamento não tinha lata de lixo, a toda hora eu tinha de ir lá fora, na área, para jogar na caixa coletora um pedacinho de papel ou esvaziar um cinzeiro.
     Havia outros problemas difíceis de enfrentar. Um dos piores era o do pão: todas as manhãs, enquanto eu dormia, o padeiro deixava à porta um pão quilométrico, do qual eu comia apenas uma pontinha – e na cozinha já se juntava uma quantidade de pão que daria para alimentar um exército, não sabia como fazer parar. Nem só de pão vive o homem.
      Eu poderia enfrentar tudo, mas estar ensaboado debaixo do chuveiro e ouvir lá na sala o telefonema esperado, sem que houvesse ninguém para atender, era demais para a minha aflição.
     Até que um dia, como uma projeção do estado de sinistro abandono em que me via atirado, comecei a sentir no ar um vago mau cheiro. Intrigado, olhei as solas dos sapatos, para ver se havia pisado em alguma coisa lá na rua. Depois saí farejando o ar aqui e ali como um perdigueiro, e acabei sendo conduzido à cozinha, onde ultimamente já não ousava entrar.
    No que abri a porta, o mau cheiro me atingiu como uma bofetada. Vinha do fogão, certamente. Aproximei-me, protegendo o nariz com uma das mãos, enquanto me curvava e com a outra abria o forno.
    – Oh não! – recuei horrorizado.
   Na panela, a carne assada, que a empregada gentilmente deixara preparada para mim antes de partir, se decompunha num asqueroso caldo putrefato, onde pequenas formas brancas se agitavam.
     Mudei-me no mesmo dia para um hotel. 


(SABINO, Fernando. As Melhores Crônicas de Fernando Sabino. Rio de Janeiro, Record, 1986.)
A sobrevivência de certas palavras depende da atribuição de um novo sentido que lhe é dado. A polissemia das palavras é algo inerente ao sistema da linguagem. O significado correto atribuído ao vocábulo em destaque, considerando o contexto, está evidenciado em:
Alternativas
Respostas
6: D
7: D
8: E
9: E
10: B