Questões de Concurso Comentadas para seduc-rj

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Q503830 Química

Uma célula galvânica é montada com um eletrodo consistindo de uma lâmina de zinco metálico imersa em solução aquosa 1,0 mol.L-1 de sulfato de zinco. O outro eletrodo é o de hidrogênio, com pressão parcial do gás igual a 1 bar e concentração de íons H3 O+ igual a 0,01 mol.L-1 , a 25°C. A força eletromotriz desta célula, em volts, é aproximadamente igual a:
Dados:
Zn 2+(aq) + 2è → Zn(s) E0 = - 0,76V


2H+(aq) + 2è → H 2(g)E0 = 0,00V

Alternativas
Q503828 Química
Uma amostra de alumínio metálico de massa 21,6 g é completamente dissolvida em solução aquosa de ácido clorídrico e o gás liberado na reação é coletado e colocado em um balão de 25 L, onde a pressão era de 3,0 atm. Em seguida, o gás é aquecido até 127°C. Considerando o gás como ideal, a pressão dentro do balão, em atm, após ser alcançada a temperatura, é aproximadamente igual a:

Dado: massa molar do Al =27g.mol -1
Alternativas
Q503827 Química
O Índio e o Tálio são os elementos naturais mais pesados do grupo 13 da classificação periódica. O Alumínio é o elemento mais conhecido e abundante deste grupo, tendo suas propriedades químicas dominadas pelo estado de oxidação +3, ou seja, forma o íon Al 3+. Entretanto, o Índio e o Tálio apresentam frequentemente o estado de oxidação +1. A tendência a formar íons com carga duas unidades menor que a usual para o grupo também é verificada entre os elementos mais pesados dos grupos 14 e 15, sendo conhecida pelo nome de:
Alternativas
Q503824 Química
O Modelo Atômico de Bohr foi o primeiro a aplicar o conceito de quantização da energia e contribuiu decisivamente para a compreensão da estrutura atômica. Segundo esse modelo, quando um elétron absorve energia suficiente, é promovido a um estado ou nível eletrônico (n) de maior energia (estado excitado ou ativado). Ao retornar ao estado fundamental, emite ondas eletromagnéticas (radiação). Suponha que o elétron do átomo de hidrogênio, no estado fundamental, absorve energia, sendo promovido para o quarto nível de energia. O comprimento de onda da radiação emitida pelo elétron, ao retornar ao estado fundamental, em nanômetros (nm), é aproximadamente igual a:

Dados:
constante de Rydberg (R)= 2,18.10-18 J,
constante de Planck (h)= 6,67.10-34 J.s, velocidade da luz (c)= 3,00.108 m.s-1
Alternativas
Q503764 Português
COMO LER NAS “ENTRELINHAS”?

As conhecidas “entrelinhas” são uma boa metáfora visual para aquilo que poderíamos designar, de maneira mais apropriada, como o “não-dito” de um texto. Entre uma linha e outra não há supostamente nada exceto o branco da página, da mesma maneira que o não-dito obviamente não foi escrito, logo, não pode ser lido.

Entretanto, lembremos que a linguagem humana é simultaneamente pletórica e insu?ciente: sempre se diz mais e menos do que se queria dizer. Até mesmo um texto prosaico e informativo esconde algumas informações e sugere outras, que se nos revelam se soubermos ler... nas entrelinhas. Ora, um texto de ?cção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas, justamente para poder tanto esconder quanto sugerir mais informações. Desse modo, ele desa?a o seu leitor a decifrá-lo, vale dizer, a escavar as suas entrelinhas.

Nos dois parágrafos acima, por exemplo.
O que se encontra nas entrelinhas?
O que eu não disse?
O que estou escondendo?

Quando digo que “um texto de ficção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas” e “desafia o seu leitor a decifrá-lo”, vejo-me escondendo nada menos do que o próprio autor do texto, porque empresto consciência e vontade a uma coisa, isto é, a um texto. Se o meu leitor percebe que fiz isto, ou seja, se o meu leitor lê nas entrelinhas do meu texto, ele pode me interpretar ou de um modo conservador ou de um modo mais ousado.

O meu leitor conservador pode entender que apenas recorri a uma metonímia elegante, dizendo “texto” no lugar de “autor do texto” por economia de palavras e para dar estilo ao que escrevo. O meu leitor ousado já pode especular que sobreponho o texto ao seu autor para sugerir que a própria escrita modifica quem escreve, e o faz no momento mesmo do gesto de escrever.

Ambas as interpretações me parecem válidas, embora eu goste mais da segunda. Talvez haja outras leituras igualmente válidas, embora nem tudo se possa enfiar impunemente nas entrelinhas alheias. Em todo caso, creio que achei um bom exemplo de leitura de entrelinhas no próprio texto que fala das entrelinhas...

Se posso ler nas entrelinhas de textos teóricos ou informativos como este que vos fala, o que não dizer de textos de ficção? Este meu texto não se quer propositalmente ambíguo ou plurissignificativo, mas o acaba sendo de algum modo, por força das condições internas de toda a linguagem, o que abre espaço para suas entrelinhas, isto é, para seus não-ditos.

Um texto de ficção, entretanto, já se quer ambíguo e plurissignificativo, assumindo orgulhosamente suas entrelinhas. Estas entrelinhas são maiores ou menores, mais ou menos carregadas de sentido, dependendo, é claro, do texto que contornam. Textos menores e mais densos, por exemplo, tendem a conter entrelinhas às vezes maiores do que eles mesmos.

É o caso do menor conto do mundo, do hondurenho Augusto Monterroso, intitulado “O Dinossauro”. O conto tem apenas sete palavras e cabe em apenas uma linha: “quando acordou, o dinossauro ainda estava ali”.
As entrelinhas cercam este conto, provocando muitas perguntas, como, por exemplo:

1. Quem acordou?
2. Quem fala?
3. Onde é ali?
4. O dinossauro ainda estava ali porque também se encontrava lá antes de a tal pessoa dormir, ou porque ela sonhara com o dinossauro e ele saiu do sonho para a sua realidade?
5. O dinossauro que ainda estava ali é o animal extinto ou um símbolo?
6. Se for o animal extinto e supondo que o conto se passa na nossa época, como ele chegou ali?
7. Se não se passa na nossa época, então em que época se passa a história?
8. Se, todavia, o dinossauro é um símbolo, o que simboliza?

Na verdade, as entrelinhas contêm as perguntas que um texto nos sugere, muito mais do que as respostas que ele porventura esconde. A nossa habilidade de ler nas entrelinhas se desenvolve junto com a nossa habilidade de seguir as sugestões do texto e de formular perguntas a respeito dele e mesmo contra ele, para explorá-las sem necessariamente respondê-las de uma vez para sempre.

Gustavo Bernardo (Adaptado de: revista.vestibular.uerj.br/coluna/)

No décimo primeiro parágrafo, a defesa da ideia principal se dará pelo seguinte procedimento:
Alternativas
Respostas
11: E
12: D
13: C
14: B
15: A