Questões de Concurso
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Leia o texto a seguir e responda à questão.
A Inteligência artificial deve ser para todos
Ricardo Henriques*
A rápida evolução de novas ferramentas de inteligência artificial (IA) reforçou a preocupação com seus impactos no mercado do trabalho. Com o potencial de automatizar atividades cognitivas complexas e eliminar empregos, algo que o economista Joseph Schumpeter chamaria de destruição criativa, a IA, sobretudo a generativa, tem o poder de transformar radicalmente a relação das pessoas com o labor.
Apesar disso, 77% dos trabalhadores brasileiros dizem não se sentir ameaçados por uma virtual substituição. A conclusão é do estudo “Avanço da Tecnologia é Ameaça ou Oportunidade às Carreiras”, de 2023, feito pela plataforma de inteligência Futuros Possíveis.
É, no mínimo, surpreendente – para não dizer míope – essa percepção, dado que já vivemos em um contexto de flexibilização de direitos, de plataformização dos trabalhadores e de crescente substituição do humano pela máquina. Tecnologias como ChatGPT, Whisper e DALL-E 2 são capazes de realizar uma gama cada vez mais ampla de tarefas, desde manipulação e análise de texto, geração de imagens e reconhecimento de fala, inimagináveis outrora.
Há nítidos sinais de iminente obsolescência do profissional criativo mediano e daqueles com competências abaixo desse requisito. O relatório “Artificial Intelligence Index Report 2023”, elaborado pela Universidade de Stanford, aponta que a proporção de empresas que adotaram IA, em 2022, mais do que dobrou desde 2017. Segundo as empresas, o principal resultado ao adotar soluções de IA foi a redução de custos através da automação de processos.
Os efeitos da IA, no entanto, são heterogêneos entre países, setores e empresas. Daron Acemoglu e Pascual Restrepo argumentam, em artigo de 2018, que a automação tende a reduzir a demanda por empregos que envolvam habilidades baseadas em rotinas. Contudo, esse processo é contrabalanceado pelo aumento de produtividade via economia de custos gerada pela automação. Com isso, aumenta-se a demanda por mão de obra altamente qualificada em tarefas não automatizadas. Uma das implicações é uma possível incompatibilidade entre os requisitos solicitados pelas novas tecnologias e as habilidades ofertadas pela força de trabalho de um país, sobretudo quando o setor educacional não define políticas que acompanham essa demanda.
Os autores mostram ainda que tal descompasso limita os ganhos de produtividade na introdução dessas novas tarefas intensivas em tecnologia. Isso acontece porque as novas competências requeridas exigem profissionais altamente qualificados e, portanto, escassos. A um só tempo, os trabalhadores com habilidades substituíveis pela automação podem enfrentar perdas substanciais, enquanto aqueles com habilidades complementares à IA podem se beneficiar, gerando aumento da desigualdade entre e no interior dos países.
Diante dos desafios e oportunidades trazidos pela IA, é crucial implementar políticas públicas cada vez mais adaptativas. Isso inclui ofertar uma educação focada na capacidade de aprender a aprender ao longo da vida, com o desenvolvimento de competências como letramento digital profundo, pensamento crítico e criativo, resolução de problemas, adaptabilidade e comunicação para lidar com tecnologias que transformam, de forma acelerada, as organizações e seus processos de trabalho. Além disso, os sistemas de proteção social devem proteger os trabalhadores vulneráveis e os que demorarem a realizar uma transição laboral de forma a amortecer e compensar os efeitos negativos da automação no mercado de trabalho. Isso é, particularmente, importante para o contexto brasileiro e latinoamericano.
Segundo relatório da Cepal, de 2021, o Brasil ainda se encontra em um estágio intermediário de desenvolvimento tecnológico, o mesmo do Leste Europeu e do Oriente Médio. Ou seja, ainda enfrentamos desafios de acesso à internet em diversas regiões no país. Ademais, formamos poucos profissionais em áreas como ciência da computação e investimos relativamente pouco em Pesquisa e Desenvolvimento, o que nos distancia da fronteira em inovação em IA.
Superar essas lacunas requer um ecossistema de inovação colaborativo entre academia, empresas e governo, a fim de fortalecer o posicionamento estratégico do Brasil nessa agenda. Enfrentar as consequências da IA na contemporaneidade demanda, portanto, educação de qualidade com altas expectativas, qualificação e requalificação profissional e desenvolvimento de habilidades complementares à tecnologia, a fim de maximizar os benefícios dessa revolução tecnológica sem volta. Mas, sobretudo, requer também cuidado e compromisso ético. O avanço dessas tecnologias não pode ocorrer de maneira desregulada e sem que estejamos atentos para proteger a população mais vulnerável de possíveis impactos negativos.
*Economista, superintendente-executivo do Instituto Unibanco e professor associado da Fundação Dom Cabral.
Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/ricardo-henriques/coluna/2023/05/. Acesso em: jan. 2024. [Adaptado]
I Na sequência didática, a aprendizagem do conceito científico supõe o domínio de seu conteúdo (sistema de características necessárias e suficientes e suas relações) como ferramenta do pensamento na solução de problemas.
II Na sequência didática, considerando o caráter social da aprendizagem, todas as atividades, no processo de internalização, se realizam em grupo, havendo a colaboração entre os estudantes.
III São usados, como recursos didáticos, fotos de objetos relacionados ao conceito científico, o que contribui para o desenvolvimento do pensamento conceitual teórico.
IV Na sequência didática, privilegiam-se as atividades semióticas (signo-simbólicas) de formação utilizando-se ferramentas psicológicas na Zona de Desenvolvimento Próximo.
As anotações da Pedagoga coerentes com a teoria de Vygotski estão nos itens
I A natureza polissêmica do objeto de estudo exige a explicitação de um marco teórico no qual se sustenta o estudo.
II A natureza do objeto de estudo e os objetivos são fatores determinantes na escolha da metodologia da pesquisa.
III Por se tratar de uma pesquisa qualitativa, não se devem analisar dados usando a estatística descritiva.
IV O uso do questionário com perguntas objetivas fechadas é adequado para indagar, com suficiente profundidade, os sentidos atribuídos pelos sujeitos sobre o objeto de estudo.
Das afirmações, estão corretas
I Considera-se pré-requisito a aprovação em disciplina exigida para inscrição em outra disciplina.
II Crédito é entendido como a unidade de mensuração do trabalho escolar do aluno. É fixado o número máximo de créditos a serem obtidos pelos alunos.
III O aluno de graduação pode cursar disciplinas não constantes do elenco oferecido pelo curso, até o limite máximo de 16 (dezesseis) créditos, os quais serão computados como complementares.
IV O conteúdo de cada disciplina, elaborado pela comissão de criação do curso, inclui uma ementa dos temas a serem abordados, que se incorpora ao enunciado da disciplina para efeito de sua inclusão em lista de ofertas.
Os aspectos NÃO contemplados no referido regimento estão nos itens
I O objetivo da política de extensão da UFRN é reafirmar o compromisso político e ideológico, mediante a ampliação e a qualificação das ações extensionistas, pautado no diálogo e no intercâmbio de saberes entre a comunidade acadêmica e a sociedade.
II A Instituição deve contribuir para a formação acadêmica e cidadã dos estudantes e para a transformação social, cumprindo assim sua função pública.
III Para estruturar tal política, estabelece-se, como um dos eixos, a colaboração com o setor produtivo, visando à inovação e ao aperfeiçoamento tecnológico, voltados para o desenvolvimento social e econômico.
IV A adoção de estratégias que visem à real indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, formando profissionais e intelectuais que promovam o diálogo crítico, fecundo e propositivo para as questões que emergem da realidade histórica e social, é um princípio da política de extensão da UFRN.
As afirmações coerentes com a política de extensão do PDI citado estão nos itens
I O aleitamento materno resulta em transmissão potencial da sífilis, mesmo que não haja lesão na mama da lactante.
II O teste VDRL negativo no RN exclui a possibilidade de sífilis congênita. No entanto, deve-se repetir o teste com intervalo de 30 dias para confirmar a ausência de sífilis congênita.
III A sífilis congênita pode ser prevenida ou tratada eficientemente intraútero, desde que sejam realizados o diagnóstico e o tratamento da gestante, em momento adequado, e se evite a sua reinfecção.
IV O Ministério da Saúde do Brasil preconiza a realização do VDRL na primeira consulta pré-natal, idealmente no primeiro trimestre da gravidez, e no início do terceiro trimestre (28ª semana), sendo o teste repetido na admissão para parto ou aborto.
Das afirmativas, estão corretas
I Gestante sem nenhuma dose registrada da dT deverá iniciar o esquema vacinal o mais precocemente possível, com 3 doses, com intervalo de 60 dias ou, no mínimo, 30 dias, sendo pelo menos 1(uma) dose com a dTpa.
II Gestante com esquema vacinal incompleto (1 ou 2 doses) em qualquer período gestacional deverá completar o esquema de 3 doses o mais precocemente possível, com intervalo de 60 dias ou, no mínimo, 30 dias entre elas, sendo, pelo menos, 1 dose com a dTpa.
III Gestante com esquema vacinal completo (3 doses ou mais) e última dose administrada há menos de 5 anos deverá receber 2 doses da dTpa, no período de 27 a 36 semanas de gestação.
IV Gestante com esquema vacinal completo (3 doses ou mais), sendo a última dose há mais de 10 anos deverá receber 2 doses de reforço com a dTpa, no período de 27 a 36 semanas de gestação.
Quanto ao esquema vacinal da gestante, as orientações corretas estão nos itens