Questões de Concurso

Aplica-se a NBR 12676 a serviços que empregam técnicas de indexação automática. Os termos que ocorrem nos textos são organizados em conjuntos ou classes segundo critérios estabelecidos por computador.  

A representação de um conceito na NBR 12676 pode dar-se das seguintes formas: termo específico técnico ou símbolo de classificação. 

A errata (elemento obrigatório) é a lista das folhas e das linhas onde ocorreram correções e sugestões vindas de outros autores sobre o tema. Pode ser apresentada em folha avulsa ou colada logo após a folha de rosto. Só deve ser usada na versão impressa se o erro for detectado depois de o trabalho ter sido encadernado. A versão eletrônica terá o erro corrigido antes da gravação em CD-ROM ou DVD. 

A NBR 12676, da ABNT, que normaliza a prática do exame de documentos, da determinação de assuntos e da seleção de termos de indexação, é dirigida para sistemas de indexação nos quais os assuntos dos documentos sejam expressos de forma resumida e os conceitos sejam registrados por meio dos termos de uma linguagem de indexação.  

A lista de ilustrações (elemento obrigatório) é a relação dos elementos ilustrativos apresentados no trabalho. Com mais de cinco elementos ilustrativos, elabora-se uma única lista, denominada Lista de Ilustrações. Em caso de mais de dez itens, deverão ser elaboradas listas específicas para cada tipo de ilustração.

Uma biblioteca tem várias razões para medir seu desempenho; razões políticas; número de frequentadores que apoiam, política e financeiramente, o funcionamento e o desenvolvimento da biblioteca; e para mostrar os resultados dos sucessos e das melhorias obtidas aos usuários e à comunidade em geral, como auxílio na tomada de decisão e como ferramenta de gestão. 

Conforme Figueiredo, é importante que o uso da biblioteca especializada seja determinado antes do início do estudo de usuário. Por sua vez, os dados obtidos têm de se dirigir a problemas acadêmicos e, portanto, devem propiciar o processo de tomada de decisão por parte da administração da instituição. 

Dias e Pires diz que o estudo de usuários é uma investigação que objetiva identificar e caracterizar os interesses, as necessidades e os hábitos de uso de informação de usuários reais e(ou) potenciais de um sistema de informação. 

Morigi e Pavan destacam que as bibliotecas das universidades e dos centros da produção técnico-científica são responsáveis pelas pesquisas, pelos financiamentos e pelos incentivos, que devem estar de acordo com os objetivos de suas instituições mantenedoras. 

No ano de 1928, o bibliotecário indiano Ranganathan desenvolveu as chamadas cinco leis da biblioteconomia: os livros devem ser usados; a cada usuário sua pesquisa; à cada pesquisa sua estrutura; poupe o tempo do leitor; e a biblioteca é um espaço democrático de informação. 

Cada área do conhecimento possui várias linguagens de especialidade, e todas devem ser ancoradas pela área à qual estão submetidas. A especificidade das linguagens especializadas restringe seu uso aos especialistas de códigos. 

Linguagens documentárias são sistemas técnicos que visam à uniformização do uso da linguagem de especialidade, proporcionando uma sistematização classificatória, bem como uma recuperação da informação mais pertinente.  

Entre os diversos tipos de linguagem documentária, podem ser citados os cabeçalhos de assunto, os glossários, os dicionários, os vocabulários controlados, os sistemas de classificação decimal, as taxonomias, os thesauros e as ontologias.  

Linguagens documentárias são linguagens naturais, que visam a “traduzir” sinteticamente conteúdos documentais. São utilizadas nos sistemas documentários para indexação, armazenamento e recuperação da informação.

Para Cintra et al., tanto a linguagem natural quanto a linguagem documentária são sistemas artificiais, compostos por palavras e seus diversos significados. A segunda é composta por signos que assumem o papel das palavras, ou seja, restringem seus significados de acordo com um contexto ou de acordo com uma área específica do conhecimento. 

O interesse em conteúdos de bibliotecas digitais cresceu bastante nos últimos tempos, aumentando os acessos a sites como, por exemplo, o do domínio público, que oferece livremente e sem qualquer ônus títulos que incluem desde os primeiros jornais criados no País, como o Correio Braziliense e a Gazeta do Rio de Janeiro, ambos fundados em 1808, a jornais extintos no século XX, como o Diário Carioca e Correio da Manhã, ou que não circulam mais na forma impressa, caso do Jornal do Brasil.

O Projeto Gutenberg é uma biblioteca com mais de 60.000 e-Books gratuitos. Nela, é possível fazer o download de títulos em português e em espanhol ou ler on-line esses títulos. O site Hemeroteca Brasil, do governo federal, fornece obras autorizadas e que constituem tanto o patrimônio cultural brasileiro quanto o universal.

Para a professora do curso de biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Laís Pereira de Oliveira, a transição do papel para o digital contribuiu significativamente para o acesso multiplicado dos leitores. De certa forma, o fechamento das bibliotecas por causa da pandemia afetou a profissão dos bibliotecários, que passaram a trabalhar menos.

No Manifesto para bibliotecas digitais, a Unesco e a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (International Federation of Library Associations and Institutions – IFLA) apontam que a missão da biblioteca digital é fornecer acesso direto aos documentos originais digitalizados.

Para além do mundo da educação, a pandemia também impulsionou o faturamento das editoras brasileiras com conteúdo digital. O crescimento foi de 36% no ano passado, somando R$ 147 milhões. O crescimento nominal da receita foi de 43%. Em 2019, o faturamento atingiu R$ 103 milhões. As informações constam da Pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro, divulgada neste mês de agosto pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). 

A inquietação e a ansiedade decorrentes das mudanças nos modelos organizacionais têm sido comuns, pois tais mudanças não são fáceis de serem atingidas. As organizações que lidam com a informação, como as bibliotecas, necessitam, com urgência, enfrentar esse desafio, impulsionadas pelas inovações tecnológicas. Às suas funções tradicionais devem ser incorporadas novas funções, compatíveis com os novos paradigmas da informação. 

Silva, traçando um panorama do planejamento de sistemas de bibliotecas universitárias, apontou as seguintes deficiências: a não adoção de padrões/modelos de classificação sistematizada; e a inexistência de thesaurus específicos acadêmicos.

Segundo Heemann, Costa e Matias, o grau de dependência das bibliotecas em relação aos usuários das universidades, que são voláteis e drasticamente afetados pelas conjunturas políticas e econômicas vigentes, pode determinar excelência ou decadência.

Vianna afirma que o grande desafio das bibliotecas universitárias brasileiras é a estrutura física. As dificuldades nas instalações, tanto nas universidades públicas quanto nas universidades particulares, que necessitam dessas estruturas, as tornam frágeis administrativamente. 

De acordo com Maciel e Mendonça, a tomada de decisão muitas vezes dificulta a análise do gestor quanto ao melhor sistema de automação em um grande centro de documentação, tornando-se um problema específico a seleção de uma linha de ação para resolvê-lo ou para aproveitar uma oportunidade.