Questões de Concurso Para prefeitura do rio de janeiro - rj

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Q2055799 Português
Considere o texto IV para responder a questão.


   Texto IV - Há línguas perfeitas

   Um grande mito em relação às línguas é que, em algum momento, teria havido línguas perfeitas. Sua tradução quase diária é que teria havido, para cada língua, uma época em que ela foi melhor, em que se falava mais corretamente. A forma mais comum deste mito (ou mentira), no dia a dia, é a tese da decadência da língua (das línguas). Os que defendem esta tese não sabem (ou fingem não saber) que ela é brandida desde sempre. Uma versão é o mito de Babel, mas a tese foi repetida em Roma, Alexandria, na França, Inglaterra, é repetida nos EUA e, claro, no Brasil. Curiosamente, em cada época essa tese é defendida na língua da época...

Sírio Possenti. In Língua Portuguesa. Ano 9, número 100, fevereiro de 2014. Página 24.
“Um grande mito em relação às línguas é que, em algum momento, teria havido línguas perfeitas.” No período citado, as vírgulas são utilizadas pelo mesmo motivo sintático que se verifica em: 
Alternativas
Q2055798 Português
Considerar o texto III para responder a questão.


   Texto III - Quanto de barbárie existe ainda dentro de nós?

   Carregamos dentro de nós, latente mas sempre atuante, o impulso de morte. A religião, a moral, a educação, o trabalho civilizatório foram os meios que desenvolvemos para pôr sob controle esses demônios que nos habitam. Mas essas instâncias não detêm aquela força que possa submeter tais impulsos às regras de uma civilização que procura resolver os problemas humanos com acordos e não com o recurso da violência.
   Cumpre reconhecer que vigora em nós ainda muita barbárie. Não diria animalidade, pois os animais se regem por impulsos instintivos de preservação da vida e da espécie. Em nós esses impulsos perduram mas temos condições de conscientizá-los, canalizá-los para tarefas dignas, através de sublimações não destrutivas, como Freud e, recentemente, o filósofo René Girard com seu “desejo mimético” positivo tanto insistiram.
   Mas ambos se dão conta do caráter misterioso e desafiante da persistência desse lado sombrio (pulsão de morte em dialética com a pulsão de vida) que dramatiza a condição humana e pode levar a fatos irracionais e criminosos como o linchamento de uma pessoa inocente.

Leonardo Boff. 19/05/2014. Fragmento. Disponível em http:// leonardoboff.wordpress.com/2014/05/19/quanto-de-barbarie-existe-aindadentro-de-nos/
“Não diria animalidade, pois os animais se regem por impulsos instintivos...” A conjunção em destaque explicita a seguinte relação lógica existente entre essas duas orações:
Alternativas
Q2055796 Português
Considerar o texto III para responder a questão.


   Texto III - Quanto de barbárie existe ainda dentro de nós?

   Carregamos dentro de nós, latente mas sempre atuante, o impulso de morte. A religião, a moral, a educação, o trabalho civilizatório foram os meios que desenvolvemos para pôr sob controle esses demônios que nos habitam. Mas essas instâncias não detêm aquela força que possa submeter tais impulsos às regras de uma civilização que procura resolver os problemas humanos com acordos e não com o recurso da violência.
   Cumpre reconhecer que vigora em nós ainda muita barbárie. Não diria animalidade, pois os animais se regem por impulsos instintivos de preservação da vida e da espécie. Em nós esses impulsos perduram mas temos condições de conscientizá-los, canalizá-los para tarefas dignas, através de sublimações não destrutivas, como Freud e, recentemente, o filósofo René Girard com seu “desejo mimético” positivo tanto insistiram.
   Mas ambos se dão conta do caráter misterioso e desafiante da persistência desse lado sombrio (pulsão de morte em dialética com a pulsão de vida) que dramatiza a condição humana e pode levar a fatos irracionais e criminosos como o linchamento de uma pessoa inocente.

Leonardo Boff. 19/05/2014. Fragmento. Disponível em http:// leonardoboff.wordpress.com/2014/05/19/quanto-de-barbarie-existe-aindadentro-de-nos/
“Mas essas instâncias não detêm aquela força”. A forma verbal em destaque, com idêntica ortografia, preenche corretamente a lacuna existente em:
Alternativas
Q2055793 Português

Considerar o texto II para responder a questão.


   Texto II - Clarisse

   Clarisse, cidade gloriosa, tem uma história atribulada. Diversas vezes decaiu e refloresceu, mantendo sempre a primeira Clarisse como inigualável modelo de todos os esplendores, a qual comparada com o atual estado da cidade, não deixa de suscitar suspiros a cada giro de estrelas.

   Nos séculos de degradação, a cidade, esvaziada por causa das pestilências, reduzida em estatura por causa do desabamento de traves e cornijas e do desmoronamento de terras, repovoava-se lentamente com hordas de sobreviventes emersos de sótãos e covas como férvidos ratos movidos pelo afã de revolver e roer e que ao mesmo tempo se reuniam e se ajeitavam como passarinhos num ninho. Agarravam-se a tudo o que podia ser retirado de onde estava e colocado em outro lugar com outra utilidade [...] Montada com os pedaços avulsos da Clarisse imprestável, tomava forma uma Clarisse da sobrevivência, repleta de covis e casebres, córregos infectados, gaiolas de coelhos. Todavia não se perdera quase nada do antigo esplendor de Clarisse, estava tudo ali apenas disposto de maneira diversa mas não menos adequada às exigências dos seus habitantes.

   Os tempos de indigência eram sucedidos por épocas mais alegres: uma suntuosa Clarisse-borboleta saía da mísera Clarisse-crisálida...


Ítalo Calvino. “As cidades e o nome 4” In: As cidades invisíveis. RJ: O Globo, 2003. Páginas 102-103. Fragmento.

Verificam-se, na formação das palavras inigualável e emersos, prefixos com o mesmo significado daqueles existentes, respectivamente, em: 
Alternativas
Q2055792 Português
Considerar o texto I para responder a questão


   Texto I - Órfãos de Gabo

   Nenhum latino-americano escapou de se perguntar, um dia, se a América Latina de fato existe. Não aos olhos estrangeiros face aos quais uma estranheza nos irmana, mas aos nossos próprios olhos, quando nossas diferenças parecem irremediáveis. A cicatriz de Tordesilhas teria tornado o pertencimento latino-americano difícil para os brasileiros, não fora Gabriel García Márquez que, com sua literatura, apresentou a América Latina a seus filhos, transfigurada na força torrencial de seu imaginário. [...]
   A ficção de García Márquez transpira esse desejo de viver para contar essas mentiras que dizem a verdade sobre nossas sociedades, nossos países. Sua ficção não conta apenas o que uma sociedade é, mas o que ela gostaria de ser, não documenta somente vidas improváveis, mas também os demônios de uma época que não é feita só de gente de carne e osso, mas também de fantasmas. O fantasma das revoluções e seus comandantes, os caudilhos e anti-heróis, as guerras civis, as ditaduras militares, que assombram há mais de cem anos a solidão da América Latina...
 
  Rosiska Darcy de Oliveira. O Globo, 26/04/2014. Fragmento.Disponível
em: http://oglobo.globo.com/opiniao/orfaos-de-gabo12303064#ixzz33eONoeAp 
Na grafia de latino-americanos e anti-heróis verifica-se o emprego do hífen. Segundo o acordo ortográfico vigente no país desde 2009, o hífen está corretamente utilizado nas palavras agrupadas em:
Alternativas
Respostas
36: C
37: A
38: C
39: D
40: A