Questões de Concurso Para fcc

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Q3147058 Legislação dos Municípios do Estado de Pernambuco
Atenção: Para responder à questão, considere o Estatuto do Servidor Municipal de Jaboatão dos Guararapes (Lei Municipal nº 224/1906 e alterações). 
A revelação de segredo conhecido em razão do cargo público e a aplicação irregular do dinheiro público ensejam a pena de
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Q3147057 Matemática
O professor de educação física divide os alunos de uma turma em equipes de 7 alunos cada uma e não sobra nenhum aluno, mas quando divide essa mesma turma em equipes de 3 ou de 4 ou de 6 alunos sempre sobra 1 aluno. Considere o menor número de alunos em uma turma que salisfaz essas divisões por equipes. À soma dos algarismos do menor número de alunos dessa turma é
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Q3147056 Matemática
O consumo de energia elétrica nos meses de janeiro a março das famílias Silva e Borges estão no gráfico de barras.


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Nesse trimestre, a diferença entre os gastos com energia elétrica das duas famílias em relação ao maior dos dois consumos equivale a
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Q3147055 Matemática
Leticia foi a uma Feira do Livro cujo valor da entrada é R$ 15,00. Nas compras acima de R$ 100,00 é concedido um desconto de 10% no total da compra além da devolução do valor da entrada. Leticia comprou vários livros e um dicionário. Os livros custaram, ão todo, R$ 94,00 e ao adicionar o dicionário, o valor total da compra ultrapassou os R$ 100,00. Ao pagar com uma nota de R$ 100,00 e uma de R$ 50,00, Leticia recebeu R$ 39,00, sendo que esse valor inclui o troco e a devolução da entrada. O valor do dicionário é, em R$,
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Q3147054 Matemática
Ana, Beto e Clara foram a uma lanchonete e pediram o mesmo lanche. Ana estava sem dinheiro e Beto e Clara pagaram juntos os três lanches. Beto pagou R$ 35,00 e Clara pagou R$ 29,50. Para acertar as contas da lanchonete, Ana deve devolver, em R$, a Beto
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Q3147053 Matemática
Uma fábrica produz sacos de balas com menos do que 180 balas. As balas dos sacos podem ser divididas igualmente por 2, por 3, por 4 ou por 7 crianças, mas não por 9, pois para isso ser possível faltariam 3 balas. O número de balas no pacote é
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Q3147052 Matemática
Um pipoqueiro começa seu dia de trabalho com algum dinheiro em caixa para ter troco para os clientes. Após a venda de 7 sacos de pipocas e pagar R$ 14,00 em troco, o caixa ficou com R$ 97,00. Até o final do dia, ele vendeu mais 12 sacos de pipoca, pagou R$ 8,00 em troco, o seu caixa ficou com R$ 245,00. A quantia que havia no caixa do pipoqueiro no início do dia era, em R$,
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Q3147051 Matemática
Na cantina de um colégio, o preço de um sanduiche e um copo de suco é R$ 12,00, o preço de um sanduiche e dois chocolates é R$ 18,00 e o preço de dois copos de suco e um sanduiche é R$ 16,00. O preço de um chocolate, em reais, é
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Q3147050 Matemática
Em uma joalheria hã anéis de ouro amarelo e ouro branco. Ao todo há 350 anéis, sendo que há 48 anéis de ouro amarelo a mais do que de ouro branco. À quantidade de anéis de ouro amarelo é
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Q3147049 Matemática

Efetuando as contas da expressão numérica: 


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O valor encontrado é 

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Q3147048 Matemática
Em 1980 a diretoria de uma fábrica de transistores decidiu que em 20 anos deveria aumentar a sua produção anual em 60%. A produção anual da fábrica após 20 anos foi de 4000 transistores, exatamente 60% maior do que em 1980. A produção de transistores dessa fábrica em 1980 era de
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Q3147047 Português
   Eu sei, muito pouca gente lê nos dias de hoje. Eu sei; dentro dos poucos que leem, pouquíssimos dão valor a textos de humor. Sim, eu sei, o autor sofrer de incontinência verbal e ficar lançando livros como quem cospe sementes de melancia na terra não é nada positivo para sua carreira.

    Eu sei disso tudo e mais: sou um sujeito que produz material “perigoso”. Ou seja, não concorro a prêmios, não sou congregado de nenhuma academia ou igrejinha, e tenho uma enorme preguiça de dar entrevistas. Pior: não tenho TikTok e nem faço ideia de como usar o celular para gravar vídeos promocionais.

    Em outras palavras, eu sei que meu 78º livro, se vender alguma coisa, não vai dar para pagar nem o revisor, quanto mais meu aluguel. Então, por que ficar insistindo no erro desde 1996, quando estreei no mundão das letras com “Aqui jaz — o livro dos epitáfios"? Masoquismo é a primeira palavra que vem à cabeça. Obsessão é a segunda. Vaidade, a terceira. Não creio, entretanto, que elas expliquem claramente o que acontece comigo — o buraco na camada de teimosia é mais embaixo.


(Adaptado de: CASTELO, Carlos. Disponível em: In: https:/www estadao.com.br)

Masoquismo é a primeira palavra que vem à cabeça. Obsessão é a segunda. Vaidade, a terceira.


Observa-se uma elipse verbal similar à utilizada no trecho acima:

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Q3147046 Português
   Eu sei, muito pouca gente lê nos dias de hoje. Eu sei; dentro dos poucos que leem, pouquíssimos dão valor a textos de humor. Sim, eu sei, o autor sofrer de incontinência verbal e ficar lançando livros como quem cospe sementes de melancia na terra não é nada positivo para sua carreira.

    Eu sei disso tudo e mais: sou um sujeito que produz material “perigoso”. Ou seja, não concorro a prêmios, não sou congregado de nenhuma academia ou igrejinha, e tenho uma enorme preguiça de dar entrevistas. Pior: não tenho TikTok e nem faço ideia de como usar o celular para gravar vídeos promocionais.

    Em outras palavras, eu sei que meu 78º livro, se vender alguma coisa, não vai dar para pagar nem o revisor, quanto mais meu aluguel. Então, por que ficar insistindo no erro desde 1996, quando estreei no mundão das letras com “Aqui jaz — o livro dos epitáfios"? Masoquismo é a primeira palavra que vem à cabeça. Obsessão é a segunda. Vaidade, a terceira. Não creio, entretanto, que elas expliquem claramente o que acontece comigo — o buraco na camada de teimosia é mais embaixo.


(Adaptado de: CASTELO, Carlos. Disponível em: In: https:/www estadao.com.br)
De acordo com o texto, o sentido da expressão cospe sementes de melancia na terra está explicitado em:
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Q3147045 Português
   Eu sei, muito pouca gente lê nos dias de hoje. Eu sei; dentro dos poucos que leem, pouquíssimos dão valor a textos de humor. Sim, eu sei, o autor sofrer de incontinência verbal e ficar lançando livros como quem cospe sementes de melancia na terra não é nada positivo para sua carreira.

    Eu sei disso tudo e mais: sou um sujeito que produz material “perigoso”. Ou seja, não concorro a prêmios, não sou congregado de nenhuma academia ou igrejinha, e tenho uma enorme preguiça de dar entrevistas. Pior: não tenho TikTok e nem faço ideia de como usar o celular para gravar vídeos promocionais.

    Em outras palavras, eu sei que meu 78º livro, se vender alguma coisa, não vai dar para pagar nem o revisor, quanto mais meu aluguel. Então, por que ficar insistindo no erro desde 1996, quando estreei no mundão das letras com “Aqui jaz — o livro dos epitáfios"? Masoquismo é a primeira palavra que vem à cabeça. Obsessão é a segunda. Vaidade, a terceira. Não creio, entretanto, que elas expliquem claramente o que acontece comigo — o buraco na camada de teimosia é mais embaixo.


(Adaptado de: CASTELO, Carlos. Disponível em: In: https:/www estadao.com.br)
Com base no texto, em relação ao mercado literário e à sua própria carreira, o autor
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Q3147044 Português
   Eu sei, muito pouca gente lê nos dias de hoje. Eu sei; dentro dos poucos que leem, pouquíssimos dão valor a textos de humor. Sim, eu sei, o autor sofrer de incontinência verbal e ficar lançando livros como quem cospe sementes de melancia na terra não é nada positivo para sua carreira.

    Eu sei disso tudo e mais: sou um sujeito que produz material “perigoso”. Ou seja, não concorro a prêmios, não sou congregado de nenhuma academia ou igrejinha, e tenho uma enorme preguiça de dar entrevistas. Pior: não tenho TikTok e nem faço ideia de como usar o celular para gravar vídeos promocionais.

    Em outras palavras, eu sei que meu 78º livro, se vender alguma coisa, não vai dar para pagar nem o revisor, quanto mais meu aluguel. Então, por que ficar insistindo no erro desde 1996, quando estreei no mundão das letras com “Aqui jaz — o livro dos epitáfios"? Masoquismo é a primeira palavra que vem à cabeça. Obsessão é a segunda. Vaidade, a terceira. Não creio, entretanto, que elas expliquem claramente o que acontece comigo — o buraco na camada de teimosia é mais embaixo.


(Adaptado de: CASTELO, Carlos. Disponível em: In: https:/www estadao.com.br)
Considerando a razão principal para continuar escrevendo, de acordo com o texto, o autor
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Q3147043 Português
   A primeira lembrança que tenho da cidade, do Recife, é de um Carnaval. Eu, muito menino, preso em um carro que corria pela praça Maciel Pinheiro desviando dos foliões, ia para o Hospital Português onde meu avó convalescia. Certamente que não foi nessa hora que compreendi, mas nesse momento passei a conviver com uma urbe de contradições, alegrias e tristezas, sonhos e desilusões.

   Vivendo no interior, a cidade me chegava pelo relato dos cronistas, dos escritores. Um deles falava da Estrada dos Remédios cercada por mangueiras. E fui descobrindo os segredos vividos sob os telhados seculares dos sobrados, a miséria oculta pelas folhas dos mangues, pelas paredes precárias dos mocambos, a glória da piedade resvalando nas grossas paredes das Igrejas. Mecanismo vivo e contraditório, Recife tinha, e ainda tem, poesia.

   Sempre que ali desembarcava -e até hoje isso acontece — batia-me a sensação de pertencimento. “Sou do Recife com orgulho e com saudade”, solfejava Antônio Maria em meus ouvidos. Quando, enfim, cheguei para viver na cidade, na Boa Vista, já conhecia a intimidade dos mistérios de suas ruas. Tudo me chegara pela literatura, pelos relatos históricos e ficcionais, mas caminhando por suas vielas e avenidas, atravessando os rios, as pontes, descobri que um mistério nunca se revela plenamente.

   Foi tentando desvendar a esfinge que a cidade do Recife foi transformada em cenário por mim para o romance “Não me empurre para os perdidos". Um escritor estrangeiro, em junho de 1924, percorre as ruas da cidade procurando os sentidos da modernidade que os intelectuais tanto discutem no Café Continental, na esquina da Lafayete. Mesmo depois de todo trabalho, à Recife continua em mim como algo onírico. Sim, ele é coisa de se pegar, é concreto, mas para ser pleno é preciso vivê-lo.



(Adaptado de: MELO JÚNIOR, Maurício. Nexo Jornal. Disponível em: https:/wwnanexojornal.com.br)

Mesmo depois de todo trabalho, o Recife continua em mim como algo onírico. 



Expressa sentido semelhante ao trecho sublinhado acima:

Alternativas
Q3147042 Português
   A primeira lembrança que tenho da cidade, do Recife, é de um Carnaval. Eu, muito menino, preso em um carro que corria pela praça Maciel Pinheiro desviando dos foliões, ia para o Hospital Português onde meu avó convalescia. Certamente que não foi nessa hora que compreendi, mas nesse momento passei a conviver com uma urbe de contradições, alegrias e tristezas, sonhos e desilusões.

   Vivendo no interior, a cidade me chegava pelo relato dos cronistas, dos escritores. Um deles falava da Estrada dos Remédios cercada por mangueiras. E fui descobrindo os segredos vividos sob os telhados seculares dos sobrados, a miséria oculta pelas folhas dos mangues, pelas paredes precárias dos mocambos, a glória da piedade resvalando nas grossas paredes das Igrejas. Mecanismo vivo e contraditório, Recife tinha, e ainda tem, poesia.

   Sempre que ali desembarcava -e até hoje isso acontece — batia-me a sensação de pertencimento. “Sou do Recife com orgulho e com saudade”, solfejava Antônio Maria em meus ouvidos. Quando, enfim, cheguei para viver na cidade, na Boa Vista, já conhecia a intimidade dos mistérios de suas ruas. Tudo me chegara pela literatura, pelos relatos históricos e ficcionais, mas caminhando por suas vielas e avenidas, atravessando os rios, as pontes, descobri que um mistério nunca se revela plenamente.

   Foi tentando desvendar a esfinge que a cidade do Recife foi transformada em cenário por mim para o romance “Não me empurre para os perdidos". Um escritor estrangeiro, em junho de 1924, percorre as ruas da cidade procurando os sentidos da modernidade que os intelectuais tanto discutem no Café Continental, na esquina da Lafayete. Mesmo depois de todo trabalho, à Recife continua em mim como algo onírico. Sim, ele é coisa de se pegar, é concreto, mas para ser pleno é preciso vivê-lo.



(Adaptado de: MELO JÚNIOR, Maurício. Nexo Jornal. Disponível em: https:/wwnanexojornal.com.br)
Tudo me chegara pela literatura, pelos relatos históricos e ficcionais, mas caminhando por suas vielas e avenidas, atravessando os rios, as pontes, descobri que um mistério nunca se revela plenamente.

Alteradas para o presente, as formas verbais sublinhadas na frase acima se apresentam, respectivamente, como:
Alternativas
Q3147041 Português
   A primeira lembrança que tenho da cidade, do Recife, é de um Carnaval. Eu, muito menino, preso em um carro que corria pela praça Maciel Pinheiro desviando dos foliões, ia para o Hospital Português onde meu avó convalescia. Certamente que não foi nessa hora que compreendi, mas nesse momento passei a conviver com uma urbe de contradições, alegrias e tristezas, sonhos e desilusões.

   Vivendo no interior, a cidade me chegava pelo relato dos cronistas, dos escritores. Um deles falava da Estrada dos Remédios cercada por mangueiras. E fui descobrindo os segredos vividos sob os telhados seculares dos sobrados, a miséria oculta pelas folhas dos mangues, pelas paredes precárias dos mocambos, a glória da piedade resvalando nas grossas paredes das Igrejas. Mecanismo vivo e contraditório, Recife tinha, e ainda tem, poesia.

   Sempre que ali desembarcava -e até hoje isso acontece — batia-me a sensação de pertencimento. “Sou do Recife com orgulho e com saudade”, solfejava Antônio Maria em meus ouvidos. Quando, enfim, cheguei para viver na cidade, na Boa Vista, já conhecia a intimidade dos mistérios de suas ruas. Tudo me chegara pela literatura, pelos relatos históricos e ficcionais, mas caminhando por suas vielas e avenidas, atravessando os rios, as pontes, descobri que um mistério nunca se revela plenamente.

   Foi tentando desvendar a esfinge que a cidade do Recife foi transformada em cenário por mim para o romance “Não me empurre para os perdidos". Um escritor estrangeiro, em junho de 1924, percorre as ruas da cidade procurando os sentidos da modernidade que os intelectuais tanto discutem no Café Continental, na esquina da Lafayete. Mesmo depois de todo trabalho, à Recife continua em mim como algo onírico. Sim, ele é coisa de se pegar, é concreto, mas para ser pleno é preciso vivê-lo.



(Adaptado de: MELO JÚNIOR, Maurício. Nexo Jornal. Disponível em: https:/wwnanexojornal.com.br)
Observa-se o emprego de voz passiva em:
Alternativas
Q3147040 Português
   A primeira lembrança que tenho da cidade, do Recife, é de um Carnaval. Eu, muito menino, preso em um carro que corria pela praça Maciel Pinheiro desviando dos foliões, ia para o Hospital Português onde meu avó convalescia. Certamente que não foi nessa hora que compreendi, mas nesse momento passei a conviver com uma urbe de contradições, alegrias e tristezas, sonhos e desilusões.

   Vivendo no interior, a cidade me chegava pelo relato dos cronistas, dos escritores. Um deles falava da Estrada dos Remédios cercada por mangueiras. E fui descobrindo os segredos vividos sob os telhados seculares dos sobrados, a miséria oculta pelas folhas dos mangues, pelas paredes precárias dos mocambos, a glória da piedade resvalando nas grossas paredes das Igrejas. Mecanismo vivo e contraditório, Recife tinha, e ainda tem, poesia.

   Sempre que ali desembarcava -e até hoje isso acontece — batia-me a sensação de pertencimento. “Sou do Recife com orgulho e com saudade”, solfejava Antônio Maria em meus ouvidos. Quando, enfim, cheguei para viver na cidade, na Boa Vista, já conhecia a intimidade dos mistérios de suas ruas. Tudo me chegara pela literatura, pelos relatos históricos e ficcionais, mas caminhando por suas vielas e avenidas, atravessando os rios, as pontes, descobri que um mistério nunca se revela plenamente.

   Foi tentando desvendar a esfinge que a cidade do Recife foi transformada em cenário por mim para o romance “Não me empurre para os perdidos". Um escritor estrangeiro, em junho de 1924, percorre as ruas da cidade procurando os sentidos da modernidade que os intelectuais tanto discutem no Café Continental, na esquina da Lafayete. Mesmo depois de todo trabalho, à Recife continua em mim como algo onírico. Sim, ele é coisa de se pegar, é concreto, mas para ser pleno é preciso vivê-lo.



(Adaptado de: MELO JÚNIOR, Maurício. Nexo Jornal. Disponível em: https:/wwnanexojornal.com.br)
Com base no texto, a relação do autor com Recife ao longo do tempo é a de quem
Alternativas
Q3147039 Português
   A primeira lembrança que tenho da cidade, do Recife, é de um Carnaval. Eu, muito menino, preso em um carro que corria pela praça Maciel Pinheiro desviando dos foliões, ia para o Hospital Português onde meu avó convalescia. Certamente que não foi nessa hora que compreendi, mas nesse momento passei a conviver com uma urbe de contradições, alegrias e tristezas, sonhos e desilusões.

   Vivendo no interior, a cidade me chegava pelo relato dos cronistas, dos escritores. Um deles falava da Estrada dos Remédios cercada por mangueiras. E fui descobrindo os segredos vividos sob os telhados seculares dos sobrados, a miséria oculta pelas folhas dos mangues, pelas paredes precárias dos mocambos, a glória da piedade resvalando nas grossas paredes das Igrejas. Mecanismo vivo e contraditório, Recife tinha, e ainda tem, poesia.

   Sempre que ali desembarcava -e até hoje isso acontece — batia-me a sensação de pertencimento. “Sou do Recife com orgulho e com saudade”, solfejava Antônio Maria em meus ouvidos. Quando, enfim, cheguei para viver na cidade, na Boa Vista, já conhecia a intimidade dos mistérios de suas ruas. Tudo me chegara pela literatura, pelos relatos históricos e ficcionais, mas caminhando por suas vielas e avenidas, atravessando os rios, as pontes, descobri que um mistério nunca se revela plenamente.

   Foi tentando desvendar a esfinge que a cidade do Recife foi transformada em cenário por mim para o romance “Não me empurre para os perdidos". Um escritor estrangeiro, em junho de 1924, percorre as ruas da cidade procurando os sentidos da modernidade que os intelectuais tanto discutem no Café Continental, na esquina da Lafayete. Mesmo depois de todo trabalho, à Recife continua em mim como algo onírico. Sim, ele é coisa de se pegar, é concreto, mas para ser pleno é preciso vivê-lo.



(Adaptado de: MELO JÚNIOR, Maurício. Nexo Jornal. Disponível em: https:/wwnanexojornal.com.br)
De acordo com o texto, a sensação ao desembarcar em Recife está melhor descrita em:
Alternativas
Respostas
1081: B
1082: E
1083: B
1084: A
1085: D
1086: A
1087: D
1088: C
1089: B
1090: E
1091: C
1092: B
1093: D
1094: B
1095: E
1096: A
1097: C
1098: A
1099: E
1100: B