Questões da Prova IDECAN - 2015 - Colégio Pedro II - Professor - Geografia
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Um professor provocou um alvoroço entre alunos de sua turma ao pendurar na parede um mapa‐múndi de forma diferente da convencional.
Em seguida escreveu a seguinte frase:
“Pensar o mundo não é mais um privilégio europeu e a reelaboração do mapa do planeta é uma forma de libertação do colonialismo”.
(Trecho da entrevista de Milton Santos, disponível em http://www2.uefs.br/ geotec/cartografia/cartografia.htm.)
A opção que apresenta, respectivamente, um aspecto natural e outro cultural de maior relevância na representação
cartográfica que o professor desejou ressaltar é
“Se for possível, um dia, imaginar uma teoria das cidades amazônicas ribeirinhas, dificilmente se poderá omitir as duas origens longínquas mais prováveis: as fortificações militares ou a estratégia do rei, e as missões religiosas ou a geopolítica da fé. Já o dinheiro, e outras causas mais profanas, são recentes e ainda não completaram meio século.”
(CARUSO, Mariléa M. Leal . Jesuítas, caras‐pálidas e a geopolítica da selva em 1750. In.: Amazônia, a valsa da galáxia: o abc da grande planície. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2000, pp. 368‐372.)
Sobre a constituição e desenvolvimento da rede urbana amazônica, é correto afirmar que
“Para ser efetiva, a geografia histórica deve seguir dois caminhos paralelos. Por um lado, ela deve levantar a história da mudança de um dado lugar ao longo de um segmento de tempo selecionado; por outro lado, ela deve acompanhar a disseminação de um ou mais fatores de modernização sobre uma porção do Globo mais ou menos dimensionável. Talvez seja por esta razão que Jean Brunhes (1952) considera a geografia histórica ‘o aspecto mais complicado da geografia humana’, uma vez que ela é ao mesmo tempo ‘o empreendimento mais audacioso e aventuroso e, todavia, aquele que [...] em virtude de uma singular ilusão tem parecido o mais fácil.”
(SANTOS, Milton. Economia espacial: críticas e alternativas. 2ª ed. São Paulo: Ed. da USP, 2003, p. 44.)
A Geografia Histórica e a Difusão de Inovações são temas importantes na produção geográfica contemporânea. O trecho anterior, em particular, alerta quanto à ilusão de simplificarmos a maneira como, muitas vezes, tentamos recuperar o passado para procurar explicar como o espaço geográfico hoje se apresenta, considerando‐o um produto histórico e social. Todas as opções procuram estabelecer uma relação entre “contexto histórico” e formação “socioespacial”. Qual a opção que apresenta de forma mais fidedigna e explícita as recomendações metodológicas destacadas?
“Rompendo com a ordem medieval, a Renascença deu duas principais direções à geografia. Primeiramente, ela fez nascer a necessidade de um novo modelo cosmológico, a fim de substituir o sistema geocêntrico, o único então aceito pela Igreja. Em segundo lugar, a Renascença, ao adotar a Antiguidade clássica como fonte primordial de toda inspiração, também conduziu a geografia a tirar seus modelos fundamentais deste período.”
(GOMES, Paulo Cesar da Costa. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007, p. 127.)
Sobre as características da Geografia Clássica, base da Geografia Escolar no século XIX, é correto afirmar que
Leia atentamente os textos a seguir.
Texto I
Diversamente do substrato, os territórios não são matéria tangível, palpável, mas, sim, “campos de força” (Souza, 1995:97), que só existem enquanto durarem as relações sociais das quais eles são projeções espacializadas. O verdadeiro Leitmotiv do conceito de território é político, e não econômico ou (...) cultural‐simbólico.
(SOUZA, Marcelo Lopes. Os conceitos fundamentais da pesquisa socioespacial, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013, p. 89.)
Texto II
“Na maior parte de sua superfície, o território brasileiro é constituído por um vasto tabuleiro de rochas antigas, alteado a este e que se inclina docemente, a oeste, na direção das planícies centrais do continente.”
(LE LANNOU, Maurice. Brasil Publicações Europa‐América, 1957, p. 12.)
Tendo por base o quadro teórico apresentado no texto I, pode‐se fazer a seguinte observação sobre o uso da palavra território no texto II.