Questões da Prova COPEVE-UFAL - 2012 - UFAL - Técnico de Segurança do Trabalho
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GARANTIR O FUNCIONAMENTO EFETIVO DA LEI DE
ACESSO À INFORMAÇÃO
Tornar o Poder Público realmente público é fundamental
para reduzir a corrupção. No ano passado, o Congresso aprovou
a Lei de Acesso à Informação. O maior avanço é abrir a máquina
pública ao cidadão que a sustenta. A lei obriga os governos a
divulgar dados da administração na internet. Cria regras para o
fornecimento de qualquer informação perdida. Por último,
disciplina a prática de estabelecer o grau de sigilo de
documentos e o acesso a eles.
Não é pouco. Se uma prefeitura decidir aumentar o valor
pago a determinada empreiteira pelo asfalto de uma rua, terá
que publicar o aditivo na internet. Assim, qualquer interessado
terá acesso fácil à informação, seja ele opositor do prefeito,
fornecedor da empresa, trabalhador, concorrente ou mero
curioso. [...]
Grande parte dos países democráticos tem suas leis de
acesso. Em todos eles há dificuldades. A mais comum é o atraso
para responder às solicitações. Há entidades que defendem
esse direito e se especializam em pressionar os governos por
acesso cada vez maior a documentos públicos. [...]
(Marcelo Rocha, Revista Época, nº 715, 2012)
O ciclista
Curvado no guidão lá vai ele numa chispa. Na esquina dá com o sinal vermelho e não se perturba - levanta voo bem na cara do guarda crucificado. No labirinto urbano persegue a morte com o trim-trim da campainha: entrega sem derreter sorvete a domicílio.
É sua lâmpada de Aladino a bicicleta e, ao sentar-se no selim, liberta o gênio acorrentado ao pedal. Indefeso homem, frágil máquina, arremete impávido colosso, desvia de fininho o poste e o caminhão; o ciclista por muito favor derrubou o boné.
Atropela gentilmente e, vespa furiosa que morde, ei-lo defunto ao perder o ferrão. Guerreiros inimigos trituram com chio de pneus o seu diáfano esqueleto. Se não se estrebucha ali mesmo, bate o pó da roupa e - uma perna mais curta - foge por entre nuvens, a bicicleta no ombro.
Opõe o peito magro ao para-choque do ônibus. Salta a poça d'água no asfalto. Num só corpo, touro e toureiro, golpeia ferido o ar nos cornos do guidão.
Ao fim do dia, José guarda no canto da casa o pássaro de viagem. Enfrenta o sono trim-trim a pé e, na primeira esquina, avança pelo céu na contramão, trim-trim.
O ciclista
Curvado no guidão lá vai ele numa chispa. Na esquina dá com o sinal vermelho e não se perturba - levanta voo bem na cara do guarda crucificado. No labirinto urbano persegue a morte com o trim-trim da campainha: entrega sem derreter sorvete a domicílio.
É sua lâmpada de Aladino a bicicleta e, ao sentar-se no selim, liberta o gênio acorrentado ao pedal. Indefeso homem, frágil máquina, arremete impávido colosso, desvia de fininho o poste e o caminhão; o ciclista por muito favor derrubou o boné.
Atropela gentilmente e, vespa furiosa que morde, ei-lo defunto ao perder o ferrão. Guerreiros inimigos trituram com chio de pneus o seu diáfano esqueleto. Se não se estrebucha ali mesmo, bate o pó da roupa e - uma perna mais curta - foge por entre nuvens, a bicicleta no ombro.
Opõe o peito magro ao para-choque do ônibus. Salta a poça d'água no asfalto. Num só corpo, touro e toureiro, golpeia ferido o ar nos cornos do guidão.
Ao fim do dia, José guarda no canto da casa o pássaro de viagem. Enfrenta o sono trim-trim a pé e, na primeira esquina, avança pelo céu na contramão, trim-trim.