Questões da Prova CESPE / CEBRASPE - 2004 - Prefeitura de Boa Vista - RR - Antropólogo

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Q1372831 Antropologia
Considere que a seguinte descrição tenha sido reproduzida do diário de campo de um antropólogo que faz pesquisa na própria cidade em que vive.
    
     Abro a janela de meu apartamento e olho para a rua. Na padaria em frente, vejo duas empregadas domésticas que acabaram de comprar o pão e conversam com o balconista na porta da padaria vazia. A conversa parece ser alegre pelo rumor das vozes e dos risos que me alcançam. Há pequenos toques corporais entre o balconista e uma das empregadas. Na esquina, vejo um pequeno agrupamento de homens. São os trabalhadores da construção civil que estão terminando um edifício próximo. Vestem roupas de trabalho sujas e rasgadas. Falam sobre futebol e riem muito. Dá para ouvir daqui o que falam devido ao elevado tom das vozes. Estão sentados, comendo as refeições que trouxeram de casa. São 11 horas da manhã e ainda não decidi o que farei para o almoço. Eles comem rapidamente com as colheres que trouxeram junto com as marmitas. Na entrada de meu edifício, dois moradores trocam algumas palavras. Não consigo ouvir o que falam porque conversam num baixo tom de voz. Mantêm uma certa distância física um do outro. Vestem ternos e levam consigo um exemplar do jornal Valor Econômico. São economistas que trabalham num grande banco no centro da cidade. Na praça ao lado, vejo um grupo de jovens da vizinhança. Vestem calças jeans e tênis. Alguns portam uma camiseta larga, outros estão sem camisa, apreciando o Sol. É dia e horário de aula, mas eles estão deitados em círculo no gramado. Fazem poucos movimentos corporais, riem de vez em quando. No mais, permanecem quietos e deitados no gramado enquanto fumam coletivamente um mesmo cigarro. Fico preocupado com a segurança do bairro. Volto ao meu trabalho de transcrever entrevistas. Almoço só por volta de uma da tarde. Os talheres estavam todos sujos, de modo que tive de comer com colher, a única peça disponível. À tarde, vou à sede de um grande jornal conversar com um jornalista que faz reportagens sobre a cidade. Eu o encontro em meio a uma entrevista com um importante cantor-compositor popular que nasceu e se criou no mesmo bairro em que estou morando. Compartilho com eles a análise antropológica que estou desenvolvendo sobre a vida cotidiana no bairro com base em minhas observações e conversas com os moradores. Minhas conclusões são contestadas pelos dois. Cada um apresenta sua interpretação própria da vida no bairro. Todas me parecem razoáveis, bem fundadas em observações e vivências de muito tempo no local.

Julgue o item subseqüente, referentes às práticas culturais no contexto urbano, considerando o caso hipotético acima apresentado.


Nas metrópoles, os grupos sociais diferenciam-se de várias formas; entre outras, pelo vestuário, pelo volume das vozes nas conversações, pelas formas de contato corporal e pelo uso de utensílios cotidianos.

Alternativas
Q1372830 Antropologia
Considere que a seguinte descrição tenha sido reproduzida do diário de campo de um antropólogo que faz pesquisa na própria cidade em que vive.
    
     Abro a janela de meu apartamento e olho para a rua. Na padaria em frente, vejo duas empregadas domésticas que acabaram de comprar o pão e conversam com o balconista na porta da padaria vazia. A conversa parece ser alegre pelo rumor das vozes e dos risos que me alcançam. Há pequenos toques corporais entre o balconista e uma das empregadas. Na esquina, vejo um pequeno agrupamento de homens. São os trabalhadores da construção civil que estão terminando um edifício próximo. Vestem roupas de trabalho sujas e rasgadas. Falam sobre futebol e riem muito. Dá para ouvir daqui o que falam devido ao elevado tom das vozes. Estão sentados, comendo as refeições que trouxeram de casa. São 11 horas da manhã e ainda não decidi o que farei para o almoço. Eles comem rapidamente com as colheres que trouxeram junto com as marmitas. Na entrada de meu edifício, dois moradores trocam algumas palavras. Não consigo ouvir o que falam porque conversam num baixo tom de voz. Mantêm uma certa distância física um do outro. Vestem ternos e levam consigo um exemplar do jornal Valor Econômico. São economistas que trabalham num grande banco no centro da cidade. Na praça ao lado, vejo um grupo de jovens da vizinhança. Vestem calças jeans e tênis. Alguns portam uma camiseta larga, outros estão sem camisa, apreciando o Sol. É dia e horário de aula, mas eles estão deitados em círculo no gramado. Fazem poucos movimentos corporais, riem de vez em quando. No mais, permanecem quietos e deitados no gramado enquanto fumam coletivamente um mesmo cigarro. Fico preocupado com a segurança do bairro. Volto ao meu trabalho de transcrever entrevistas. Almoço só por volta de uma da tarde. Os talheres estavam todos sujos, de modo que tive de comer com colher, a única peça disponível. À tarde, vou à sede de um grande jornal conversar com um jornalista que faz reportagens sobre a cidade. Eu o encontro em meio a uma entrevista com um importante cantor-compositor popular que nasceu e se criou no mesmo bairro em que estou morando. Compartilho com eles a análise antropológica que estou desenvolvendo sobre a vida cotidiana no bairro com base em minhas observações e conversas com os moradores. Minhas conclusões são contestadas pelos dois. Cada um apresenta sua interpretação própria da vida no bairro. Todas me parecem razoáveis, bem fundadas em observações e vivências de muito tempo no local.
Julgue o item subseqüente, referentes às práticas culturais no contexto urbano, considerando o caso hipotético acima apresentado.

Nos grandes aglomerados urbanos, como nas aldeias indígenas, a cultura é um conjunto monolítico de práticas, modos de conduta e valores.
Alternativas
Q1372829 Antropologia
Considere que a seguinte descrição tenha sido reproduzida do diário de campo de um antropólogo que faz pesquisa na própria cidade em que vive.
    
     Abro a janela de meu apartamento e olho para a rua. Na padaria em frente, vejo duas empregadas domésticas que acabaram de comprar o pão e conversam com o balconista na porta da padaria vazia. A conversa parece ser alegre pelo rumor das vozes e dos risos que me alcançam. Há pequenos toques corporais entre o balconista e uma das empregadas. Na esquina, vejo um pequeno agrupamento de homens. São os trabalhadores da construção civil que estão terminando um edifício próximo. Vestem roupas de trabalho sujas e rasgadas. Falam sobre futebol e riem muito. Dá para ouvir daqui o que falam devido ao elevado tom das vozes. Estão sentados, comendo as refeições que trouxeram de casa. São 11 horas da manhã e ainda não decidi o que farei para o almoço. Eles comem rapidamente com as colheres que trouxeram junto com as marmitas. Na entrada de meu edifício, dois moradores trocam algumas palavras. Não consigo ouvir o que falam porque conversam num baixo tom de voz. Mantêm uma certa distância física um do outro. Vestem ternos e levam consigo um exemplar do jornal Valor Econômico. São economistas que trabalham num grande banco no centro da cidade. Na praça ao lado, vejo um grupo de jovens da vizinhança. Vestem calças jeans e tênis. Alguns portam uma camiseta larga, outros estão sem camisa, apreciando o Sol. É dia e horário de aula, mas eles estão deitados em círculo no gramado. Fazem poucos movimentos corporais, riem de vez em quando. No mais, permanecem quietos e deitados no gramado enquanto fumam coletivamente um mesmo cigarro. Fico preocupado com a segurança do bairro. Volto ao meu trabalho de transcrever entrevistas. Almoço só por volta de uma da tarde. Os talheres estavam todos sujos, de modo que tive de comer com colher, a única peça disponível. À tarde, vou à sede de um grande jornal conversar com um jornalista que faz reportagens sobre a cidade. Eu o encontro em meio a uma entrevista com um importante cantor-compositor popular que nasceu e se criou no mesmo bairro em que estou morando. Compartilho com eles a análise antropológica que estou desenvolvendo sobre a vida cotidiana no bairro com base em minhas observações e conversas com os moradores. Minhas conclusões são contestadas pelos dois. Cada um apresenta sua interpretação própria da vida no bairro. Todas me parecem razoáveis, bem fundadas em observações e vivências de muito tempo no local.
Julgue o item subseqüente, referentes às práticas culturais no contexto urbano, considerando o caso hipotético acima apresentado.
O texto sugere que o antropólogo tem familiaridade com as práticas culturais de seu bairro, mas essa familiaridade não significa necessariamente que ele conheça o ponto de vista e a visão de mundo dos atores que aparecem no diário nem as regras que balizam e orientam as interações entre eles.
Alternativas
Q1372828 Antropologia

O estudo da estrutura social marcou a antropologia social inglesa entre as décadas de 20 e 60 do século passado. Julgue o item que segue, relativo a esse tema.


A abordagem ortodoxa da estrutura social deixa pouco espaço para a compreensão das motivações, interesses e agência dos indivíduos.

Alternativas
Q1372827 Antropologia

O estudo da estrutura social marcou a antropologia social inglesa entre as décadas de 20 e 60 do século passado. Julgue o item que segue, relativo a esse tema.


Edmund Leach criticou a influência de Radcliffe-Brown na antropologia estrutural-funcionalista, propondo que se abandonasse o pressuposto de que as sociedades estão em equilíbrio relativo e que se adotasse uma noção mais abstrata da estrutura como um modelo.

Alternativas
Respostas
26: C
27: E
28: C
29: C
30: C