Questões de Concurso Sobre sócrates e a maiêutica em filosofia
Foram encontradas 55 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Sócrates experimentara o filosofar como pólemos, isto é, o embate e combate pela evidência e verdade (aletheia), contra o perigo da aparência e da opinião (doxa). E pautara esse filosofar “polêmico” (no sentido acima) no exercício do diálogo. Do diálogo socrático fazia parte a ironia. “No uso comum, a palavra ironia tem uma gama infinita de sentidos. Mas em todos eles perpassa uma atitude mental que considera o conhecimento uma névoa que embacia e deforma a realidade. Nossa existência-no-mundo, formada a partir dessa névoa, torna-se terrivelmente mesquinha. O pensador irônico percebe a mesquinhez de tal existência. Sócrates foi mestre da ironia porque, na discussão das palavras, conduzia a todos à evidência e à convicção do ‘sei que nada sei’”.
Arcângelo R. Buzzi. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. Petrópolis: Vozes, p. 82, 9.ª ed., 1998, p. 82 (com adaptações).
De acordo com as ideias apresentadas no texto acima, assinale a opção correta.
Na Grécia antiga, em meio à intensa vida cultural, política e comercial das poleis, nasce a filosofia, uma forma de pensar conceitualmente o mundo e responder a problemas diversos de modo racional. Uma vez que a religião, o mito e o senso comum não mais forneciam respostas satisfatórias, os primeiros filósofos buscaram uma explicação, pautada em critérios claros, demonstrativos e não dogmáticos, para as curiosidades cosmológicas, físicas e antropológicas do seu tempo. A relação da filosofia com outros saberes é um dos traços mais fortes de sua história. Na Idade Média, por exemplo, Agostinho e Tomás de Aquino aproximaram a teologia cristã da filosofia; na modernidade, Galileu, Bacon e Newton investigaram na filosofia, na física e na ciência nascente o método perfeito. As artes também constituem outro ponto de convergência para os interesses filosóficos. Com os pensadores da teoria crítica, como Benjamin e Adorno, vê-se como a produção e a fruição da arte, sob o ponto de vista filosófico e histórico, foram modificadas pelo desenvolvimento de meios técnicos e tecnológicos em um contexto capitalista, a que se denomina indústria cultural.
Silvio Galo. Filosofia: experiência de pensamento.
São Paulo: Scipione, 2013, p. 9 (com adaptações).
Na Grécia Antiga, a filosofia confundia-se com a ciência, de modo que o pensamento de Sócrates enquanto filósofo é indissociável de sua atuação como cientista social intérprete da sociedade ateniense.
“SÓCRATES: E agora, Mênon, vê que progressos ele já fez em termos de memória? De início não sabia que linha forma a figura de oito pés e mesmo agora não sabe, mas antes achava que sabia e respondeu confiante como se soubesse, sem ter consciência das dificuldades; ao passo que agora sente a dificuldade em que se encontra e, além de não saber, não acha mais que sabe.”
(PLATÃO. Mênon. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 35)
Dentre as características da filosofia socrática inferidas dos escritos de Platão, o trecho acima retrata