Questões de Concurso

Jean-Pierre Ryngaert abriu o seu livro “Ler o teatro contemporâneo” (1993) afirmando que “O teatro contemporâneo é ainda identificado à vanguarda dos anos 1950, de tanto que o movimento foi radical”, referindo-se às ideias e práticas artísticas de Meyerhold, Bertol Brecht, Tadeusz Kantor, Antonin Artaud, Heiner Müller e ao Teatro do Absurdo. Todos eles teriam proposto uma nova forma de experiência estética, acenando com mudanças em relação ao chamado teatro clássico burguês.

A respeito do teatro contemporâneo, assinale a opção que descreve corretamente o seu novo olhar a respeito do processo e do significado da encenação teatral.  

Um docente de Artes apresenta em sala a Gioconda (1503), pintada por Leonardo da Vinci, e depois a Gioconda Kunhã (2019), de Denilson Baniwa, artista e design gráfico de etnia indígena.   

Com base na obra de Baniwa, analise as afirmativas a seguir a respeito da ressignificação de imagens clássicas, com o intuito de provocar uma reflexão sobre arte e identidade cultural.

I. Retratar a Gioconda com pintura facial e flechas nas mãos permite realizar uma releitura e apropriação da arte e da história ocidentais, dessacralizando-as.

II. Reler a Gioconda a partir da categoria de arte indígena contemporânea permite relativizar uma obra de arte icônica para as formas ocidentalizadas de construções identitárias.

III. Intervir em obras clássicas da tradição ocidental permite expressar a diferença cultural e desconstruir padrões e discursos hegemônicos no campo da arte.

Está correto o que se afirma em 

Observe os exemplos de mobiliário e arquitetura Art Nouveau, a seguir. 

As afirmativas a seguir descrevem corretamente o uso da linha curva na arquitetura e no design da Art Nouveau, à exceção de uma. Assinale-a. 

Leia o texto a seguir a respeito do lugar atribuído à arte acadêmica brasileira do século XIX pela crítica modernista.

As questões vinculadas aos estudos das artes brasileiras e, dentro delas, mais especificamente, às do século XIX, surgem num tecido histórico internacional, do qual é preciso ter consciência. Vivemos, como todo o Ocidente, o triunfo da modernidade que se impôs no correr dos últimos cem anos. Ele não somente trouxe uma profunda modificação nos produtos artísticos, no papel dos criadores e na postura dos críticos. Acarretou também a eliminação de tudo aquilo que não parecia estar dentro dos parâmetros estabelecidos por esses “modernos”. A modernidade venceu os chamados “acadêmicos”, tão intransigentes em seus critérios, para impor algo semelhante: um autoritarismo eliminando tudo aquilo que parecia diverso dela própria.

COLI, Jorge. Questões sobre a arte brasileira do século XIX? In http://www.cbha.art.br/coloquios/2002. 

Com base no texto, assinale a afirmativa que interpreta corretamente a postura dos “modernos” em relação à arte brasileira dos “acadêmicos”. 

O Auto Retrato como Alegoria da Pintura de Artemisia Gentileschi é uma pintura barroca inovadora, em que a artista retrata-se para a posteridade em plena ação, portando pincel e palheta, escolhendo definir sua identidade pela representação da sua arte.



Artemisia Gentileschi (1593–1652/53). Auto Retrato como Alegoria da Pintura, c. 1638-39 Óleo sobre tela - Royal Collection, Windsor, Inglaterra.

Com base na imagem, assinale a afirmativa que interpreta corretamente a obra em seu contexto barroco.